quinta-feira, 30 de abril de 2020

Não tenha medo da pandemia.Creia em Deus!













“O Senhor me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro.” (Salmos 40:2)

O primeiro verso do texto de hoje – Salmos 40 - afirma que o Senhor é o Deus que nos ouve.

Mas, o salmo continua e mostra que, além de escutar nosso clamor, Deus age e nos livra. Lembre-se das inúmeras situações de perigo em que você esteve envolvido ao longo de toda a sua vida.

Temos certeza de que você consegue perceber a mão de Deus em tais situações. E estamos certos também de outra verdade: Deus o protegeu.

Este é um exercício devocional muito importante: não esqueça onde você estava quando Deus o alcançou com a sua maravilhosa graça! Num atoleiro de lama! 

Se não fosse o amor divino, onde você estaria hoje? Deus nos livra constantemente de situações difíceis, e continuará nos protegendo até o fim de nossa existência. Você acha que a sua vida está difícil hoje? Saiba que pior seria sem Deus! 

Aliás, tenho certeza que você já sabe disso.

Então, lembre-se do conjunto de tribulações que você já viveu e superou. Busque em sua memória as dificuldades que você já enfrentou e diga ao seu coração que muitas delas foram até piores que aquelas vividas no dia de hoje, e se você as venceu pela graça de Deus, então você vencerá as de agora também.

Lembre-se dos problemas de saúde que você já teve, das perseguições que sofreu, das dívidas que tiraram seu sono. Lembre-se de quando você se sentiu sozinho ou deprimido, ou de quando teve amargas experiências de decepção. E pense também nos perigos que você sequer tomou conhecimento, pois Deus os afastou de seu caminho, sem que você sequer percebesse.

Não recorde tudo isto para sofrer com as más lembranças, mas para descobrir o que Deus já fez por você. Olhe para dentro de si e perceba que você está lendo estas palavras mesmo diante de todas as dificuldades enfrentadas. Por quê? Leia novamente o versículo em destaque. Se hoje você confia em Deus é porque ele resgatou sua vida da lama e o colocou num local seguro – debaixo de sua proteção. Jamais se esqueça dos livramentos de Deus. Ele está sempre ao seu lado, protegendo sua vida.

Portanto não olhe para os números da morte. Olhe para as páginas da vida. Não olhe para o cenário de medo. Olhe para a Palavra e diga para si mesmo: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." (Salmos 23:4).

Não há motivos para temer quando se confia no Deus que tudo pode e nos livra do mal!

Pr. Reinaldo Ribeiro
Pb. João Placoná

terça-feira, 21 de abril de 2020

Devemos crer em revelações?





















“Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração.” (II Pedro 1:19).

Profecias bíblicas se cumprem sempre, sem exceção. Por isso podemos ter absoluta confiança nelas. Mas quem confia em adivinhações está perdido!

Importante esclarecer que ao fazer uso do termo “adivinhações” não estou me referindo a cartomantes, videntes, astrólogos ou feiticeiros. Creio que o público cristão que me lê não possui qualquer dúvida quanto a estas práticas e sua natureza contrária à Palavra de Deus.

Antes, me refiro a falsos profetas da atualidade que se julgam porta vozes da Palavra de Deus e percorrem casas e igrejas lançando acusações, indicando prováveis mortes, revelando supostos segredos da vida moral alheia, determinando decisões na vida pessoal das pessoas ou trazendo curas ou soluções sobrenaturais para os mais diversos problemas humanos, assumindo um verdadeiro transe, muito parecido com o avistado nos terreiros de umbanda, onde os “cavalos” são possuídos por caboclos ou orixás e desenvolvem o mesmo papel diante dos seus frequentadores.

Agora mesmo nos dias em que vivemos prolifera pelas redes sociais uma suposta profecia dada por múltiplos “feiticeiros neopentecostais” de que caso seja encontrado um fio de cabelo dentro de uma Bíblia, basta mergulhá-lo num copo de água e bebê-la para em seguida obter a cura do coronavírus. 

Por mais cômico que possa parecer à primeira vista, este tipo de absurdo é crido por muitos e precisamos enxergar à luz das Escrituras qual o limite para aquilo que muitos acreditam ser uma revelação dada por Deus.

Quero deixar bem claro de início que não me posiciono teologicamente como um cessacionista. Ou seja, eu creio na atualidade de todos os sinais e prodígios divinos, assim como nos dons espirituais relatados na Bíblia. Creio, portanto, que Deus é soberano e todo poderoso, podendo, se assim desejar, mostrar-nos qualquer fato, inclusive pelos meios menos presumíveis e usar Seus servos de forma sobrenatural, se Ele assim determinar.

