sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Mude o seu Rumo

timoneiro

“Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos” (Provérbios 4.23). 

Quase todos nós temos algo que gostaríamos de mudar em nós mesmos, no nosso trabalho, nos relacionamentos ou nas ações e hábitos diários.

Para mudar nossa vida, entretanto, é preciso mudar primeiro a forma como pensamos. Por trás de tudo quanto fazemos está um pensamento.

Todo comportamento é motivado por uma crença. E cada ação é induzida por uma atitude. 

Ouvindo os “gurus” dos tempos modernos que falam sobre isso pode parecer que se trata de uma descoberta surpreendente. Mas Deus revelou essa verdade milhares de anos antes que psicólogos a compreendessem: 

Imagine-se num lago navegando em uma lancha, cujo piloto automático o está levando para leste e você decidiu reverter o curso e rumar para oeste.

Haverá duas maneiras possíveis para fazer isso. Uma, agarrando o leme e fisicamente forçar a lancha a ir em direção oposta; usando força você poderia superar o piloto automático, apesar de contínua resistência.

Seus braços ficarão cansados e acabarão tendo que soltar o leme e a lancha voltaria instantaneamente para leste. A mudança será apenas temporária. Ao deixar de forçar a mudança, tudo voltará ao que era antes. É o que acontece quando tentamos mudar nossa vida pela força da vontade.

Dizemos a nós mesmos: “Vou me obrigar a... comer menos; parar de fumar; deixar de ser desorganizado; de me atrasar; não responder irritadamente quando estou sob pressão”... 

Força de vontade produz mudanças de curta duração e cria estresse interno constante, PORQUE NÃO LIDAMOS COM A RAIZ DAS CAUSAS DAQUILO QUE PRETENDEMOS MUDAR.

Fazer mudanças não parece ser natural, exigindo muito esforço e força de vontade. E assim, desistimos e deixamos pra lá a dieta, acendemos outro cigarro, chegamos atrasados para reunião importante e reagimos com irritabilidade despropositada. 

Mas existe maneira melhor e mais fácil: MUDAR O “PILOTO AUTOMÁTICO” – NOSSA MANEIRA DE PENSAR. OU, COMO A BÍBLIA DIZ, NOS DISPONDO A PERMITIR QUE DEUS A MUDE. “Deixe que Deus o transforme numa nova pessoa mudando a maneira como você pensa...” (Romanos 12.2 ). 

Mudanças devem começar na mente. A MANEIRA COMO PENSAMOS DETERMINA COMO NOS SENTIMOS E ISSO INFLUENCIA NOSSAS AÇÕES, o que significa que  “é preciso haver uma renovação espiritual de nossos pensamentos e atitudes” (Efésios 4.23). 

A Bíblia chama essa mudança mental de “arrependimento”. A palavra no original grego (metanuo) significa literalmente “mudança de mente e de direção” (Marcos 1.17).

Mude o modo de pensar. Mude sua maneira de pensar sobre Deus, sobre você mesmo, sobre o pecado, sobre outras pessoas, a vida, seu futuro. Tudo enfim.

“Por último, encham a mente de vocês com tudo que é bom, de boa fama; isto é, tudo que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente” (Filipenses 4:8).

Não perca tempo! Mude já! Seja feliz, em nome de Jesus!

Pr. José Júnior de Mendonça

João Placoná – Presbítero, Bacharel em Teologia, Pregador da Palavra, Palestrante e Articulista.

domingo, 19 de janeiro de 2014

O que diz a Bíblia sobre a Idolatria

Idolatria 3

I – DEFINIÇÃO E TERMOS RELACIONADOS À IDOLATRIA:

1. Ídolo: Estátua, figura, ou imagem que representa uma divindade e que é objeto de adoração; Objeto de grande amor, ou de extraordinário respeito.

2. Idolatria: Adoração de ídolos. Ato de prestar culto divino a criaturas.

3. Idólatra: Que diz respeito à idolatria. Que presta culto ou adoração aos ídolos.

4. Idolatrar: Praticar a idolatria; adorar ídolos.

5. Adorar: Reverenciar, venerar, Prestar culto a alguém ou algum objeto, Se curvar, reverenciar o ser adorado.

II – DIZ A BÍBLIA QUE OS ÍDOLOS NÃO PODEM SALVAR NINGUÉM, POIS SÃO APENAS PEDAÇO DE PAU, E QUEM INVOCA SEU FAVOR SE TORNA SEMELHANTE A ELAS E ESTÃO ENGANADOS:

(SALMOS 115.1-8)

1. São feitos pelas mãos de homens (v.4)

2. Tem boca, mas não fala, tem olhos mais não vê (v.5)

3. Tem ouvidos, mas não ouvem. Tem nariz, mas não cheiram (v.6)

4. Tem mãos, mas não apalpam, tem pés, mas não andam, não podem emitir som de sua garganta (v.7)

5. E a todas as pessoas que fabricam os ídolos e confiam neles, se tornam semelhantes a eles, como foi apresentado acima.

(ISAÍAS 44. 9-20)

1. As imagens de escultura são nada (v.9)

2. Não tem nenhum préstimo as imagens de escultura (v.10)

3. Os que criam a imagem de escultura que é feita pelo homem e seus seguidores ficaram confundidos. (v.11)

4. As esculturas são de fabricação dos homens, por isso se tornam impotentes (vs 12-16)

5. Os homens que se ajoelham diante de uma imagem e escultura feita pelo homem e se curva diante dela e faz sua oração pedindo livramento, nada sabe, nem entende, estar fora de si e não tem conhecimento. Pois está comentando abominação ao Senhor (vs. 17-19)

6. Tal homem que se curva diante de uma imagem de escultura estar com seu coração iludido, pois tal escultura não pode salvá-lo, pois nela não existe esse poder (v.20)

( JEREMIAS 10.1-5)

1. Deus diz que os costumes dos homens de buscar ajuda junto aos ídolos é um costume espantoso (v.2)

2. Espanto porque buscam ajuda a um ídolo criado pela mão do homem (v.3)

3. Enfeitado com prata e fixado para que não caiam (v.4)

4. Deus diz que tais ídolos são como espantalho em pepinal. Eles é quem precisam da ajuda do homem para se mover e não o homem deles, pois neles não podem fazer o bem, nem mal. (v.5)

(ISAÍAS 45.20)

1. Buscar a ajuda dos ídolos é loucura, nada sabem os que buscam ajuda dos ídolos e andam em procissão, fazendo súplica a um deus que não podem salvar.

III – A IDOLATRIA É PROIBIDA NA BÍBLIA POR DEUS, TANTO NO ANTIGO COMO NO VELHO TESTAMENTO:

• NO ANTIGO TESTAMENTO:

1. ÊXODO 20.1-5:

1.1. Não terás outros deuses diante de mim (v.3)

1.2. Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma do que há no céu ou debaixo da terra (v.4)

1.3. Não te curvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, Sou Deus zeloso (ciumento) (v.5)

2. LEVÍTICOS 19.4:

2.1. Não vos virareis para os ídolos, (v.4a)

2.2. Nem vos fareis deuses de fundação. (v.4b)

2.3. Eu sou o Senhor vosso Deus (v.4c)

3. LEVÍTICOS 26.1

3.1. Não fareis para vós outros ídolos (v.1a)

3.2. Nem vos levantareis imagem de escultura nem coluna (v.1b)

3.3. Nem poreis pedra com figuras na vossa terra (v.1c)

3.4. Para vos inclinardes a ela (v.1d)

3.5. Porque eu sou o Senhor vosso Deus (v.1e)

• NO NOVO TESTAMENTO:

1. 1CORÍNTIOS 10.14, 19-22

1.1. Portanto, meus amados, fugi da idolatria (v.14)

1.2. Tudo que é sacrificado aos ídolos não são oferecidos a Deus, mas aos demônios (v.19-20)

1.3. Não podemos ser de Deus e dos demônios, como se diz: oferecer uma vela a Deus e outro ao Diabo (v.21)

1.4. Quem sacrifica aos ídolos, está lutando contra Deus (v.22)

2. 1 JOÃO 5.21

2.1. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos (v.21)

IV – O QUE ACONTERÁ COM OS IDOLATRAS QUE ADORAM OS ÍDOLOS E AS IMAGENS DE ESCULTURA, OS QUE PRESTAM CULTOS A ELAS E AS INVOCAM ATRÁS DE SOCORRO? Vejamos o que diz a bíblia em várias passagens:

1. 1CORÍNTIOS 6.9: (“ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados (àqueles que se deixam usar de modo antinatural, confira Romanos 1.24-28), nem sodomitas (aos homossexuais ativos), nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.”)

