domingo, 11 de março de 2018

O que a Bíblia fala sobre a salvação pelas obras?






















“Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tito 3:4-5).

Muitos ainda acreditam naquela velha máxima que diz: “Tenho certeza que existe um lugar no céu para mim, pois eu não roubo, não mato, não faço nada de ruim a ninguém, vou à igreja todos os domingos e ajudo os pobres etc.”

Lamento decepcioná-los, mas essa é uma inverdade profundamente ilusória. Nossos atos não têm nenhuma repercussão em termos de eterna salvação.

Se os méritos humanos fossem requisito para a entrada na glória, estou certo de que a sua arrogância chegaria a níveis ainda mais elevados do que os já conhecidos. E mesmo diante de um vasto curriculum de horrendos pecados, ele poderia reivindicar a salvação com base em suas “bondades praticadas”.

Mas a Palavra encerra essa questão afirmando que a benignidade de Deus se revela ao homem, não por seus atos de justiça, mas pela misericórdia do Pai, traduzida de forma sublime na morte vicária de Cristo Jesus por todos nós.

É Deus quem nos salva e não nós quem nos salvamos. Dele parte a iniciativa que nos resgata, pois a natureza de toda raça humana é inclinada ao erro, ao pecado e à postura contrária para com todos os preceitos e princípios da fé cristã.

A regeneração e a renovação praticadas pelo Espírito Santo nos corações que se entregam a Jesus são os mecanismos Divinos que operam a transformação de natureza necessária para que alcancemos essa salvação.

Portanto, julguemos o devido valor de cada ato virtuoso e jamais deixemos de praticá-los, pois eles indicam o governo de Deus no coração humano.

Todavia, ninguém conhecerá o céu de glória e a paz que excede todo entendimento, sem que antes não tenha entregue a sua vida e o seu caminho ao Senhor Jesus.

Ele é a nossa salvação e fora dEle nossos atos de justiça não passam de trapos imundos.

Muitos imaginam que a minha convicta defesa do livre arbítrio humano seja uma bandeira pelagiana da conquista da salvação pelas obras. Porém, em tempo algum fui ou serei defensor de tamanho equívoco.

A capacidade presente no homem de reconhecer sua miséria espiritual e de apontar positivamente para o convite salvador do Messias, não o torna autor de sua própria salvação e nem este ato de reconhecimento constitui boa obra.

Assim, penso, creio e prego.

Que o Senhor nos abençoe, em Nome de Jesus!

Pr. Reinaldo Ribeiro
Pb. João Placoná