Entretanto, penso que há graves erros exegéticos e hermenêuticos, quando se fala em dons e ministérios nos dias atuais. Por exemplo, não creio em profetas e revelações da forma como os vemos em dias atuais, onde os vejo mais próximos dos xamãs, bruxos e gurus da feitiçaria, do que dos humildes servos de Deus cheios do Espírito Santo, conforme Paulo relata escrevendo à igreja em Corinto.

Tentarei aqui defender minha ótica pessoal a respeito com o máximo de clareza e embasamento bíblico possíveis.

No Novo Testamento, um texto-chave sobre o ministério profético é o de I Coríntios 13.8: “O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará”. Essa é uma declaração básica sobre o futuro, esclarecendo se haveria ou não profecias, línguas ou ciência (aumento do conhecimento bíblico).

A Bíblia explica, portanto, que essas coisas certamente cessarão. A questão é: quando elas cessarão? 

Chegaremos mais perto da resposta se continuarmos lendo os versículos 9-10: “porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado”. O que fora designado como passageiro, as profecias, as línguas e a ciência, cessaria com a chegada do que “é perfeito”. Poderíamos pensar que “o que é perfeito” seria a vinda de Jesus e o início do Seu reinado na terra. Mas o versículo 13 mostra que não é isso: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três (não profecias, línguas e ciência, que claramente já deixaram de existir); porém o maior destes é o amor” (1 Co 13.13).

Se “o que é perfeito” fosse a volta de Cristo e Seu reino, isso significaria que a fé e a esperança permaneceriam, ao lado do amor. É evidente que o amor permanecerá por toda a eternidade. E como ficam a fé e a esperança? Ambas se tornam desnecessárias quando o reino de Deus se tornar uma realidade visível. Quando estivermos vendo Aquele que fora objeto de nossa fé no passado, não precisaremos mais crer. Em outras passagens, a Bíblia nos ensina que passaremos do crer para o ver, do abstrato para o concreto:

– 2 Coríntios 5.7: hoje vivemos por fé e não pelo que vemos.
– Hebreus 11.1: a fé está relacionada com coisas que não vemos.
– Romanos 8.24: esperança que se vê não é esperança.

Portanto, um dia passaremos do crer para o ver, da fé e da esperança para ver a Cristo – quando Ele voltar. E quando estivermos vendo a Jesus e participando do Seu reino, a fé e a esperança não serão mais necessárias. Mas o amor permanecerá. Portanto, *“o que é perfeito” não pode ser a volta de Cristo e Seu reino eterno. Então, o que poderia significar o versículo 13 de 1 Coríntios 13?

Na minha opinião, ele refere-se à conclusão do cânon bíblico, que se deu por volta do ano 100 d.C. com a redação do livro do Apocalipse. Quando foi escrita a carta aos Coríntios, a revelação neotestamentária ainda não estava completa; a revelação divina também não estava concluída.

Por isso ainda havia profecias por meio de profetas, assim como o dom de línguas com interpretação. Em consequência houve um aumento no conhecimento (ciência), justamente porque nem tudo estava revelado. Com a conclusão da Bíblia, essas coisas cessaram, e se mantiveram a fé, a esperança e o amor.

Diante dessa problemática, certamente não é por acaso que a Bíblia termina com as palavras: “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro” (Ap 22.18-19).

Nada deve ser acrescido à Bíblia, nada deve ser tirado. A revelação divina está completa e acabada.
Obrigatoriamente não poderá mais haver profecias, pois se esse ministério continuasse depois do registro bíblico, as profecias teriam de ser inspiradas diretamente por Deus (2 Pe 1.20-21) e acrescidas à Bíblia como revelações complementares. Da mesma forma, nada deve ser retirado da Bíblia, como costuma fazer o liberalismo teológico.

Na época da primeira geração da Igreja obviamente ainda havia profetas, entre eles Paulo, Barnabé, Judas, Silas, Ágabo e outros (At 13.1; At 15.32; At 21.10), assim como houve apóstolos até a finalização do texto bíblico (1 Co 12.28; Ef 4.11). Assim como hoje, depois de concluído o cânon do Novo Testamento, *não existem mais apóstolos, também deixaram de existir os profetas*. Se não fosse assim, poderíamos concluir inversamente que ainda deveria haver apóstolos, o que é impossível conforme Hebreus 2.4, que usa o verbo no tempo passado. Os apóstolos e profetas foram chamados “apenas” para lançar a base e o fundamento, para estabelecer a Igreja (Ef 2.19-22).

