sexta-feira, 15 de abril de 2022

O que é a Via Dolorosa?

 








A Via Dolorosa, literalmente "o caminho doloroso", é a rota tradicional em Jerusalém que o nosso Senhor percorreu no dia de Sua crucificação.

Esse percurso teve início no tribunal de Pilatos, também chamado de Pretório (Mateus 27:2-26), até o lugar de Sua crucificação no Monte Calvário.

Após seu julgamento por Pôncio Pilatos, o Senhor Jesus foi espancado, escarnecido e os soldados romanos cuspiram nEle (Mateus 27:26-31).

Em seguida, Jesus foi forçado a carregar a Sua própria cruz pelas ruas de Jerusalém até o Gólgota, onde foi crucificado (Mateus 27:32-50).

A Via Dolorosa se encontra atualmente marcada com catorze "estações da cruz", comemorando catorze incidentes que supostamente aconteceram ao longo do caminho.

Pelo menos cinco desses incidentes não estão registrados na Bíblia, mas surgem da tradição católica romana. Dos que são mencionados nas Escrituras, o verdadeiro lugar de certos eventos ao longo do caminho, tais como a flagelação (João 19:1-3) e o porte da cruz por Simão de Cirene (Mateus 27:32), não são conhecidos.

A Bíblia não menciona especificamente a Via Dolorosa. Tudo o que sabemos das Escrituras é que Jesus levou Sua cruz do Pretório para o Monte Calvário, onde foi crucificado.

Os seus locais exatos não são conhecidos com certeza, mas onde quer que tenham sido, a rota entre eles era realmente uma via dolorosa. A dor física e flagelante que o Senhor Jesus sofreu foi pequena em comparação com a dor causada pelo fardo real que carregava - o fardo dos pecados de todos os crentes.

Cristo carregou nossos pecados para a cruz onde pagou a penalidade por todos.

À medida que os cristãos contemplam a jornada de Cristo até a cruz, somos lembrados de quão precioso presente é a nossa salvação e do preço pago por ela pelo Senhor Jesus. "Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (Isaías 53:5).

Quando pensamos sobre a dor e a humilhação que o nosso Salvador sofreu por nós, pagando um preço que nunca poderíamos pagar por nós mesmos, não podemos deixar de louvar e agradecer a Ele, e nem de nos comprometer a uma vida de obediência.

Questions.org/Portugues

 


domingo, 10 de abril de 2022

O suicídio, o homicídio, tem perdão?

 










O suicídio, o homicídio, tem perdão?

Embora a Bíblia não fale claramente sobre o pecado do suicídio, ela diz que matar, não importando quem, é um dos mais graves crimes contra a humanidade, uma aberta violação contra o sexto mandamento de Deus, pois o homem foi feito para viver, não morrer.

O suicídio é um crime tão grave quanto o homicídio por assassinato, pois quando alguém, por vontade própria, tenta tirar a sua vida, está destruindo em si a imagem do Criador, o doador da vida.

O problema é que, muitas vezes, nós vamos além no nosso julgamento, e julgamos as motivações que levam uma pessoa a pecar, sem conhece-las.

Quando fazemos isso, entramos em um terreno arriscado, e nos colocamos no lugar de Deus, o único que conhece as motivações de cada coração.

Não estamos diminuindo a gravidade do pecado ao dizer isso. Mas, ao julgar se as motivações eram legítimas ou não para alguém cometer suicídio, corremos o risco de rotular, taxar essa pessoa como perdida para sempre nas mãos de Satanás.

Dizer que não há perdão para suicídio é uma falácia. Ao nos depararmos com algo tão triste, precisamos faze-lo com muito cuidado e respeito, e não emitir nenhum veredicto, porque a graça de Deus vai muito além de onde nossa mente limitada e pecadora consegue chegar.

A Bíblia fala de pessoas que tiraram a sua vida, como Saul, que se viu sem saída na batalha contra os filisteus. Saul tomou sua espada e se matou (1 Samuel 31:1-5).

