quarta-feira, 13 de junho de 2018

Oro, oro e não recebo. O que acontece?















Por acaso você já passou por situações em que Ora, Ora, Ora e as orações não são respondidas? É claro! Todos já passamos por isso!

Sabe por quê? Porque há bloqueios espirituais que impedem a ação do Espírito Santo, e o que provoca tudo isso é a falta de perdão, são as mágoas, são as iras, a inveja.

O ódio, a ira, a inveja, a falta de perdão e emoções semelhantes fazem-nos mais mal do que à pessoa que nos prejudicou. Eis por que, se nossa fé é forte e nossa oração perseverante, só resta uma coisa que pode impedir nossas orações e é o pecado do qual não nos arrependemos.

Isaías 59:1, 2 diz: "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça."

Efeitos da falta de perdão:

1 – A falta de perdão nos faz sentir torturados. “Então o senhor chamou o servo e disse: Servo mau cancelei toda a sua dívida porque você implorou. Você não deveria ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você? Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão” (Mateus 18:32-35).

2 – A falta de perdão provoca sentimentos de vingança. “Não diga: ‘Farei com ele o que fez comigo; ele pagará pelo que fez” (Provérbios 24:29).

3 – A falta de perdão nos impede de ser perdoados por Deus. “Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas” (Mateus 6:15).

4 – A falta de perdão retarda as respostas às nossas orações. “E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados” (Marcos 11:25).

5 – A falta de perdão nos leva a ver as falhas dos outros, mas não as nossas. “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão” (Mateus 7:3-5).

6 – A falta de perdão nos leva a andar nas trevas. “Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas o cegaram” (I João 2:11).

7 – A falta de perdão nos impede de procurar o melhor para nossos relacionamentos, entre eles,  o nosso casamento. “Tenham cuidado para que ninguém retribua o mal com o mal, mas sejam sempre bondosos uns para com os outros e para com todos” (I Tessalonicenses 5:15).

O perdão é algo tão poderoso que tem efeito positivo direto na vida de quem perdoa e danoso na vida de quem não perdoa. Uma das faces ocultas da falta de perdão e que cega o indivíduo é que o maior prejudicado é ele mesmo, aquele que não perdoa.

Essa pessoa fica cada dia, mais ilhada, cercada de outros que carregam o mesmo sentimento. Por vezes, esse “adoecimento” da alma começa com uma ofensa não tratada, se desenvolve em uma mágoa e gera ao longo dos anos um rancor, que por si mesmo promove a inveja, normalmente nunca admitida, e que se não for tratada, chega ao ódio.

Esse pecado, se não confessado e deixado, se transforma em uma ferida que dificilmente não deixará cicatrizes. A falta de perdão tem a capacidade de envelhecer uma pessoa jovem. Aos poucos, esse indivíduo vai se achando superior, pois para o orgulho ferido e falta de perdão, apenas os outros precisam mudar.

Perdoar é um dos atos básicos da fé cristã. Nossa entrada na vida cristã só foi possível porque recebemos perdão de nosso Deus e Pai. Trata-se de um assunto bem tratado e claro em toda a Escritura Sagrada. Deus nos perdoou mediante a obra de seu Filho Jesus, feita na cruz do Calvário em nosso favor.

Amor e perdão sempre caminham juntos. “Deus é amor”, é a mais formosa definição que a Bíblia apresenta. E a maior prova do Seu amor para conosco foi perdoar todos os nossos pecados. Porque Ele nos ama, Ele nos perdoou.

O perdão é, então, um atributo comunicável de Deus para todos nós.

Perdoar é um mandamento da Palavra de Deus. Não é um sentimento, nem depende da nossa vontade ou emoção, mas é fruto de uma decisão de obediência a Deus e Sua Palavra.

A Bíblia diz: “Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo vos perdoou” (Efésios 4.32). E também: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha queixa contra outrem. Assim como o Senhor nos perdoou, assim também perdoai vós” (Colossenses 3.13).

Quando Deus nos perdoou, colocou um fim à situação desastrosa em que nos encontrávamos, pois, estávamos condenados à morte como consequência do nosso pecado de desobediência.
Deus nos chamou para uma nova vida, na qual o amor e o perdão sempre têm a sua máxima expressão. Perdoada a nossa ofensa, o relacionamento amoroso que nos une ao Pai Eterno foi restaurado.

Diante desse ato de misericórdia e amor imerecido devemos, do mesmo modo, estender perdão a todo aquele que nos ofender. O perdão de Deus deve gerar em nosso coração o desejo de perdoar, incondicionalmente, tal como Ele fez conosco.

Perdoar significa deixar de considerar o outro com desprezo ou ressentimento. É ter compaixão, deixando de lado toda a ideia de vingar-se daquilo que foi feito ou das consequências que sofremos.
O perdão é libertação para nossa alma e para nossa vida interior. A base para o ato de perdoar é o completo e livre perdão que recebemos do Pai.

Assim como Ele nos perdoou, nós perdoamos. Como filhos de Deus, o perdão que expressarmos deve ser análogo ao Seu perdão: “Perdoando-vos uns aos outros como, também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4.32), ensina o apóstolo.
É inconcebível viver sob o perdão de Deus sem perdoar ao próximo. Quando Jesus ensinou Seus discípulos a orar, colocou um pedido ao Pai: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado os nossos devedores” (Mateus 6.12).

É esse espírito de perdão que deve permanecer em nós. Se o Pai, antecipadamente, nos perdoou quando não éramos merecedores, em gratidão ao Seu amor perdoador, devemos também perdoar aos que nos ofendem.

O perdão deve ser uma característica do nosso viver cristão. Se o amor perdoador de Cristo foi sacrificial – Ele se deu por nós –, da mesma forma devemos expressar amor dando-nos, em amor, por aquele que nos ofendeu.

Quando devemos perdoar?
Há dois momentos, em especial, que o perdão deve se expressar:

1• No momento em que somos atingidos, ou injuriados, maltratados, ofendidos e perseguidos.

2• Quando aquele que ofendeu pede perdão. Devemos estar preparados para perdoar, tão logo nos for solicitado o perdão.

Portanto, perdoe e receba as bênçãos de Deus!

Pr. Carlito Paes
Pr. Don Gossett
Pb. João Placoná