Mas o que continua com toda a certeza, mesmo depois da conclusão da revelação divina e até a volta de Jesus, é o ministério de evangelistas, pastores e mestres (Ef 4.11-12). Seu serviço continua edificando a Igreja de Jesus depois que o fundamento foi colocado pelos profetas e apóstolos de uma vez por todas. Portanto, *nossos profetas atuais são aqueles que pregam com exatidão a Palavra de Deus e nossos apóstolos são aqueles que desbravam terras longínquas fazendo Missões e tornando Cristo conhecido entre povos remotos*.

Nesse aspecto é interessante observar que o apóstolo Pedro fala (em 2 Pedro 2.1) de falsos profetas no tempo passado, mas em relação ao futuro ele menciona apenas falsos mestres e não falsos profetas. Como apóstolo, ele sabia que no futuro não haveria mais profetas; portanto não haveria falsos profetas, mas haveria, sim, falsos mestres: *“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pe 2.1).*

Depois da era da Igreja, no tempo da Grande Tribulação, haverá novamente profetas verdadeiros: as Duas Testemunhas do Apocalipse (Ap 11.10). E então haverá mais uma vez um “falso profeta” imitando esse ministério (Ap 19.20).

Portanto meus amados, não creiam em tudo que lhes é trazido como revelação dada por um suposto profeta. Deus ainda pode nos trazer revelações específicas e de forma pontual?

Sim, Ele é Deus e pode todas as coisas. Mas isto seria exceção e não regra. Jamais seria uma prática corriqueira, diária e presente em cada esquina como vemos nos dias atuais, ou seja, “NEM TUDO QUE RELUZ É OURO”.

Se o desejo do seu coração é ouvir a voz de Deus e conhecer a Sua Palavra Profética, esqueça os gritos humanos e leia a Bíblia. Lá você encontrará a perfeita revelação do Criador para o homem de todas as épocas!

Pr. Reinaldo Ribeiro
Pb. João Placoná

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Como devem ser as Coletas nas Igrejas













Um assunto que deve ser de grande cuidado nas assembleias dos irmãos, principalmente naquelas em que muitos vieram do sistema denominacional, é o dinheiro. Os costumes das chamadas "igrejas" não devem ser nosso padrão, e sim o que ensinam as Escrituras.

Quando digo que o dízimo não se aplica à Igreja, isto não significa que não existam ofertas para cobrir as necessidades dos santos. Existem e todo salvo por Cristo deve estar exercitado em dar.

O motivo para dar pode ser encontrado em 2 Coríntios 8:9, que diz: "Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.". O Senhor deve ser sempre nosso modelo e motivo de agir, e ele não deu parte do que possuía, mas deu tudo, até a própria vida por nós.

Se tivermos a Cristo como nosso principal motivo ou o que nos move a ofertar, teremos aquilo que Paulo chamou nos Coríntios de "a prontidão do vosso ânimo" e de seu "zelo [que] tem estimulado muitos" (2 Co 9:2).

Mas este mesmo versículo, que mostra que havia "prontidão" e "zelo" também diz que "a Acaia está pronta desde o ano passado". A região da Acaia, na Grécia, era onde ficava Corinto, então aparentemente já fazia um ano que estavam capacitados a colaborar com os irmãos pobres de Jerusalém, mas faltava o senso de urgência de colocar isso em prática. Entenderemos melhor se lermos no capítulo anterior que "assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento" (2 Co 8:11).

O estímulo que Paulo utiliza para animá-los a ofertar é o exemplo dos crentes da Macedônia: "Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente. Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus." (2 Co 8:1-5).

Repare que eles davam não por serem ricos, mas pela generosidade que tinham mesmo em sua pobreza, pois davam acima de seu poder e voluntariamente, ou seja, ninguém ficava insistindo para que contribuíssem.

Que vergonha é hoje vermos pregadores insistindo e constrangendo seus seguidores a contribuírem para eles próprios viverem em riquezas. Mas repare que macedônios "se deram primeiramente ao Senhor", e daí a importância de termos o Senhor como motivo de nosso desejo de ofertar.

Para contextualizar o que Paulo diz, lembre-se de que Filipos ficava na Macedônia e ele está aqui se referindo a esses irmãos aos quais escreveu a "Carta aos Filipenses". Ali Paulo conta de como ele próprio havia sido auxiliado por esses irmãos que, embora sendo pobres, abundavam em graça para com o apóstolo e os santos necessitados. Paulo usa o exemplo dos irmãos pobres da Macedônia para estimular a generosidade dos irmãos ricos de Corinto. Aos filipenses (ou macedônios) ele escreveu:

"E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente; porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica. Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta. Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus. O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus." (Fp 4:15-19).

Mas de maneira nenhuma o apóstolo fazia isso para constrangê-los, pois ele deixa muito claro que "cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria", lembrando que "Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; conforme está escrito: 'Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre'. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência" (2 Co 9:7-11).