Outro triste fato registrado na Bíblia é o de Judas que, vendo Jesus ser condenado sem reação contra seus opressores, se encheu de remorso. Considerando seu caso perdido, amarrou uma corda em seu pescoço e tirou sua vida.

O Que a Bíblia Diz Sobre Homicídio? Deus Perdoa?

A Bíblia diz que o homicídio é um pecado muito grave. O homicídio é a quebra do sexto mandamento, no qual Deus ordena: “Não matarás” (Êxodo 20:13). O termo hebraico traduzido como “matarás” significa literalmente “assassinarás”.

O assassinato é fruto da pecaminosidade e depravação humana. A morte foi determinada por Deus por causa do pecado do homem (Gênesis 2:17). Adão e Eva cederam ao tentador e transgrediram a Lei de Deus. Por isto também Satanás é identificado por Jesus como aquele que é assassino desde o princípio (João 8:44).

O primeiro homem a ser um assassino foi Caim. Movido por um tipo de ódio invejoso, ele assassinou seu próprio irmão, Abel. O apóstolo João enfatiza a associação de Caim com Satanás, dizendo que ele era do Maligno. O mesmo apóstolo usa esse episódio para explicar que qualquer pessoa que possui um espírito de ódio como o de Caim, é de fato um assassino (1 João 3:15).

A punição bíblica para o homicídio

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Essa designação revela a dignidade da vida humana, pois neste aspecto, todos os homens são representantes da imagem de Deus. Quando alguém comete um homicídio, ele não apenas coloca um fim na vida humana, mas também comete um atentado contra a imagem do próprio Deus representada na vítima.

Além disso, o homicídio é uma afronta à autoridade divina. A Bíblia diz que somente Deus é quem pode dar a vida e tomá-la (1 Samuel 2:6). Depois de Caim, rapidamente a prática do homicídio passou a ser muito frequente na humanidade. Como uma forma de refrear essa prática abominável, Deus instituiu a pena de morte para os homicidas (Gênesis 9:6).

Com isto, Deus autorizou o governo humano a aplicar a pena de morte como justa punição aos assassinos (Números 35:33; João 19:10; Romanos 13:1-4). Portanto, do aspecto bíblico, esse severo castigo serve como instrumento da justiça e proteção à dignidade da vida.

Mas a Bíblia não vê todos os tipos de homicídios da mesma forma. Biblicamente também existe a distinção entre homicídio com dolo e sem dolo. Vejamos melhor a seguir.

Tipos de homicídios na Bíblia

As informações mais detalhadas sobre os diferentes tipos de assassinatos, podem ser vistas principalmente na Lei Mosaica. Em seu aspecto civil, essa lei servia para regulamentar a vida de Israel como nação, esclarecendo regras sociais e criminais.

Então nos tempos bíblicos, diante de um caso de homicídio, era necessário que se distinguisse se o assassinato havia sido intencional ou não intencional. Para tanto os magistrados levavam em consideração algumas coisas, como por exemplo, o relacionamento pré-existente entre os envolvidos e o instrumento do crime (cf. Números 35:16-20; Deuteronômio 19:11-13).

Comprovada a culpa num homicídio doloso, o criminoso era sentenciado a pena capital sem direito a qualquer recurso. Já quando provado que o homicídio havia sido não intencional, a pessoa não era condenada à morte, mas devia fugir para uma das cidades de refúgio onde ficava protegido de qualquer eventual vingança (cf. Êxodo 21:12-14; Levítico 24:17; Números 35:9-15; Deuteronômio 9:1-13).

Já durante uma guerra, matar um inimigo não era considerado um assassinato doloso. Todo o contexto bíblico do Antigo Testamento confirma o direito de uma nação se defender diante de uma ofensiva inimiga. Isto valia, inclusive, para grupos étnicos dentro de um território estrangeiro, assim como ocorreu com os judeus no tempo de Ester (Ester 9:1-10).