1.1. Deus cita uma lista de práticas desenvolvidas pelos homens, nas os impossibilitam de herdar o reino de Deus (céu)

1.2. Entre essas práticas a IDOLATRIA se faz presente.

2. EFÉSIOS 5.5: (“Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.”)

2.1. Novamente a idolatria está relacionada com outras atitudes que impedem a entrada no reino de Deus e de Cristo.

2.2. Isso deixa claro que aqueles que praticam idolatria, não irão para o céu.

3. APOCALIPSE 21.7-8: (“Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho. Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.”)

3.1. No versículo 6 é dito por Deus que ele dará de graça da fonte da vida. No versículo 7 Ele diz que o vencedor herdará as coisas que são alistadas nos versículos no versículo 4 a 7.

3.2. No versículo 8 Ele mostra uma classe de pessoas que não desfrutaram das coisas mencionadas nos versículos 4 a 7 do capítulo 21. Entre elas estão os idolatras, os que terão como herança o lago de fogo e enxofre, no lugar do reino de Deus.

4. APOCALIPSE 22.15: (“Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica mentira.”)

4.1. Leia com atenção todos os versículos que antecedem o versículo 15, verás que Deus estar falando de céu e de suas maravilhas.

4.2. Mas no versículo 15 ele cita uma relação de pessoas que ficarão fora do céu e não desfrutarão das maravilhas da cidade santa. Entre os grupos citados estão os idólatras, os que adoram, veneram, prestam cultos a estatua ou imagem de escultura. Os que fazem oração a ídolos que não podem responder e confiam a sua confiança em objetos criados por homens e não em Deus.

CONCLUSÃO: Devemos tomar uma decisão com que vamos ficar se com a Bíblia ou com as tradições que recebemos dos nossos pais e da nossa religião.

Aconselho que você fique com a Bíblia, pois ela é a Palavra de Deus e devemos ter as nossas crenças baseadas nela e não nas tradições adquiridas por nossos familiares.

Veja o que diz Mc 7. 1-13, os fariseus invalidavam a Palavra de Deus seguindo a tradição e Jesus condenou isso.

Cabe a você observar o que diz a bíblia e obedecê-la, não interessa se a tradição fala diferente da Bíblia, o que importa pra você é o que diz a Bíblia e não a tradição.

Talvez você queira argumentar que não é um idólatra e que não pratica idolatria, mas porque você tem imagens de escultura na sua casa?

Uma vez que a bíblia como você viu neste estudo, proíbe totalmente a fabricação delas.

Como você faz oração, ajoelhado? Ou mesmo em pé diante delas!

Isso segundo a bíblia é idolatria e não é agradável diante de Deus, agora você tem um conhecimento bíblico do assunto, cabe a você seguir a Bíblia ou não.

Mais um pequeno e importante detalhe: Já ouvi de muitos católicos, – os mais esclarecidos, que leem a Bíblia costumeiramente e não aqueles que somente a deixam aberta nos Salmos 22 e 90 que eles não adoram os santos e sim reverenciam... Então é de se perguntar por que muitos fazem orações, pedidos aos santos, à virgem Maria e nem sequer tocam no nome de Jesus?

Como fica I Timóteo 2:5 “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”. Acho desnecessário definir o que seja Mediador, mas, não custa nada: É aquele que intervém, que faz a mediação. Esta passagem deixa claro que Jesus não deu Procuração pra ninguém para que servisse de Mediador entre Ele e o Pai.

Mas esteja consciente das implicações ou das consequências que sobrevirão a você caso não dar ouvidos à Palavra de Deus.

Que Deus o ajude, a tomar a decisão certa, mesmo quando esta venha ferir tudo aquilo que você julgava certo.

Pr. Marcos Glayson

João Placoná – Presbítero, Bacharel em Teologia, Pregador da Palavra, Palestrante e Articulista.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Uma vez salvo, salvo para sempre?

salvo-para-sempre

“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1:6)

Certa vez uma amiga me fez a seguinte pergunta: “Uma vez salvo, salvo para sempre?”Eu respondi afirmativamente, ao que ela completou: “Então quer dizer que se eu abandonar a fé e ‘cair no mundão’, ainda assim, serei salva?!” Eu prontamente respondi: “Obviamente, não!”

Esta é uma dedução precipitada e errônea, que lastimavelmente tem sido a interpretação aceita por muitos da cristandade atual.

Ao se ouvir uma declaração proposicional, do tipo “Uma vez salvo, salvo para sempre”, não é correto partir de imediato para inferências e conclusões práticas sem antes considerar a proposição sob o prisma doutrinário.

Uma vez salvo, salvo para sempre! Esta afirmação deve nos remeter a uma pergunta:

O que é ser salvo?

Quando podemos afirmar que uma pessoa é ou está salva?

Será que todos os que frequentam a igreja são salvos?

A resposta é negativa, pois o Senhor Jesus nos advertiu de que haveria joio em meio ao trigo (Mt 13); E os que levantam as mãos, falam em nome de Cristo, manifestam dons, etc., será que todos estes são salvos?

A resposta novamente é negativa, pois foi a pessoas assim que o Senhor Jesus disse: Apartai-vos de mim! (Mt 7:21-23); Será que todos os que creem em Deus são salvos?

Mais uma vez a resposta é negativa, pois a Bíblia diz que até os demônios creem em Deus (Tg 2:19).

O que, então, significa “ser salvo”?

O que caracteriza um salvo? O que as Escrituras nos ensinam a respeito disso?

Certa noite um homem chamado Nicodemos foi ter com Jesus, ele era um dos principais dentre os judeus. Nicodemos iniciou o diálogo com Jesus, mas antes mesmo que viesse a perguntar algo Jesus lhe disse: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” (João 3:3).

Eis aqui a chave para a compreensão: alguém só pode ser salvo se [e somente se] tiver nascido de novo; a isto nós chamamos de Regeneração.

É com este entendimento que o apóstolo Pedro declara: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.” (1 Pedro 1:3).

Quando afirmamos que um salvo não perde sua salvação, estamos considerando o salvo como alguém regenerado, que nasceu de novo pelo poder do Espírito Santo.

“Então quer dizer que se eu abandonar a fé e ‘cair no mundão’, ainda assim, serei salva?”

Assim argumentou minha amiga naquele diálogo. Pergunto a você, leitor: Será que uma pessoa assim, que “cai no mundão”, realmente nasceu de novo?

Será que ela foi regenerada pelo poder do Espírito Santo? Será que nela habita o Espírito de Deus, que nos guia a toda verdade? (Jo 16:13).

Espero ser a sua resposta, tal como foi a minha: “Obviamente, não”!

Há muitas pessoas que iniciam uma vida na igreja, prestam cultos, participam das atividades da igreja, muitas delas são batizadas, participam da ceia, são até tidas como “uma bênção”, mas passado algum tempo elas se desviam dos caminhos de Deus, apostatam da fé e perecem no pecado.

Será que essas pessoas foram verdadeiramente convertidas? Convertidas do pecado vivendo na prática do pecado, isto é possível?