Para que ninguém se limitasse a pensar que ofertando estaria apenas suprindo as necessidades dos irmãos mais pobres, Paulo deixa claro que a oferta teria resultados muito mais amplos e elevados pois geravam um espírito de gratidão e glória a Deus. O apóstolo termina o capítulo trazendo à lembrança que Deus nos deu o seu "dom inefável", a dádiva mais preciosa de todas, seu próprio Filho, sendo assim Deus o maior dador de todos e o melhor exemplo de generosidade que poderíamos ter.

"Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus. Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus. Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão, que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos; e pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há. Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável." (2 Co 9:11-15).

Nas denominações a maior ênfase é dada ao dízimo emprestado do judaísmo, que tem por objetivo cobrir principalmente os custos da instituição com alugueis, empregados (inclusive o pastor, quando este é remunerado), envio da parcela da franquia para a "igreja sede" (sim, muitas denominações neopentecostais funcionam no sistema de franquia), obras sociais e educacionais, e outras obrigações. Numa denominação católica ou protestante o dízimo seria, por assim dizer, o que cobriria os "custos fixos".

Para custos eventuais são inventadas outras formas de se coletar dinheiro, como quermesses (principalmente nas católicas), eventos esportivos, eventos sociais, empenhos, reforma do "templo", visita de pregadores, shows de bandas, cantores e humoristas, missionários, testemunhadores profissionais e outras despesas que não se encaixem nos "custos fixos".

Isso dá margem a sempre estarem incentivando contribuições extraordinárias, e por isso um incrédulo que eu tentava evangelizar estava resistente, pois visitou uma determinada igreja neopentecostal onde o pastor ficou exatos quarenta e cinco minutos pedindo dinheiro.

Mas, deixando de lado o mundo religioso denominacional e voltando ao nosso foco que é a igreja congregada somente ao nome do Senhor como ensina a Bíblia, o que encontramos na doutrina dos apóstolos a respeito das coletas e da destinação dos recursos coletados?

Para quem entende o lugar que o dízimo tinha na antiga ordem de coisas para Israel, não preciso explicar que o dízimo não existe na doutrina dos apóstolos dada à Igreja que, ao contrário do que pensam os seguidores da Teologia do Pacto, não é um Israel 2.0.

Então não adianta procurar no Antigo Testamento, ou mesmo nos Evangelhos que ainda era judaísmo, a maneira de agir neste sentido. O que temos de instruções para a igreja ou assembleia são as coletas, e elas trazem algumas características:
"Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar. E, quando tiver chegado, mandarei os que por cartas aprovardes, para levar a vossa dádiva a Jerusalém." (1 Co 16:1-3).

Primeiro, a coleta é feita "para os santos", ou seja, ela não tem por objetivo pagar salários de pastores, pregadores, missionários, cantores, ou seja lá quem for.
As necessidades dos santos podem incluir tanto os custos de um lugar para congregarem, como todas as outras necessidades, inclusive pessoais de algum irmão ou irmã que esteja passando por uma enfermidade ou dificuldade financeira causada por desemprego, por exemplo.

Inclua-se aí o auxílio aos que se dedicam à obra do Senhor, mas não como assalariados, mas como aqueles que rogam ao Senhor por recursos e o Senhor atende, por ajuda eventual e espontânea da assembleia ou de crentes individualmente.

Em segundo lugar aprendemos que a instrução para a coleta era a mesma que o apóstolo dava em todos os lugares, daí ele dizer "fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia". Não era uma questão de uma assembleia ter seu próprio modo de agir, mas de uma ordem dada a todas.

O terceiro ponto é que as coletas eram feitas "no primeiro dia da semana", ao qual chamamos de Domingo, portanto cabia à assembleia encontrar nesse dia o melhor momento para fazer a coleta. Na maioria das assembleias que conheço a coleta é feita logo após a ceia do Senhor, na própria reunião do partir do pão.

Darmos nossa oferta logo após lembrarmos que Deus deu o seu "dom inefável" é estímulo mais do que suficiente para expressarmos nossa gratidão pelo que recebemos.

Quarto, vemos que a responsabilidade era individual: "cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar", indicando a importância do exercício individual. Às vezes um casal pode preferir que apenas o marido coloque a oferta na coleta, mas isso não é uma regra. A esposa, mesmo aquela que não trabalha fora de casa, pode querer ter o exercício e o privilégio de fazer sua parte, e isso deve ser combinado entre marido e mulher.

Meus filhos quando começaram a participar da ceia ofertavam na coleta mesmo quando ainda não trabalhavam para ganhar seu sustento, pois recebiam dos pais dinheiro para suas necessidades. Considero esta uma boa maneira de ensinar aos filhos o desprendimento, pois nesse exercício irão separar para ofertar para o Senhor tirando daquilo que poderiam gastar com suas próprias necessidades.