O mesmo também pode ser dito de uma morte em legítima defesa, que não constituía um assassinato (Êxodo 22:2). A Lei Mosaica também tratava de um caso de morte bastante específico, quando um animal feroz, por negligência de seu dono, acabava matando uma pessoa. Nesse caso o animal deveria ser sacrificado e o dono seria culpado de assassinato, ficando inclusive sujeito a pena de morte (Êxodo 21:29-32).

A culpa de um homicida não recaía sobre seus filhos, a menos que eles também participassem deliberadamente do crime (cf. Deuteronômio 24:16). Por fim, toda uma nação poderia se tornar culpada de assassinato, assim como ocorreu no caso da crucificação de Jesus (Atos 7:52; cf. Mateus 27:25).

Deus perdoa homicídio?

As Escrituras falam sobre o tamanho da gravidade do pecado de homicídio de uma forma muito clara. Os homicidas não têm lugar no reino de Deus, assim como os demais culpados de outros tipos de pecado (Apocalipse 21:8).

Mas, com relação à salvação eterna, qualquer pecado, mesmo que pareça ser o “menor” de todos eles, já é suficientemente capaz de privar o homem da comunhão com Deus e fazê-lo merecedor de sua ira. É por isto que a salvação é pela graça de Deus.

O pecador encontra o perdão de seus pecados na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Pelos méritos de Cristo, o homem injusto é justificado por Deus.

Mas algumas pessoas perguntam: Deus perdoa o homicídio?

Seria o assassinato um pecado grande demais para que receber o perdão de Deus?

Será que entre os pecados expiados por Cristo estavam, inclusive, casos de assassinato?

A Bíblia definitivamente diz que o único pecado que é imperdoável é a blasfêmia contra o Espírito Santo. Não porque esse tipo de pecado supera o perdão de Deus, mas porque se trata da apostasia, e o apostata rejeita deliberadamente justamente Aquele que é o único capaz de perdoar os pecados.

Portanto, Deus, através da obra de seu Filho, perdoa o terrível pecado de homicídio. Sim, entre aqueles a quem Cristo redimiu na cruz, certamente estão muitos assassinos.

Na Bíblia, Paulo de Tarso é um exemplo claro disso. Antes de ser regenerado pelo Espírito Santo, Paulo respirava ameaça de morte contra os seguidores de Cristo (Atos 9:1). Ele assolava e perseguia a Igreja de Deus (Gálatas 1:13). No entanto, pela graça soberana do Senhor, de perseguidor ele foi transformado em perseguido pela causa do Evangelho.

Porém, apesar de Deus perdoar o pecado de homicídio, isto não significa que a pessoa deva ficar livre das consequências e implicações de seu ato.

Sob este aspecto, no que diz respeito a consequência e punição, existem diferentes graus de pecado. A história de Davi revela essa verdade. Ele foi culpado pela morte de Urias. Após ter sido repreendido por Deus, o rei se arrependeu e foi perdoado. Porém, as consequências de seu pecado não foram retiradas (2 Samuel 12).

Daniel Conegero

Pb. João Placoná


segunda-feira, 4 de abril de 2022

VIDA CRISTÃ, sua natureza

 








O que é uma Vida Cristã e sua Natureza?

Ela é:

Uma vida de esperança

Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; Romanos 12:12

Uma vida eterna

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16.

Uma vida de gozo

Mesmo não o tendo visto, vocês o amam; e apesar de não o verem agora, creem nele e exultam com alegria indizível e gloriosa.  1 Pedro 1:8

Uma vida de liberdade

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:32,36

Uma vida de paz

Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo. Romanos 5:1

Uma vida saciada, alimentada

E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.  João 6:35

Uma vida de quietude

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. João 14:1

Está esperando o quê, para ter uma Vida Cristã?

Pb. João Placoná