domingo, 27 de novembro de 2016

Dons e Talentos dados por Deus



"Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé." (Romanos 12:6)

Jesus contou a história de um homem rico que estava partindo para uma longa viagem. Ele chamou os seus servos e entregou a cada um uma soma em dinheiro. O homem "a um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade. Em seguida partiu de viagem." (Mateus 25:15).

Na sua ausência, um servo investiu sabiamente e transformou os cinco talentos em dez. O outro de seus dois talentos multiplicou-os para quatro. E o último levou seu único talento e enterrou-o no chão.

Aqui está o que precisamos lembrar: Deus é aquele que distribui tudo. Algumas pessoas vivem vidas longas, outras vivem vidas curtas. Algumas pessoas gozam de muita saúde, outras têm problemas de saúde. Algumas pessoas possuem grandes talentos, outras somente alguns. Mas lidamos com o que nos é dado.

Às vezes pensamos: eu queria ser tão bonita quanto aquela mulher. Ou: quero ser tão inteligente como ele. Ou: gostaria de ser tão talentoso como aquela pessoa. Você tem o que Deus lhe deu. Então, valorize, use e cultive isso.

Tenho visto pessoas com pouca capacidade para realizar um árduo trabalho, porém são diligentes e tornam-se muito bem sucedidas na vida.

Tenho também visto outros que tinham imenso talento, habilidade e recursos financeiros, e acabaram jogando tudo fora.

Portanto, devemos honrar e sabiamente utilizar aquilo que Deus nos deu.
A todos nós foram dados dons e talentos espirituais quando colocamos nossa fé em Cristo.

Mas, qual é a diferença entre um talento e um dom espiritual?

Há semelhanças e diferenças entre talentos e dons espirituais. Os dois são dádivas divinas. Os dois crescem em efetividade com o uso.

Os dois são para ser usados a favor de outras pessoas, não para propósitos egoístas. 1 Coríntios 12:7 diz que os dons espirituais são dados para beneficiar outras pessoas..., não a nós mesmos.

Como os dois maiores mandamentos são para amar a Deus e a outras pessoas, dá-se a entender que talentos devem ser usados para esse propósito. No entanto, talentos e dons espirituais diferem em para quem são dados e quando.

Uma pessoa (independente de sua crença em Deus e Cristo) recebe talento natural como resultado de uma combinação da genética (alguns têm a habilidade natural para música, arte ou matemática) e ambiente (crescendo em uma família musical vai ajudar o desenvolvimento do talento em música), ou simplesmente porque Deus quis favorecer certas pessoas com certos talentos (por exemplo, Bezalel em Êxodo 31:1-6).

Os dons espirituais são dados aos cristãos pelo Espírito Santo (Romanos 12:3,6) no mesmo tempo em que colocam sua fé em Cristo para obter perdão de seus pecados. Naquele momento, o Espírito Santo dá ao novo crente o(s) dom(ns) espirituais que deseja que aquele crente tenha (1 Coríntios 12:11).

Há três listas principais de dons espirituais...
Romanos 12:3-8 nos dá uma lista de dons espirituais: profecia, ministério de servir (em um sentido geral), ensinar, exortar, generosidade, liderança e mostrando misericórdia.

1 Coríntios 12:8-11 faz uma lista dos dons como sendo a palavra da sabedoria (habilidade de comunicar sabedoria espiritual), a palavra do conhecimento (habilidade de comunicar verdade prática), fé (confiança incomum em Deus), operações de milagres, profecia, discernimento de espíritos, línguas (habilidade de falar em uma língua que tal pessoa nunca estudou) e interpretação das línguas.

A terceira lista é encontrada em Efésios 4:10-12, a qual fala de Deus dando à Sua igreja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.

Também há a pergunta de quantos dons espirituais existem, já que nenhuma lista é igual a outra. Também é possível que essas listas não sejam completas, que talvez existam dons espirituais adicionais aos que a Bíblia menciona.
O que frequentemente acontece é que alguém desenvolve seus talentos e depois direciona sua profissão ou hobby de acordo com esses talentos, os dons espirituais foram dados pelo Espírito Santo para a edificação da igreja de Cristo.

Com isso, todos os cristãos devem ser ativos em fazer a sua parte na propagação do evangelho de Cristo.

Todos são chamados e equipados para serem envolvidos no "desempenho do seu serviço" (Efésios 4:12).

Todos são dotados para que possam contribuir à causa de Cristo como uma forma de mostrar gratidão por tudo o que Ele tem feito.

Ao fazerem isso, também acharão satisfação na vida através do seu trabalho para Cristo. Os líderes da igreja têm o trabalho de ajudar a edificar os santos para que sejam mais bem equipados para o ministério ao qual Deus os tem chamado.

O que se espera receber dos dons espirituais é que a igreja como um todo possa crescer, assim como ser fortificada e unificada, pelo que cada membro oferece ao Corpo de Cristo.
Para resumir as diferenças entre dons espirituais e talentos:

(1) Um talento é um resultado de genética e/ou treinamento, enquanto que um dom espiritual é o resultado do poder do Espírito Santo.

(2) Qualquer pessoa, cristã ou não, pode possuir certo talento enquanto que apenas os cristãos possuem dons espirituais.