A ordem para que "ponha de parte o que puder ajuntar", e em outra versão acrescenta "em casa", nos ensina que não é uma boa ideia abrir a carteira na hora da reunião para contar as notas que pretende ofertar. Isso já deveria ter sido decidido em casa e colocado em lugar separado no bolso, na carteira ou na bolsa.

A continuação diz para que a oferta seja "conforme a sua prosperidade", o que equivale dizer que não faria sentido alguém dar dinheiro emprestado ou ficar devendo na padaria para gastar na oferta.

Algumas denominações agora oferecem até a possibilidade de se fazer ofertas com cartão de crédito para só pagar o banco no mês seguinte, o que não significa ofertar segundo a prosperidade, mas segundo um empréstimo, isto é, ofertar com um dinheiro que não é seu na tentativa de ludibriar o Senhor.

Também não seria correto ofertar com cheque ou de uma forma que identifique a pessoa que está ofertando. Aprendemos dos evangelhos que "quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita" (Mt 6:3), e entendo que apesar de ali não falar da Igreja, mas do modo de proceder no reino, o princípio de se ofertar anonimamente se aplica também na coleta.

No capítulo 6 de Atos e também de 1 Timóteo temos instruções para a escolha de diáconos, que são irmãos que cuidam das necessidades materiais da assembleia.

Os anciãos, também chamados bispos ou presbíteros, atuavam como supervisores do rebanho e não eram eleitos pela assembleia, e sim pelos apóstolos ou seus delegados quando ainda estavam na terra.

Mas os diáconos são escolhidos pela assembleia para lidarem com necessidades materiais, e os critérios do capítulo 6, tanto em Atos quanto em 1 Timóteo, devem ser considerados nessa escolha.

Depois de feita a coleta são eles que irão contar o dinheiro, registrar em um livro e, numa outra ocasião e em conjunto com irmãos responsáveis que cumprem o papel de anciãos (embora não eleitos como no tempo dos apóstolos), irão analisar a destinação daqueles recursos.

Tudo isso é feito sempre no plural, ou seja, nunca um único irmão deve ficar encarregado da contagem e destinação dos recursos. Deve sempre ser ajudado por um ou dois que sirvam de testemunhas, como em todas as decisões na assembleia.
Repare que, apesar de sua autoridade apostólica, não é o apóstolo quem decidia quais irmãos iriam levar os recursos para os irmãos pobres de Jerusalém, e sim aqueles — e repare que aqui é plural — que tivessem sido aprovados pela assembleia: "E, quando tiver chegado, mandarei os que por cartas aprovardes, para levar a vossa dádiva a Jerusalém. E, se valer a pena que eu também vá, irão comigo." (1 Co 16:3-4).

Apesar de aqui falar de uma coleta que estava sendo feita com um objetivo definido, que eram os irmãos pobres de Jerusalém, ainda assim era uma coleta feita no primeiro dia da semana na reunião dos santos.

Não era um evento extraordinário feito fora da ordem determinada para a coleta.
Não era um pedido extra, não era uma entrega de dinheiro a um irmão apenas, não era um sorteio, rifa ou quermesse para obter recursos.

Era a própria e regular coleta feita nas reuniões da igreja. Exceto quando se trata de uma contribuição direta de um irmão a outro que está necessitado, enfermo ou que trabalha na obra do Evangelho, é por meio da coleta que os recursos são obtidos pela assembleia.

Isto nos leva a outra questão importante. Sempre que existirem eventos extraordinários, como uma necessidade grave de um irmão, ou um evento como planos de uma conferência no horizonte, ou qualquer coisa que saia das necessidades regulares, não se deve criar uma coleta à parte. O que se deve fazer é informar a assembleia das necessidades, e deixar que os irmãos tenham seu exercício praticado na coleta.

Se alguém quiser visitar o irmão doente, desempregado ou um que vai viajar na obra, e dar a ele diretamente um valor para suas necessidades, isso é um bom exercício pessoal, mas é uma questão particular e não da assembleia.

O que insisto é que não se pode obrigar a assembleia, como um todo, a fazer contribuições extraordinárias. O que se faz é informar os irmãos das necessidades e estimular todos à oração, aguardando o Senhor mover corações e prover para as necessidades.

Devemos nos lembrar de que nem sempre temos, individualmente, sabedoria nessas decisões, pois podemos ser movidos por interesses pessoais ou laços afetivos e termos nossa visão turvada demais para enxergar se algo é ou não necessário e urgente.

Cabe lembrar que a assembleia não é uma entidade beneficente, isto é, não existe para resolver o problema da pobreza no mundo.