O apóstolo João nos dá a resposta: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.” (1 João 3:9).

Aqueles que nasceram de Deus, de acordo com o apóstolo inspirado, não podem viver na prática do pecado. Logo, segue-se que aqueles que abandonaram a fé, “caíram no mundão” e perecem no pecado não foram nascidos de Deus, nunca foram regenerados; eles fazem parte do joio e estiveram por um tempo em meio ao trigo, em meio à igreja.

Os genuínos convertidos, os que realmente nasceram de novo - os regenerados – não podem viver na prática do pecado.

Não estou afirmando, contudo, que o cristão não peque, pois sabemos que o pecado é uma triste realidade presente na vida de todos.

Entretanto, o pecado não é uma marca na vida do verdadeiro crente.

Enquanto os ímpios estão mortos em seus delitos e pecados, caminham segundo o curso de um mundo em trevas, segundo o príncipe da potestade do ar, enquanto eles vivem sob a escravidão do pecado e estão subjugados pelas inclinações de sua natureza caída (Ef 2:1-3); os verdadeiros cristãos, em contrapartida, estão verdadeiramente livres da escravidão do pecado: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós...” (Romanos 6:14).

Os verdadeiros crentes estão livres do domínio do pecado e são habilitados pelo Espírito Santo a vencerem a carne, o pecado, Satanás e o mundo: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo...” (1 João 5:4a). Ora, se alguém é tragado e vencido pelo mundo, segue-se que este não é nascido de Deus!

Estejamos, pois, convictos de que os verdadeiros cristãos – os nascidos de novo – jamais perecerão no pecado desviando-se dos santos caminhos; os regenerados não vivem na prática do pecado, pois neles permanece a divina semente e eles estão verdadeiramente livres da escravidão do pecado.

Não obstante, há ainda uma importante questão a ser respondida: Por qual razão um regenerado está salvo para sempre?

A esta pergunta o Apóstolo João responde: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda.” (1 João 5:18).

O motivo pelo qual um cristão regenerado não perde sua salvação é porque AQUELE que nasceu de Deus, Jesus Cristo, o guarda.

É de sumária importância que tenhamos sempre em mente um fato: se nós permanecemos firmes na fé, não o fazemos pela força do nosso intelecto; mas pelo poder de Deus, que nos guarda; afinal, a fé é dom de Deus (Ef 2:8), e é Ele quem “nos guia pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.” (Salmos 23:3).

Se nossa vida está segura e guardada nas primorosas mãos do Onipotente, do Deus Todo Poderoso, o que ou quem poderá nos arrebatar de lá?

Como já dissemos acima, estejamos convictos da salvação eterna de um cristão regenerado.

Tenhamos esta certeza por sabermos que aqueles que por Ele foram chamados e justificados, com certeza serão glorificados! (Rm 8:30); Porque os que por Ele foram regenerados, são guardados pelo seu poder! (1 Jo 5:18); Porque uma vez selados com o Espírito Santo da promessa, temos o mesmo Espírito como garantia e como penhor da gloriosa herança que nos fora prometida – e Aquele que fez a promessa é fiel para a cumprir! (Ef 1:13,14); Porque sabemos que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem principados, nem potestades, nem cousa alguma poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus! (Rm 8:38,39).

Com esta convicção nós, à semelhança do apóstolo Paulo, poderemos intrepidamente declarar: “Temos por certo isto mesmo, que Aquele que em nós começou a boa obra há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus!" (Filipenses 1:6).

Que o SENHOR, pelo seu Espírito, aplique estas verdades em sua vida. Amém!

Cássio Custódio

João Placoná – Presbítero, Bacharel em Teologia, Pregador da Palavra, Palestrante e Articulista.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Consagração Cristã e Novo Estilo de Vida

Consagração

“Assim, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo, e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” Rm. 12:1.

Na edificação de um novo crente, o primeiro problema a resolver é o assunto da consagração.

Mas, se ele puder ou não admitir esta lição depende em grande parte de quão eficazmente ele foi salvo.

Se o evangelho não se apresentou corretamente, aquele que vem ao Senhor Jesus pode considerar-se a si mesmo como fazendo um grande favor a Deus.

Para uma pessoa como ele, converter-se em um cristão acrescenta muita glória à cristandade!

Sob tal ilusão, como alguém poderá lhe falar a respeito da consagração? Inclusive uma rainha tem que ser conduzida ao ponto onde ela ponha com alegria a sua coroa aos pés do Senhor.

Todos nós precisamos atentar que somos nós os favorecidos pelo Senhor ao sermos amados e salvos. Só assim então podemos desejar deixar todas as coisas.

As bases da consagração

Vejamos primeiro o Novo Testamento. Ali encontramos como os filhos de Deus são constrangidos por amor a viver para o Senhor que morreu e ressuscitou por eles 2 Co 5:14.

A palavra «constrangido» significa estar firmemente sujeito ou ser rodeado de modo que as pessoas não possam escapar. Quando uma pessoa é movida pelo amor, experimentará tal sensação. O amor o atará e ele estará assim sem valer-se por si mesmo.

O amor, portanto, é a base da consagração. Ninguém pode consagrar-se sem sentir o amor do Senhor. Tem que ver primeiro o amor do Senhor para depois poder consagrar a sua vida. É inútil falar de consagração se não se deseja o amor do Senhor. Depois de ter visto o amor do Senhor, a consagração será a consequência inevitável.

No entanto, a consagração se apoia também no direito ou na prerrogativa divina. Esta é a verdade que encontramos em 1 Co 6:19-20. «Ou ignorais que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, o qual está em vós, o qual têm de Deus, e que não sois vossos? Porque fostes comprados por preço; glorificai, pois, a Deus em vosso corpo e no vosso espírito os quais pertencem a Deus».

Hoje, entre os cristãos, este assunto de ter sido comprado por preço não pode ser entendido cabalmente. Mas, para os coríntios no tempo do império romano, isto estava perfeitamente claro. Por quê?

Porque naquele tempo tinha comércio de humanos. Tal como hoje que você pode ir ao mercado para comprar frango ou pato, da mesma forma podiam-se comprar seres humanos no mercado humano.

A única diferença era que os preços dos mantimentos estavam mais ou menos estabelecidos, enquanto que, no mercado humano, o preço de cada alma era estabelecido fazendo uma oferta no leilão.

Aquele que fazia a oferta mais elevada obtinha o homem, e quem possuía o escravo tinha poder absoluto sobre ele. Paulo utiliza esta metáfora para nos mostrar o que o nosso Senhor tem feito por nós e como Ele deu a sua vida como resgate para nos comprar de novo para Deus.

O Senhor pagou um grande preço – a sua própria vida. E hoje, por causa dessa obra de redenção, nós cedemos os nossos direitos e perdemos a nossa soberania. Já não somos de nós mesmos, porque pertencemos ao Senhor; portanto, devemos glorificar a Deus em nossos corpos.

Somos comprados por preço, o sangue da cruz. Visto que somos comprados, somos seus por direito, por prerrogativa divina.

Por um lado, por amor, escolhemos servi-lo; e por outro lado, por direito, não somos nossos. Nós devemos seguir a Ele; não podemos fazer de outra maneira. De acordo ao direito de redenção, somos seus; e segundo o amor que o resgate gera em nós, devemos viver para Ele.

Uma base para a consagração é o direito legal e a outra base é a resposta de amor.

A consagração está, pois, apoiada no amor, que ultrapassa o sentimento humano, assim como no direito segundo a lei. Por estas duas razões, nada podemos, a não ser pertencer ao Senhor.

Significado real da consagração

Nós devemos saber que ser constrangidos pelo amor não é ainda a consagração; nem tampouco ver o direito do Senhor constitui ainda à verdadeira consagração.