(3) Embora ambos os talentos e dons espirituais devam ser usados para a glória de Deus e para ministrar uns aos outros, os dons espirituais se focalizam nesses serviços apenas, enquanto que os talentos podem ser usados para objetivos completamente não espirituais.

Portanto, alegre-se e contente-se com os talentos que Deus lhe deu, cultive-os e use-os com amor, devoção, caráter e obediência à Palavra.

Pr. Reinaldo Ribeiro

Gotquestions.org/Português

Pb. João Placoná

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Dízimo / Oferta

 

dizimo - oferta

A questão do dízimo gera dificuldade e resistência em muitos cristãos. Em muitas igrejas, o dízimo recebe excessiva ênfase. Ao mesmo tempo, muitos cristãos não se submetem à exortação bíblica em ofertar ao Senhor.

O dízimo e as ofertas deveriam ser uma alegria, uma bênção. Mas raramente é o que acontece nas igrejas hoje, infelizmente.
Dar o dízimo é um conceito do Velho Testamento. O dízimo era exigido pela lei na qual todos os israelitas deveriam dar ao Tabernáculo/Templo 10% de todo o fruto de seu trabalho e de tudo o que criassem (Levítico 27:30; Números 18:26; Deuteronômio 14:22; II Crônicas 31:5; Malaquias 3:8-10).

Alguns entendem o dízimo no Velho Testamento como um método de taxação destinado a prover pelas necessidades dos sacerdotes e Levitas do sistema sacrificial.

O Novo Testamento, em nenhum lugar ordena, e nem mesmo recomenda que os cristãos se submetam a um sistema legalista de dizimar. Paulo afirma que os crentes devem separar uma parte de seus ganhos para sustentar a igreja (I Coríntios 16:1-2).
O Novo Testamento, em lugar algum, determina certa porcentagem de ganhos que deva ser separada, mas apenas diz “conforme a sua prosperidade” (I Coríntios 16:2).

A igreja cristã basicamente tomou esta proporção (10%) do dízimo do Velho Testamento e a incorporou como um “mínimo recomendado” para o ofertar cristão.

Entretanto, os cristãos não deveriam se sentir obrigados a se prender sempre à quantia de 10%. Deveriam sim dar de acordo com suas possibilidades, “conforme sua prosperidade”.

Às vezes, isto significa dar mais do que 10%, às vezes, dar menos que 10%. Tudo depende das possibilidades do cristão e das necessidades da igreja.

Cada cristão deve cuidadosamente orar e buscar a sabedoria vinda de Deus no tocante a sua participação com o dízimo e/ou a quanto deve dar (Tiago 1:5). “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Coríntios 9:7).

É um grande erro acharmos que podemos comprar as bênçãos de Deus dando dízimos, ofertando ou mesmo sendo obedientes as leis de Deus com o objetivo de extrair de Deus alguma bênção.

Mas é verdade também que Deus abençoa aqueles que obedecem a Sua vontade de coração, que não são avarentos, que abrem as mãos aos necessitados e agem como Ele deseja. Deus sempre abençoa a obediência.

No entanto, essas coisas boas que podemos fazer não podem de forma alguma nos levar a pensar que por conta delas Deus passe a ser um devedor de bênção a nós. Ou seja, achar em nosso coração que podemos fazer algo e isso que fazemos gere em Deus a obrigatoriedade de nos abençoar como desejamos.

Tal pensamento fere completamente o ensino bíblico sobre a graça e a soberania de Deus. Quando fazemos algum bem é sempre porque Deus já nos abençoou e já nos deu forças para fazê-lo.

Muitas pessoas não têm vidas financeiras equilibradas, não porque não são abençoadas por Deus nessa área, mas porque são gastonas, desequilibradas financeiramente, assumem dívidas sem planejamento, são compulsivas nas compras de supérfluos, etc.

Existem também aquelas que colhem uma vida financeira ruim porque não são esforçadas nos seus trabalhos, fogem dos estudos e não buscam as oportunidades com unhas e dentes.

A bênção de Deus de forma nenhuma nos exime da nossa responsabilidade de fazer a nossa parte. Ter uma vida financeira abençoada não depende de Deus simplesmente estalar os dedos e fazer uma mágica. Nós devemos também fazer a nossa parte para buscar a saúde financeira.

Assim, entendemos seja importante que avaliemos com muito temor e tremor o que pode estar acontecendo com nossa vida financeira: somos desequilibrados nos gastos? Ou às vezes ficamos desempregados e as contas acumularam?

Ou sempre ofertamos na obra de Deus esperando algo em troca da parte Dele como se Ele tivesse a obrigação de nos dar? Ou somos muito exigentes e não estamos felizes com aquilo que temos, e que, na realidade, é o suficiente para as nossas necessidades, mas queremos mais?

É muito importante que essa análise seja feita, pois muitas crises financeiras, na realidade, são plantadas por nós mesmos e de forma alguma apontam para um Deus que não está abençoando, antes, apontam para um desequilíbrio, onde podemos ter culpa ou não.

Mas o fato é que Deus nunca deixa de nos abençoar com o necessário quando somos servos fieis a Ele e quando temos um pensamento correto sobre nossa obediência à Sua Palavra.

GotQuestions.org/Português

Pb. André Sanchez

Pb. João Placoná