Dentro do mundo religioso as igrejas costumam constituir uma entidade beneficente porque isso atrai ajuda governamental e doações de empresas. Mas a assembleia é para os irmãos congregados, e seus recursos são destes e para estes, não para fazer caridade em geral.

Cada crente individualmente pode ter esse exercício em seu coração e ajudar onde quer que encontre uma necessidade, mas sempre lembrando da exortação: "Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé" (Gl 6:10).

Cabe ainda lembrar que a palavra "igreja" significa os que foram tirados para fora, e é esta a posição que temos agora como tirados do mundo e de seus sistemas. Então algumas passagens nos ajudam a entender que jamais a assembleia deve receber a colaboração de incrédulos.

Muitas instituições no mundo religioso não têm qualquer pudor neste sentido e acabam se envolvendo com lavagem de dinheiro ou simplesmente ficam reféns de políticos e empresas pelas quais foram ajudadas.

Portanto, nada de envelope com o nome dos ministros da Igreja e pregações demoradas sobre o “dízimo”, citando Malaquias 3:8 - “Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando....” com o claro propósito de intimidação.

Nada de apelos para que os ofertantes venham à frente com 50,00, 100,00, 200,00, 500,00 ou 1.000,00 dizendo que “DEUS” vai abençoar com isto ou aquilo aos ofertantes... Isto é simplesmente uma extorsão; além é claro de usar o Santo nome de Deus em vão.

Mario Persona
João Placoná

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Por que não pode comer carne na Sexta-Feira Santa?













A Páscoa é uma das principais celebrações do calendário cristão e, durante a Semana Santa, existe a tradição de não consumir carne, especificamente na Sexta-Feira Santa.

A celebração da Páscoa acontece durante a Semana Santa, período do cristianismo que tem início no Domingo de Ramos, dia que marca a entrada de Cristo em Jerusalém. A Semana Santa termina exatamente no domingo de Páscoa, dia da ressurreição de Cristo.

Durante o período, os fiéis observam muitas práticas e tradições que são ligadas, principalmente, ao catolicismo, e uma das mais conhecidas diz respeito à abstinência de carne na Sexta-feira Santa.

Afinal, por que a Igreja Católica recomenda aos fiéis não se alimentarem de carne vermelha na Sexta-Feira Santa?

Dentro da tradição da Igreja Católica, a Sexta-Feira Santa, também conhecida como Sexta-Feira da Paixão, é um dia reservado para a prática da abstinência. Essa tradição milenar do catolicismo opõe-se ao consumo de carne vermelha e de frango nesse dia. Dentro desse costume, é comum que nesse dia as pessoas substituam o consumo dessas carnes pelo consumo de peixe, bacalhau.

A tradição de jejuar na Sexta-Feira Santa, provavelmente, teve sua origem na Idade Média. Isso porque outra tradição do catolicismo surgiu nesse período: a de jejuar toda sexta-feira.

No século IX, durante o pontificado de Nicolau I, foi imposta a prática de abdicar de carne toda sexta-feira a todos os cristãos maiores de sete anos.

Nos primeiros tempos dessa prática, era comum que as pessoas se abstivessem nas quartas e nas sextas e, além da carne, as pessoas não consumiam laticínios e ovos também.

A prática, no entanto, perdeu força, e a Igreja defende atualmente a abstenção apenas na sexta. Hoje em dia, a prática da privação de carne durante a Sexta-Feira Santa segue vigente.

O Código de Direito Canônico afirma que todas as sextas-feiras do ano devem ser reservadas para a abstinência de carne ou outro alimento, mas o jejum pode ser substituído pela realização de uma obra de caridade, por exemplo.

No que compete à Páscoa, o jejum era realizado durante todo o período da Quaresma (período de 40 dias que antecedem a Páscoa).

Existem aqueles que ainda fazem o jejum na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. O mais comum entre aqueles que praticam o jejum é de realizá-lo apenas na Sexta-Feira Santa.

A abstenção de carne na Sexta-Feira Santa acontece em respeito ao derramamento do sangue de Jesus Cristo durante o seu sacrifício. Além disso, muitos religiosos destacam que a realização do jejum é uma prática daqueles que desejam ser afastados do pecado.

O que pode comer na Sexta-Feira Santa?

A tradição refere-se especificamente ao consumo de carne vermelha e frango. Muitas pessoas substituem o consumo dessas carnes pela de peixe, bacalhau, mas outras pessoas optam por não consumir nenhum tipo de carne no período. 

O que consumir exatamente, durante o período da Quaresma e na Sexta-Feira Santa, tem relação com a consciência e com aquilo em que cada um acredita.

Daniel Neves
Pb. João Placoná

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Jejum Bíblico














O jejum bíblico é uma disciplina espiritual encorajada pelo próprio Jesus enquanto estava na terra.