Depois que alguém foi constrangido pelo amor e viu a prerrogativa do Senhor, é necessário fazer algo adicional. Este passo extra nos põe na posição da consagração. Sendo constrangidos pelo amor do Senhor e sabendo que fomos comprados, apartamo-nos quietamente de tudo para ser inteiramente do Senhor.

Esta é a consagração descrita no Antigo Testamento. É a aceitação de um ofício santo, o ofício de servir ao Senhor. Oh Senhor, sendo eu amado, que mais posso fazer a não ser me separar de tudo para poder te servir? Daqui em diante, ninguém pode utilizar as minhas mãos ou meus pés, minha boca ou meus ouvidos, porque estas minhas duas mãos são para fazer as suas obras, meus pés para andar em seu caminho, minha boca para cantar o seu louvor, e meus ouvidos para ouvir a sua voz. Isto é consagração.

Suponhamos que você compre um escravo e o traga para o seu lar. Na porta de sua casa, o homem se ajoelha e te rende homenagens, dizendo: «Amo, você me compraste. Hoje atendo com alegria as suas palavras».

Porque o fato de que você o tenha adquirido é uma coisa, mas que ele se humilhe diante de ti e proclame o seu desejo de te servir é algo mais.

Porque você o compraste, ele reconhece o seu direito. Mas, porque você o amaste mesmo que ele seja tal tipo de homem, ele se declara inteiramente teu. Só isso é consagração.

A consagração é mais que o amor, mais que a compra; é a ação que segue ao amor e à compra. Dali em diante, aquele que se consagra é separado de tudo neste mundo, de todos os seus amos anteriores.

Sucessivamente, ele não fará nada a não ser o que o seu amo lhe ordena. Ele se restringe a fazer somente as coisas daquele único dono. Este é o real significado da consagração.

O propósito da consagração

A consagração aponta não a pregação ou o trabalho para Deus, mas o servir a Deus.

A palavra «serviço» no original tem o sentido de «esperar em», quer dizer, esperar em Deus para lhe servir.

A consagração não implica necessariamente no trabalho incessante, porque o seu objetivo é esperar em Deus. Se Ele quiser que estejamos em pé, pomo-nos em pé; se Ele quiser que esperemos, esperamos; e se Ele quiser que corramos, correremos. Este é o verdadeiro significado de «esperar Nele».

O que Deus requer de nós é que apresentemos os nossos corpos a Ele, não com o fim de subir ao púlpito ou de evangelizar em terras longínquas, mas de esperar Nele. Sem dúvida, alguns podem ter que aceitar o púlpito, já que foram enviados ali por Deus.

Alguns podem ser constrangidos a ir a terras distantes, porque foram comissionados por Deus para ir.

O trabalho em si varia, mas o tempo consumido segue sendo o mesmo – toda a nossa vida.

Precisamos aprender a esperar em Deus. Oferecermos os nossos corpos para que possamos ser aqueles que servem.

Uma vez que nos convertemos em cristãos, devemos servir a Deus por toda a vida.

Logo depois de um médico se tornar um cristão, a medicina retrocede de ser a sua vocação para ser a sua afeição.

O mesmo ocorrerá com o engenheiro. A demanda do Senhor ocupa a primeira prioridade; servir a Deus se converte no trabalho principal.

Se o Senhor permitir, posso desempenhar-me na medicina ou na engenharia para ganhar o meu sustento, mas não poderei fazer deles o meu trabalho de vida.

Alguns dos primeiros discípulos eram pescadores, mas, depois que seguiram o Senhor, eles já não esperavam ser grandes pescadores e bem-sucedidos. Pode ser que lhes fosse permitido pescar de vez em quando, mas o seu destino foi alterado.

Que a graça de Deus nos assista, especialmente aos crentes jovens, para que todos possamos ver como a nossa vocação foi mudada. Que todos os professores, doutores, enfermeiras, engenheiros e industriais vejam que agora a sua vocação é servir a Deus.

Suas vocações anteriores retrocederam para serem afeições. Eles não devem ser muito ambiciosos em seus campos específicos, embora o Senhor possa dar a alguns deles posições especiais.

Aqueles que servem a Deus não podem esperar ser prósperos no mundo, porque estas duas coisas são contraditórias. Daqui em diante, apenas devemos servir a Deus; não temos outra via ou destino.

Na consagração, a nossa oração é: Oh Senhor, tu me deste a oportunidade e o privilégio de vir diante de ti e de te servir. Senhor sou teu. Daqui por diante os meus ouvidos, minhas mãos e meus pés, sendo comprados pelo teu Sangue, são exclusivamente teus.

O mundo já não pode utilizá-los, nem eu tampouco.

Qual é, então, o resultado? O resultado será a santidade, porque o fruto da consagração é a santidade.

Em Êxodo 28 temos por um lado a consagração e pelo outro a santidade ao Senhor. Precisamos ser conduzidos para ver que depois de termos sido convertido em cristãos, estamos inutilizados para todo o resto.

Isto não significa que vamos ser menos fiéis em nossos trabalhos seculares.

Não, nós devemos estar sujeitos às autoridades e cumprir com fidelidade as nossas tarefas.

Mas vimos diante de Deus que a nossa vida deve ser gasta no caminho de servir a Deus; todos os demais trabalhos são secundários.

A Vida Consagrada tem seus segredos, seus encantos e suas paixões. O segredo da vocação à Vida Consagrada está no encantamento por Jesus, por sua Igreja e pelo seu povo.

Ninguém segue fielmente, por muito tempo, a alguém por quem não tenha encantamento. O segredo da fidelidade na Vida Consagrada está no encantamento por Jesus, por sua pessoa, seu evangelho e seu projeto de vida.

O segredo do seguimento missionário do consagrado está no encantamento pelo estilo e pelo modelo de vida missionária de Jesus.

O segredo da vida espiritual do consagrado está na capacidade de se encantar ou se reencantar cada dia, de começar sempre de novo, e partir, sem olhar para trás. Quem assim não vive, a chama da vocação se apaga e a vida perde o seu sentido e vira fadiga e rotina.

Neste estado de ânimo, dificilmente uma vocação se manterá fiel e perseverante à obra e à missão.

Novo Estilo de Vida

Para nos é motivo de muita alegria que você seja salvo! Seus pecados foram perdoados e você agora passa a viver uma nova jornada rumo ao céu.

Você está cheio de alegria e grato ao Senhor Jesus, que morreu por na cruz, tudo isso para salvar você.

Você já deve ter comunicado esta novidade a todos os amigos e familiares. Isto é normal! Uma pessoa salva deseja que muitos outros também conheçam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

No entanto não se surpreenda se começar a surgir pensamentos como este: "Agora que alcancei a salvação, o que fazer”?

Eis aqui algumas sugestões que ajudarão na nova jornada.

Emoções conflitantes

Cuidado! Dentro das 24 horas seguintes à sua experiência, qualquer novo convertido pode ter dúvida sobre a realidade da sua experiência.

Aquela emoção inicial pode diminuir e fazer com que o novo convertido pense que sua experiência com Cristo foi um tipo de alucinação ou uma experiência irreal.

Crise de transformação

Vícios e hábitos nem sempre desaparecem imediatamente e isto pode ser motivo de muita ansiedade.

O novo convertido deseja corresponder à expectativa de mudança instantânea.

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” II Co 5.17

Ele espera vencer imediatamente o cigarro, a droga e o álcool, talvez por causa do testemunho de outros que tiveram sucesso. A verdade é que algumas pessoas precisam de um acompanhamento pessoal e outras precisam até mesmo de clínicas de reabilitação.

Pressão dos amigos

As pessoas do seu ambiente social vão pressioná-lo para que retorne aos padrões de sua vida antiga. Isto é especialmente difícil para os jovens, mas acontece com todos. Velhos amigos possuem um grande poder de influência e podem levar o novo convertido a desistir da fé.

