quarta-feira, 8 de abril de 2020

Jejum Bíblico














O jejum bíblico é uma disciplina espiritual encorajada pelo próprio Jesus enquanto estava na terra.

Quando questionado sobre por que os fariseus e os discípulos de João Batista jejuavam enquanto os seus discípulos não o faziam, Ele respondeu: "Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão" (Mateus 9:15).

Jesus estava indicando que o jejum se tornaria uma necessidade quando o noivo (Jesus) não estivesse 
mais fisicamente neste mundo.

Enquanto Jesus, que é o próprio Deus manifestado em forma humana, ainda estava na terra, os seus seguidores desfrutavam de um relacionamento e amizade íntimos com Ele. Jesus concedeu-lhes poder e autoridade ilimitados para pregar, curar os doentes e expulsar demônios.

Da mesma forma, quando Jesus enviou-os para ministrar ao povo, Ele os instruiu a levar poucas provisões. "Quando eu os enviei sem bolsa, saco de viagem ou sandálias, faltou-lhes alguma coisa? 

Nada, responderam eles. Ele lhes disse: Mas agora, se vocês têm bolsa, levem-na, e também o saco de viagem; e se não têm espada, vendam a sua capa e comprem uma" (Lucas 22:35-36).

Jesus estava ensinando que após a Sua partida, toda a dinâmica mudaria e os discípulos precisariam de um tipo diferente de preparação e provisão.

O jejum passaria a ser uma parte vital desta nova preparação. A nova aliança é baseada na verdade de que temos recebido tudo em Cristo: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo" (Efésios 1:3).

No entanto, nós cooperamos com o Espírito Santo em exercer a nossa salvação com muita oração, meditação e estudo da Palavra de Deus. Além de todas estas práticas espirituais, os cristãos devem também empregar a disciplina humilde do jejum.

O jejum bíblico nos leva a uma união mais estreita com Deus. Enquanto os nossos corpos estão sendo privados com o objetivo de se aproximarem de Deus, Ele prometeu em troca aproximar-se de nós.

Esta é uma certeza espiritual. À medida que diminuímos, o Espírito aumenta. Como indivíduos somos fortalecidos e renovados. ". . . Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia" (II Coríntios 4:16).

Embora este versículo diga respeito ao nosso destino eterno, o princípio também se aplica à nossa jornada diária; quando nos humilhamos e privamos o nosso corpo através do jejum, o nosso homem espiritual é fortificado e os nossos sentidos mais aguçados espiritualmente.

Este princípio serviu bem aos apóstolos durante os dias da igreja primitiva. Suas decisões eram feitas com jejum e oração, através dos quais Deus lhes dava instruções e direções. "Enquanto adoravam ao Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as mãos e os enviaram" (Atos 13:2-3).

Os maus reis, destinados à destruição, recebiam misericórdia através de humilhar-se e do jejum (I Reis 21:29).

Toda a cidade de Nínive, incluindo os animais, jejuou após ouvir o pronunciamento do julgamento do profeta Jonas - e Deus os poupou (Jonas 3:10).

Jesus recebeu preparação divina para o Seu ministério terrestre jejuando e enfrentando a tentação. Moisés esperou em Deus em meio a 40 dias de jejum e recebeu a revelação divina dos mandamentos de Deus.

Enquanto aguardamos o retorno do noivo, o nosso Senhor Jesus Cristo, o jejum exemplifica a nossa atitude de fome espiritual - a promessa é que seremos satisfeitos. "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos" (Mateus 5:6).

Pr. Reinaldo Ribeiro
Pb. João Placoná