Quando questionado sobre por que os fariseus e os discípulos de João Batista jejuavam enquanto os seus discípulos não o faziam, Ele respondeu: "Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão" (Mateus 9:15).

Jesus estava indicando que o jejum se tornaria uma necessidade quando o noivo (Jesus) não estivesse 
mais fisicamente neste mundo.

Enquanto Jesus, que é o próprio Deus manifestado em forma humana, ainda estava na terra, os seus seguidores desfrutavam de um relacionamento e amizade íntimos com Ele. Jesus concedeu-lhes poder e autoridade ilimitados para pregar, curar os doentes e expulsar demônios.

Da mesma forma, quando Jesus enviou-os para ministrar ao povo, Ele os instruiu a levar poucas provisões. "Quando eu os enviei sem bolsa, saco de viagem ou sandálias, faltou-lhes alguma coisa? 

Nada, responderam eles. Ele lhes disse: Mas agora, se vocês têm bolsa, levem-na, e também o saco de viagem; e se não têm espada, vendam a sua capa e comprem uma" (Lucas 22:35-36).

Jesus estava ensinando que após a Sua partida, toda a dinâmica mudaria e os discípulos precisariam de um tipo diferente de preparação e provisão.

O jejum passaria a ser uma parte vital desta nova preparação. A nova aliança é baseada na verdade de que temos recebido tudo em Cristo: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo" (Efésios 1:3).

No entanto, nós cooperamos com o Espírito Santo em exercer a nossa salvação com muita oração, meditação e estudo da Palavra de Deus. Além de todas estas práticas espirituais, os cristãos devem também empregar a disciplina humilde do jejum.

O jejum bíblico nos leva a uma união mais estreita com Deus. Enquanto os nossos corpos estão sendo privados com o objetivo de se aproximarem de Deus, Ele prometeu em troca aproximar-se de nós.

Esta é uma certeza espiritual. À medida que diminuímos, o Espírito aumenta. Como indivíduos somos fortalecidos e renovados. ". . . Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia" (II Coríntios 4:16).

Embora este versículo diga respeito ao nosso destino eterno, o princípio também se aplica à nossa jornada diária; quando nos humilhamos e privamos o nosso corpo através do jejum, o nosso homem espiritual é fortificado e os nossos sentidos mais aguçados espiritualmente.

Este princípio serviu bem aos apóstolos durante os dias da igreja primitiva. Suas decisões eram feitas com jejum e oração, através dos quais Deus lhes dava instruções e direções. "Enquanto adoravam ao Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as mãos e os enviaram" (Atos 13:2-3).

Os maus reis, destinados à destruição, recebiam misericórdia através de humilhar-se e do jejum (I Reis 21:29).

Toda a cidade de Nínive, incluindo os animais, jejuou após ouvir o pronunciamento do julgamento do profeta Jonas - e Deus os poupou (Jonas 3:10).

Jesus recebeu preparação divina para o Seu ministério terrestre jejuando e enfrentando a tentação. Moisés esperou em Deus em meio a 40 dias de jejum e recebeu a revelação divina dos mandamentos de Deus.

Enquanto aguardamos o retorno do noivo, o nosso Senhor Jesus Cristo, o jejum exemplifica a nossa atitude de fome espiritual - a promessa é que seremos satisfeitos. "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos" (Mateus 5:6).

Pr. Reinaldo Ribeiro
Pb. João Placoná

terça-feira, 7 de abril de 2020

O que a Bíblia diz sobre doenças pandêmicas?













Vários surtos de doenças pandêmicas, como o Ebola ou o coronavírus, têm levado muitos a perguntar por que Deus permite - ou mesmo causa – essas doenças e se são um sinal do fim dos tempos.

A Bíblia, particularmente o Antigo Testamento, descreve inúmeras ocasiões em que Deus trouxe pragas e doenças sobre o Seu povo e os Seus inimigos "para mostrar a você o meu poder" (Êxodo 9:14, 16). Ele usou pragas no Egito para forçar o Faraó a libertar os israelitas da escravidão, ao mesmo tempo poupando o Seu povo de ser afetado por elas (Êxodo 12:13; 15:26), indicando assim o 
Seu controle soberano sobre doenças e outras aflições.

Deus também alertou o Seu povo sobre as consequências da desobediência, as quais incluíram pragas (Levítico 26:21, 25). Em duas ocasiões, Deus destruiu 14.700 pessoas e 24.000 pessoas por vários atos de desobediência (Números 16:49 e 25:9).

Depois de dar a Lei Mosaica, Deus ordenou que o povo a obedecesse ou sofresse muitos males, incluindo algo que se parecia com o Ebola: “O Senhor os ferirá com fraqueza, febre e inflamação… e isto os perseguirá até que vocês pereçam” (Deuteronômio 28:22).