É vital, portanto, que os irmãos da Igreja o envolvam até que ele seja capaz de responder apropriadamente aos antigos amigos.

Siga o novo caminho

A Bíblia Sagrada descreve o que ocorre quando alguém crê no Senhor Jesus Cristo e é salvo: uma delas é o novo nascimento, de Deus.

“Assim saberemos que somos da verdade; e tranquilizaremos o nosso coração diante dele...” I Jo 3.19

Isto é nascer de novo. E todo que nasce de novo passa a viver hábitos novos, porque agora apreciamos melhor o que devemos fazer.

“Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância.” I Pe 1.14

Agora como criança recém-nascida você deve desejar o genuíno leite espiritual, para que por ele seja dado o crescimento para salvação que agora você alcançou, conforme:

“Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação...” I Pe 2.1 e 2

Leia a Bíblia:

Você deve se alimentar e nutrir a nova vida espiritual.

O alimento indicado é a Palavra de Deus. A Sagrada Escritura é indispensável para a sua capacitação e crescimento espiritual, conforme Paulo ensinou a seu filho na fé Timóteo:

“Porque desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.” II Tm 3.15-17

Obedeça aos ensinamentos:

Para que possamos dar um bom testemunho público de nossa fé em Cristo, precisamos obedecer aos ensinamentos, porque a obediência é o primeiro distintivo dos cristãos e todo cristão deve estar atento em vigiar e orar pedindo sempre a graça de Deus para obedecer ao senhorio de Cristo.

Saiba que o diabo, nosso adversário, vai fazer tudo para você recuar, mais saiba que ele também tentou Jesus Cristo:

“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde, durante quarenta dias, foi tentado pelo Diabo. Não comeu nada durante esses dias e, ao fim deles, teve fome. O Diabo lhe disse: ‘Se és o Filho de Deus, manda esta pedra transformar-se em pão’. Jesus respondeu: ‘Está escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem’. O Diabo o levou a um lugar alto e mostrou-lhe num relance todos os reinos do mundo. E lhe disse: ‘Eu te darei toda a autoridade sobre eles e todo o seu esplendor, porque me foram dados e posso dá-los a quem eu quiser.  Então, se me adorares, tudo será teu’.  Jesus respondeu: ‘Está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto’. O Diabo o levou a Jerusalém, colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: ‘Se és o Filho de Deus, joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: ‘Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito, para o guardarem; com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra.’ Jesus respondeu: ‘Dito está: ‘Não ponha à prova o Senhor, o seu Deus’.” Lc 4.1-12

A obediência a Palavra de Deus faz com que nós vençamos as lutas pela Palavra.

“Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” Jo 14.15

Somente os que obedecem a Palavra de Deus demonstram seu amor a Ele.

Afinal de contas, a vida cristã é uma peregrinação contínua de obediência.

Comece a viver o amor mútuo

Jesus assim ensinou:

“Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.” Jo 13.35

O amor de uns pelos outros é a marca dos discípulos de Cristo. Os discípulos não são identificados por sinais, insígnias, uniformes e sim por amor uns aos outros.

Foi esta prática da igreja primitiva que começou a cair na graça do povo, e dia-dia o Senhor acrescentava o número dos salvos, porque viviam em amor.

Sinceramente, novo irmão em Cristo, desejamos gozo, paz e satisfação em sua vida como filho de Deus.

Deixamos a palavra do Apóstolo Paulo:

“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.” Fl 1.6.

Watchman Nee

João Placoná – Presbítero, Bacharel em Teologia, Pregador da Palavra, Palestrante e Articulista.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Doenças–Curas de ontem e curas de hoje

Jesus Salva

Muito cuidado com as promessas de cura pregadas por igrejas de pastores curandeiros, verdadeiros mercadores de almas, levam mais pessoas ao desespero do que à salvação.

Eles terão a paga de sua iniquidade quando chegar o dia quando disserem: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? e em Teu nome não expulsamos demônios? e em Teu nome não fizemos muitas maravilhas?" Quão terrível será quando tiverem que ouvir, da boca do próprio Senhor, a terrível condenação: "Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade". (Mateus 7.22-23).

A doença e a morte entraram na criação de Deus por causa do pecado de Adão.

O primeiro homem desobedeceu a Deus, por querer ser independente de Deus, e até hoje sofremos as consequências do pecado.

Nascemos, ficamos velhos e morremos, quando a morte não chega antes, por algum acidente ou enfermidade.

Quando o Senhor Jesus esteve no mundo, e logo após Sua passagem por aqui, foram feitas curas maravilhosas, a fim de chamar a atenção das pessoas para o fato de que Deus tinha uma obra ainda mais maravilhosa para os pobres pecadores: A SALVAÇÃO ETERNA.

Aquele tempo, quando o Senhor Jesus curava TODOS os que iam até Ele, já passou.

Diferenças entre as curas de hoje e as na Bíblia

As curas especiais na Bíblia incluíam todos os tipos de moléstias. Jesus e os apóstolos podiam curar qualquer pessoa de qualquer doença ou enfermidade.

Cegos de nascença recebiam a visão imediatamente; coxos de nascença começavam a andar e saltar; lepra, mãos definhadas, orelhas cortadas e outros males perfeitamente visíveis eram curados diante dos próprios olhos daqueles que observavam.

Ainda mais admirável era a ressurreição dos mortos (Lucas 7; João 11; Atos 9; 20).

As curas de agora são diferentes. Os que fazem curas hoje em dia se especializam em dores de cabeça, dores lombares e outras enfermidades invisíveis. Sim! Algumas vezes ouvimos falar de um cego que recebeu sua vista ou de mortos sendo ressuscitados, mas nunca, ninguém, parece testemunhar esses eventos.

Eles sempre ocorreram em outro tempo ou lugar e ninguém parece se lembrar exatamente de quando e onde. Sem dúvida, as "curas milagrosas" que você e eu vemos hoje são de uma natureza muito diferente dos milagres na Bíblia.

As curas na Bíblia eram instantâneas. Não havia reação retardada. Os cegos recebiam sua vista na hora; os coxos começavam a andar, correr e saltar; a pele dos leprosos era purificada instantaneamente.

As curas miraculosas foram sempre completas. Não havia curas parciais. A maneira de Jesus e dos apóstolos era simples. Não havia fanfarras; não havia nada encenado. Aqueles com a verdadeira capacidade de curar faziam seu trabalho calmamente, simples e completamente.

Poderá alguém que testemunhou "curas", hoje, dizer que elas são feitas da mesma forma?

Nenhum dos que, hoje em dia, "curam" sempre têm êxito. Geralmente, atribuem a culpa pelos insucessos à falta de fé por parte dos que querem ser curados.

Mas na Bíblia, aqueles que realmente tinham o poder de curar conseguiam seu intento. Há uma única exceção registrada (Mateus 17) e, nesse caso, o problema foi uma falta de fé por parte dos que pretendiam curar.

Nem todos aqueles que recebiam as curas tinham fé; de fato, alguns que nem esperavam ser curados o foram (João 5; Atos 3).

Deus nunca falha. Se houvesse, nestes dias, pessoas que verdadeiramente tivessem poderes especiais de Deus para curar, eles também não falhariam.

É também digno de nota que o propósito das curas na Bíblia nunca foi financeiro. Pura e simplesmente, nunca lemos sobre Jesus ou os apóstolos ou outros cristãos primitivos com capacidade para curar fazendo coletas daqueles que eles estavam curando.

De fato, em relação a estas próprias coisas (curar os doentes, ressuscitar os mortos, limpar os leprosos e expelir demônios) Jesus disse que as dessem gratuitamente (Mateus 10:8).

O Que Podemos Concluir?

Houve dois meios básicos pelos quais Deus curou: o meio normal, através da oração e da providência, e o meio miraculoso, para confirmar as novas revelações.