Estes são apenas alguns exemplos de muitas pragas e doenças que Deus causou.

Às vezes é difícil imaginar nosso Deus amoroso e misericordioso demonstrando tanta ira e raiva em relação ao Seu povo. Mas os castigos de Deus sempre têm o objetivo de arrependimento e restauração.

Em 2 Crônicas 7:13–14, Deus disse a Salomão: “Se eu fechar o céu de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo, se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”

Aqui vemos Deus usando o desastre para atrair o Seu povo para Si mesmo, a fim de causar o arrependimento e o desejo de vir a Ele como filhos de seu Pai celestial.

No Novo Testamento, Jesus curou “todo tipo de doenças e enfermidades”, bem como pragas, nas áreas que visitou (Mateus 9:35; 10:1; Marcos 3:10).

Assim como Deus escolheu usar pragas e doenças para mostrar o Seu poder aos israelitas, Jesus curou como uma exibição do mesmo poder para comprovar que era verdadeiramente o Filho de Deus.
Ele deu o mesmo poder de cura aos discípulos para autenticar o ministério deles (Lucas 9:1).

Deus ainda permite a doença para os Seus próprios propósitos, mas, às vezes, as doenças, até mesmo as pandemias mundiais, são simplesmente o resultado de vivermos em um mundo caído.

Não há como determinar se uma pandemia tem ou não uma causa espiritual específica, mas sabemos que Deus tem controle soberano sobre todas as coisas (Romanos 11:36) e as usa para o bem daqueles que O conhecem e amam (Romanos 8:28).

A disseminação de doenças como o Ebola e o coronavírus é um antegosto de pandemias que farão parte do fim dos tempos. Jesus se referiu a pragas futuras associadas aos últimos dias (Lucas 21:11).
As duas testemunhas de Apocalipse 11 terão poder "para ferir a terra com todo tipo de flagelos, tantas vezes quantas quiserem" (Apocalipse 11:6). Sete anjos causarão sete pragas em uma série de julgamentos finais e severos, assim como descritos em Apocalipse 16.

O aparecimento de doenças pandêmicas pode ou não estar ligado a algum julgamento específico do pecado por parte de Deus. Também pode ser simplesmente o resultado de vivermos em um mundo caído.

Como ninguém sabe a hora da volta de Jesus, devemos ter cuidado ao dizer que as pandemias globais são uma prova de que estamos vivendo no fim dos tempos. Para aqueles que não conhecem Jesus Cristo como Salvador, a doença deve ser um lembrete de que a vida nesta terra é tênue e pode ser perdida a qualquer momento.

Por pior que sejam as pandemias, o inferno será pior. O cristão, no entanto, tem a certeza da salvação e a esperança da eternidade por causa do sangue de Cristo derramado na cruz por nós (Isaías 53:5; 2 Coríntios 5:21; Hebreus 9:28).

Como os cristãos devem responder a doenças pandêmicas?

Primeiro, não entrem em pânico. Deus está no controle. A Bíblia diz o equivalente a "não tema" mais de 300 vezes.

Segundo, sejam sábios. Tomem medidas sensatas para evitar a exposição à doença e para proteger e prover para a sua família. Terceiro, procurem oportunidades para o ministério.

Muitas vezes, quando as pessoas têm medo de perder as suas vidas, elas estão mais dispostas a ter conversas sobre a eternidade. Sejam ousados e compassivos ao compartilhar o Evangelho, sempre falando a verdade em amor (Efésios 4:15).

Gotquestions/português
Pb. João Placoná

sábado, 4 de abril de 2020

O que é Domingo de Ramos














Domingo de Ramos é o dia em que celebramos a "entrada triunfal" de Jesus em Jerusalém, exatamente uma semana antes da sua ressurreição (Mateus 21:1-11).

Cerca de 450-500 anos antes, o profeta Zacarias havia profetizado: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta" (Zacarias 9:9).

Mateus 21:7-9 registra o cumprimento dessa profecia: "...trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então, puseram em cima deles as suas vestes, e sobre elas Jesus montou. E a maior parte da multidão estendeu as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, espalhando-os pela estrada. E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!" Este evento aconteceu no domingo antes da crucificação de Jesus.

Em memória deste evento é que nós celebramos o Domingo de Ramos. Este dia tem esse nome por causa dos ramos de palmeira que foram colocados na estrada enquanto Jesus montava no jumento em Jerusalém.

João 1:11 nos diz: "Ele Veio para o que era seu, e os seus não o receberam". As mesmas multidões que gritaram "Hosana" agora estavam gritando "Crucifica-o" cinco dias depois (Mateus 27:22-23).

GotQuestions.org/Português
Pb. João Placoná