Deus continua a curar pelo meio normal e, por esta razão, devemos orar pelos doentes e agradecer a Deus pela recuperação deles.

Mas não há evidência de que alguém tenha, hoje, as aptidões especiais, que Jesus e os apóstolos tinham para curar os enfermos.

Muitos fazem uso de Marcos 16:17-18 para ensinar que todos os crentes serão capazes de operar curas, expelir demônios e falar em línguas.

No entanto, poucos (ou nenhum) são os que afirmam, que todos os crentes podem beber veneno ou pegar em serpentes, ainda que essas coisas sejam mencionadas na mesma passagem.

É importante analisar cuidadosamente o contexto desta promessa. Jesus estava falando aos apóstolos e prometeu que esses sinais acompanhariam os crentes.

Ele não disse que todos os crentes, nem mesmo naquela época, poderiam operar sinais. Marcos 16:20 afirma que essa promessa já havia sido cumprida: "E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam."

A pregação, mencionada em Marcos 16, com os sinais que a confirmariam já aconteceu. Se há mais sinais, hoje, pelo menos esse texto não está afirmando nada a respeito.

Alguns se valem de João 14:12 para tentar provar que as curas milagrosas continuam ainda hoje. Essa passagem ensina que discípulos de Cristo farão obras maiores do que ele fez. O significado é que, depois da morte e da ressurreição de Jesus, seus seguidores pregariam a mensagem da salvação e ofereceriam, realmente, o perdão dos pecados pelo sangue de Cristo.

Eles fariam uma obra maior por causa da expiação proporcionada pela morte de Jesus. Muitos deturpam esse texto para dizer que os crentes operarão milagres maiores. Mas como?

Por acaso mudarão mais água em vinho, alimentarão uma multidão maior com menos pães e peixes, acalmarão tempestades mais violentas, ressuscitarão mais pessoas mortas?

Seria difícil realizar maiores milagres do que Jesus. Esse texto está falando da salvação que poderia ser proporcionada depois da morte e ressurreição de Cristo.

Sabemos que muitas enfermidades são grandemente afetadas pela mente. Se alguém pensa que foi curado, muitas vezes se sentirá melhor. Por essa razão, diversas "curas" ocorrem numa atmosfera emocionalmente carregada, com muitos na expectativa de receber uma cura.

Raramente os que dizem que curam, hoje em dia, vão a lugares públicos e realizam tal ato; a maioria das "curas" ocorre em edifícios de igrejas ou lares.

Jesus, ao contrário, curava em qualquer situação, até mesmo enquanto caminhava rua abaixo.

Não há evidência de homens, hoje, curando como Jesus e os apóstolos curavam.

Todos ouviram falar de algum lugar afastado onde uma pessoa morta foi ressuscitada, um leproso limpo, ou uma pessoa cega recebeu sua visão. Mas quem realmente experimentou esses fenômenos?

Se Deus ainda cura hoje em dia do mesmo modo que no passado, por que são quase todas as curas invisíveis?

Por que os milagres notáveis sempre ocorrem em algum lugar distante?

Conclusão

Deus continua a curar em nosso tempo, porém não mais concede aos homens capacidade especial para curar.

Há diferenças radicais entre as curas verdadeiramente milagrosas do primeiro século e as alegações de curas hoje.

As curas de Deus, agora, são através da oração e da providência, e não através de sinais miraculosos.

Salvação Eterna

Mas a salvação perfeita e preciosa continua disponível a todo aquele que crê no Salvador. Este corpo, sujeito ao pecado e à morte, não irá durar para sempre. Mas todos nós receberemos um novo corpo que não morrerá mais. A diferença é que alguns o receberão para passarem a eternidade toda nas chamas do lago de fogo, enquanto outros, os que aceitarem a Cristo como Salvador, viverão eternamente o gozo da companhia do próprio Senhor.

Em que classe de pessoas você está?

Hoje muitos estão correndo atrás de curas e milagres. Mas o que a cura ou o milagre pode fazer por alguém que está em estado terminal? Apenas prolongar um pouco mais a permanência deles nesta Terra. E depois? Fatalmente terão que sair daqui, como nós também, para se encontrarem com Deus. O modo como nos encontraremos com Deus é o que conta.

Por sermos pecadores, somos merecedores do juízo eterno. E nossa culpa é tão grande, que nada que possamos fazer poderá pagar por ela.

Por esta razão Deus, que nos ama muito, precisou interceder por nós, enviando Seu próprio Filho para morrer numa cruz e receber ali o castigo por causa do nosso pecado.

O único que podia pagar o preço de nossa salvação era o próprio Deus, por intermédio de Seu Filho Jesus Cristo, Deus feito homem.

Quando uma pessoa se reconhece pecadora e merecedora do inferno, e reconhece ainda que não pode fazer nada de si mesma para escapar de tão terrível juízo, ela entrega-se então nas mãos dAquele que é o Único que pode salvar. E o Seu sangue nos purifica de todo pecado.

Como já disse, as curas que você encontra na Bíblia eram sinais para que as pessoas cressem em Cristo como Salvador.

Eram apenas maneiras de Deus chamar a atenção das pessoas para que se entregassem ao Salvador.

Por esta razão lemos na Bíblia que o apóstolo Paulo tinha uma doença nos olhos, Timóteo era doente do estômago e Epafrodito, um dos companheiros de Paulo, ficou tão doente que quase morreu. Por que razões não foram curados?

Porque Deus não precisava chamar a atenção deles e nem dos que os cercavam. Eles já conheciam a Cristo como Salvador, e tinham uma esperança celestial.

A verdade que a Bíblia, a Palavra de Deus, nos ensina é bem outra: "Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os PECADORES" (1 Timóteo 1.15). Ele não veio salvar os "bons", pois só Deus é bom.

Se ele veio salvar PECADORES, então Ele veio me salvar. E se a Bíblia diz que "o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de TODO o pecado" (1 João 1.7), então já não tenho o que temer. Sou pecador, mas o sangue que Jesus derramou na cruz é suficiente para limpar meu pecado. E a Palavra de Deus vai mais longe, pois o próprio Senhor afirmou: "Quem ouve a minha palavra, e crê nAquele que Me enviou, TEM A VIDA ETERNA, e não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida." (João 5.24).

Ora, eu sou pecador, ouvi a palavra de Deus, cri nAquele (Jesus) que Ele enviou, portanto, por que eu iria duvidar do que Deus promete?

Ele promete que o pecador que ouve e crê TEM A VIDA ETERNA; que NÃO ENTRARÁ EM CONDENAÇÃO; e ainda que PASSOU DA MORTE PARA A VIDA.

Portanto, dizer que estou salvo não é pretensão: é crer na promessa de Deus. Eu estaria duvidando da Palavra de Deus se fizesse diferente.

E assim, apesar das doenças, apesar de toda a fraqueza e enfermidade que nos assolam, podemos viver felizes e confiantes de que este mundo, que rejeitou a Cristo, não é o lugar do cristão.

Um futuro brilhante nos espera no céu, com Cristo. Quanto a este mundo que rejeitou o Filho de Deus, um futuro terrível de fogo e dor o espera, e sou feliz por saber que não estarei aqui quando acontecer.

Fiquemos longe daqueles que prometem curas para todos, quando o que querem é dinheiro.

A salvação não está em uma igreja ou religião. A salvação está em uma PESSOA, JESUS CRISTO, O SALVADOR.

É a ELE que você, seus tios, seus avós, seus pais, sua esposa, seu marido, seus filhos, seus netos devem ir.

Não digo que não devam orar pelos enfermos. Orem. Mas orem com entendimento. Aquilo que pedimos a Deus, em nome de Jesus Cristo, E QUE ESTÁ DE ACORDO COM A VONTADE DO PAI, Ele certamente fará.

Mas para eu poder pedir de acordo com a vontade do Pai, devo conhecer qual é essa vontade na Bíblia, para não ficar pedindo contra a vontade dEle.

Mario Persona - Como enfrentar a doença e o sofrimento?

Gary Fisher - As Curas de Hoje em Dia O Que a Bíblia Ensina?

João Placoná – Presbítero, Bacharel em Teologia, Pregador da Palavra, Palestrante e Articulista.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Desmascarando a herética prosperidade

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“...o amor ao dinheiro é raiz de todos os males.” (I Timóteo 6.10)

Não me parece que haja qualquer dificuldade interpretativa nas palavras do apóstolo Paulo, que claramente condena a iniciativa de qualquer pessoa que se diga cristã no sentido de acumular riquezas terrenas e ainda acrescenta que todos quantos almejam se enriquecer dessa forma, estão propensos a cair em laços e ciladas.

A vontade de Deus é que tenhamos o necessário para viver, e que estejamos tranquilos e confiantes nele para o nosso sustento (Mateus 6.33).

Todavia, o discurso dos marqueteiros da falsa prosperidade, os quais maculam milhares de púlpitos com sua sanha de ambição infecciosa e epidêmica, segue numa direção muito diferente.

Durante sua história, a Igreja envolveu-se com as riquezas deste mundo de tal forma que viu impedido o verdadeiro estabelecimento do Reino de Deus. A Igreja Católica, na Idade Média, chegou a concorrer com as maiores fortunas da época. Possuía riquezas de tal magnitude que dominava vidas de reis e imperadores.

Essas riquezas eram adquiridas de diversas formas: vendas de indulgências; saques feitos durante as Cruzadas; posse por confisco das terras de pessoas amaldiçoadas por ela... (o que era tristemente comum).

Alguma coisa mudou?

Nos métodos, talvez. Na essência, bem pouco. Em nossos dias uma restauração e ruptura devem são urgentemente necessárias, pois a herança que recebemos desceu muito fundo em nossos hábitos religiosos e em nossa formação.

Muitos protestantes e evangélicos condenam os excessos e desvios da Igreja Católica, enquanto caminham cegos perante as práticas e motivações que movem seus próprios ministérios e movimentos.

A vida financeira da igreja foi tocada somente em sua superfície, assim como outras áreas tais como: a forma de culto, a adoração individual, o cuidado das ovelhas e o discipulado.

O Senhor, todavia, deseja nos levar para os seus padrões, para uma restauração de todas as verdades anunciadas por seus santos profetas (Atos 3.19-21).  A humanidade está mergulhada num materialismo insano que domina toda sua forma de vida, suas ações, e seus ideais, e isso não deixou os cristãos ilesos.

A igreja assumiu uma mentalidade materialista de tal forma que sua maneira de agir não tem muita diferença dos padrões e alvos do mundo sem Deus. Seus cultos, seus ideais, sua forma de administração dos recursos — tudo está marcado pelo materialismo.

Como definiríamos o materialismo?

É uma forma de pensar, segundo a qual as premissas espirituais são abstratas, difusas e sem base, e as naturais são concretas e dignas de confiança.

Porém, a Bíblia ensina diferente: "Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas" (II Coríntios 4.18).

A maior parte da vida humana é dedicada à busca das conquistas temporais como se fossem eternas. Entretanto, tudo que há na terra se desgasta minuto a minuto e somente não o percebemos porque estamos na mesma dimensão e na mesma velocidade dessas coisas.

O materialismo invadiu a vida da igreja e até sua doutrina e expectativa escatológica, pois a visão da eternidade futura está carregada de cobiça material.

Os crentes estão sendo encorajados a interpretarem as promessas e bênçãos bíblicas como aquisições materiais e terrenas, o que vai muito além do mero equívoco e chega a ser diabólico e herético.

Nossos pais nos passaram a visão de que sua grande expectativa era a glória da presença de Deus. Ansiavam por estar com o Senhor. A lembrança dessas verdades precisa ser valorizada pelo cristianismo atual, pois elas procedem dos que viveram antes de nós e foram estabelecidas como referência para a igreja de ontem e de hoje.

Cristãos como aqueles enumerados em Hebreus 11. Homens e mulheres que descobriram riquezas espirituais em Deus, e que por causa dessa descoberta desprezaram as posses terrenas, morando em cavernas, sendo perseguidos, vestindo-se de peles de animais, vendo o invisível, vivendo muito acima da maior dignidade desse mundo.

Qual é a nossa verdadeira busca?

Hoje muitos buscam na igreja a solução de problemas seculares e lutam pelo pão que perece, sem experimentar o contentamento por ter o que comer, o que beber e o que vestir. Os alvos são ligados ao TER e não ao SER, como se o ter constituísse a vida do homem.

Estamos envolvidos por uma teia de propaganda de insegurança no futuro, e por isso nos mergulhamos numa busca inglória por bens materiais como se estes fossem confiáveis e nos trouxessem paz e felicidade.

O povo cristão está sendo enganado, em grande parte, por um evangelho que anuncia BOAS COISAS e não BOAS NOVAS.

Anuncia a busca da satisfação do coração, sem levá-lo a experimentar o poder transformador da cruz de Cristo.

O evangelho da prosperidade fala em vida (e vida boa), mas o evangelho de Cristo fala de morte.

Você se congrega numa igreja ou numa empresa?

Os modelos de igreja hoje, em grande parte, são diferentes da igreja do livro dos Atos. O povo era ensinado a dar generosamente, servindo aos necessitados. Hoje se ensina que ser rico seria sinal da bênção de Deus e ser pobre seria indício de maldição.

De acordo com os padrões atuais o próprio Jesus teria dificuldade em ser pastor de algumas igrejas. O atual padrão de sucesso no ministério é estabelecido por número de crentes, construção de prédios e saldo bancário.

Quando um pastor tem um grupo pequeno e faz esse grupo crescer, ele é considerado relativamente bem sucedido. Se construir novos prédios é um realizador. Se faz o saldo bancário subir, é bom administrador. Isso lhe confere o status de “abençoado”.

Creio que essas medidas são boas para empresas, pois apontam para uma realização natural e comercial. Se a empresa aumenta seu número de empregados, seus lucros e seu patrimônio, então podemos dizer que é uma empresa bem sucedida.

No entanto, não vejo como aplicar essas medidas para a igreja, pois o nosso modelo é o Senhor Jesus, o qual no seu ministério aqui na terra, em nenhum momento preocupou-se com esses indicadores.

Quantos seguidores o Senhor Jesus tinha? Não podemos contar na hora da distribuição dos pães. Somente devemos contar os discípulos, pois é nas horas de agonia que se revela o irmão e não nas horas de festa. Na cruz estava somente um discípulo!

Como eram as finanças de Jesus? Nasceu num lugar que não lhe pertencia, um lugar sujo, fétido e insalubre. Tinha uma profissão bem simples e usou um jumento emprestado na sua entrada em Jerusalém. Vestia-se com roupas doadas e fez um milagre para pagar o imposto. Para concluir, o tesoureiro era ladrão!

Quantos templos Jesus edificou? Quando foi levado por seus seguidores para que pudesse admirar as construções do Templo, falou em derrubá-lo. Hoje, construímos palácios e os chamamos de igrejas.

Desmascarando a herética prosperidade

Precisamos nos transformar pela renovação do nosso entendimento, sob pena de ter as nossas obras rejeitadas pelo Senhor, por completa incompatibilidade entre o seu exemplo e a nossa conduta.

A glória de Deus não pertence ao requinte terreno. Igrejas cheias podem ser apenas um curral de lobos vazios e bolsos lotados; podem ser somente um sinal de corações miseráveis.

A verdade nós sabemos qual é. Ela não paga. Ela cobra. E o seu preço é um coração puro, humilde e sincero diante de Deus!

Pr. Reinaldo Ribeiro

João Placoná – Presbítero, Bacharel em Teologia, Pregador da Palavra, Palestrante e Articulista.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Sigo uma Seita ou uma Religião?

Seita ou Religião
Conheça as cinco características comuns e marcantes das seitas

Existem milhares de religiões neste mundo, e obviamente nem todas são certas.

O próprio Jesus advertiu seus discípulos de que viriam falsos profetas usando Seu nome, e ensinando mentiras, para desviar as pessoas da verdade (Mt 24.24).

O apóstolo Paulo também falou que existem pessoas de consciência cauterizada, que falam mentiras, e que são inspirados por espíritos enganadores (1ª Tm 4.1-2).

Nós chamamos de seitas a essas religiões. Não estamos dizendo que todos os que pertencem a uma seita são desonestos ou mal intencionados.

Existem muitas pessoas sinceras que caíram vítimas de falsos profetas. Para evitar que isto ocorra conosco, devemos ser capazes de distinguir os sinais característicos das seitas.

Embora elas sejam muitas, possuem pelo menos cinco marcas em comum:

1. Elas têm outra fonte de autoridade além da Bíblia.
Enquanto que os cristãos admitem apenas a Bíblia como fonte de conhecimento verdadeiro de Deus, as seitas adotam outras fontes.

Algumas forjaram seus próprios livros; outras aceitam revelações diretas da parte de Deus; outras aceitam a palavra de seus líderes como tendo autoridade divina.

Outras falam ainda de novas revelações dadas por anjos, ou pelo próprio Jesus. E mesmo que ainda citem a Bíblia, ela tem autoridade inferior a estas revelações.

2. Elas acabam por diminuir a pessoa de Cristo.
Embora muitas seitas falem bem de Jesus Cristo, não o consideram como sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nem como sendo o único Salvador da humanidade.

Reduzem-no a um homem bom, a um homem divinizado, a um espírito aperfeiçoado através de muitas encarnações, ou à mais uma manifestação diferente de Deus, igual a outros líderes religiosos como Buda ou Maomé.

Frequentemente, as seitas colocam outras pessoas no lugar de Cristo, a quem adoram e em quem confiam.

3. As seitas ensinam a salvação pelas obras.
Essa é uma característica universal de todas as seitas. Por acreditarem que o homem é intrinsecamente bom, pregam que ele pode acumular méritos e vir a merecer o perdão de Deus, através de suas boas obras praticadas neste mundo.

Embora as seitas sejam muito diferentes em sua aparência externa, são iguais neste ponto. Algumas falam em fé, mas sempre entendem a fé como sendo um ato humano meritório. E nisto diferem radicalmente do ensino bíblico da salvação pela graça mediante a fé.

4. As seitas são exclusivistas quanto à salvação.
Pregam que somente os membros do seu grupo religioso poderão se salvar. Enquanto que os cristãos reconhecem que a salvação é dada a qualquer um que se arrependa dos seus pecados e creia em Jesus Cristo como Salvador (não importa a denominação religiosa), as seitas ensinam que não há salvação fora de sua comunidade.

5. As seitas se consideram o grupo fiel dos últimos tempos.
Elas ensinam que receberam algum tipo de ensino secreto que Deus havia guardado para os seus fiéis, perto do fim do mundo. É interessante que ao nos aproximarmos do fim do milênio, cresce o número de seitas afirmando que é o grupo fiel que Deus reservou para os últimos dias da humanidade.

Podemos e devemos ajudar as pessoas que caíram vítimas de alguma seita. Na carta de Tiago está escrito que devemos procurar ganhar aqueles que se desviaram da verdade (Tiago 5.19-20).

Para isto, entretanto, é preciso que nós mesmos conheçamos profundamente nossa Bíblia bem como as doutrinas centrais do Cristianismo.

Mais que isto, devemos ter uma vida de oração, em comunhão com Cristo, para recebermos Dele poder, amor e moderação.
Pr. Elias Ribas
João Placoná – Presbítero, Bacharel em Teologia, Pregador da Palavra, Palestrante e Articulista.

























quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

O Evangelho

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Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração
Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser ...
Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado a excelência perderá!

Para ver/assistir esta mensagem, clique aqui:

https://vimeo.com/83167156

Fique na paz do Senhor!

Pb. João Placoná – Bacharel em Teologia, Pregador da Palavra, Palestrante e Articulista.

Rico? Em que mundo?

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O desejo de ser rico é provavelmente um desejo que a maioria das pessoas experimenta, e que controla seus pensamentos, seu tempo e suas energias. Vamos examinar um pouco o que os homens dizem sobre isto e também o que Deus diz sobre isto em Sua Palavra.

Um líder religioso prega abertamente que existe uma ordem bíblica para se ganhar dinheiro. Outro descaradamente diz: "Deus quer que você seja rico". E outro ainda argumenta: "Se todos nós fôssemos pobres, quem é que iria ajudar o pobre?”.

Aqueles que pregam dinheiro e prosperidade material certamente descobrem que esse tipo de pregação é muito bem aceito e atrai muita atenção. E até faz com que a fortuna desses pregadores aumente.

Um homem definiu isto da seguinte maneira: "Antigamente eu pensava que se ganhasse muito dinheiro eu seria feliz. Agora digo que se sou feliz, vou ganhar muito dinheiro".

Vamos examinar e seguir um pouco do que Deus tem a dizer em Sua Palavra acerca destas coisas. Qualquer leitor cuidadoso da Bíblia sabe algo da diferença que existe entre o Antigo e o Novo Testamento.

No Antigo Testamento, Deus estava trabalhando com um povo e provando esse povo a fim de trazer bênçãos para eles como Seu povo terrenal.

Portanto, para aquele povo tudo era condicional. Os resultados podiam ser para bênção ou maldição. Tudo começava com um "se" e dependia da obediência a Deus e à Sua Palavra.

Recomendamos que você leia Deuteronômio 28. O versículo diz: "E será que, se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os Seus mandamentos que Eu hoje to ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da Terra".

A seguir são acrescentadas muitas bênçãos. Mas então no versículo 15 ocorre uma mudança; ao invés de bênçãos pela obediência, vemos maldições pela desobediência.

Perguntamos a você: Acaso eles obedeceram e receberam as bênçãos? Não, eles acabaram recebendo as maldições. A última palavra no Antigo Testamento é maldição.

Que adianta a riqueza e a muita fama, se aos olhos de Deus está jogado na lama, espiritualmente não enxerga a luz?

Que adianta a alta posição do homem, se o seu pecado dia-a-dia o consome,
fazendo ficar distante de Jesus?

De que adianta ter tudo que o mundo oferece, se tudo aqui mesmo um dia perece e ainda no inferno pode ser lançado?

Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mc 8:36), do que adianta adquirir todas as riquezas deste mundo e perder a salvação? De nada adiantaria! Porque as riquezas deste mundo são passageiras e a salvação é eterna, então, temos que cuidar da nossa alma.

Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam. (Mt 24:44).

Nestes dias em que vivemos, Deus está salvando pessoas para o céu, e logo Cristo virá para levar todos os que aqui Lhe pertencem.

Existem promessas que nos são dadas e elas nos são asseguradas em Cristo que adquiriu tudo. Ele próprio as guarda para tomar posse das "riquezas da glória da Sua herança nos santos" (Ef 1:18).

Existe agora o privilégio de se viver para Cristo e de se trabalhar, não para ficar rico, mas trabalhar para ajudar aquele que passa necessidade (Ef 4:28).

O Senhor disse, quando esteve aqui, "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (At 20:35).

Temos que entender que as riquezas terrenas não são para sempre (Pv 27:24; 23:5). Em 1 Coríntios 7:31 lemos: "A aparência deste mundo passa".

C.Buchanan

João Placoná – Presbítero, Bacharel em Teologia, Pregador da Palavra, Palestrante e Articulista.