sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Natal, festa pagã ou cristã?









Comemorar o Natal é rememorar a maior história da cristandade. Um Menino nasceu cumprindo tudo o que estava profetizado a Seu respeito e Seu nascimento trouxe luz, vida e paz a toda a humanidade.

É claro que sabemos (por todas as evidências topográficas e geográficas) que o nascimento de Jesus não aconteceu em 25 de dezembro, então vem a pergunta: Como foi escolhida esta data e por quê? Esta data foi escolhida no século IV (d.C.) pela Igreja Católica, por ser a data que os povos pagãos comemoravam o nascimento do deus Sol. A ideia, segundo Roma, seria permitir a conversão dos povos pagãos, sob o domínio do Império Romano.

Se a data fosse escolhida hoje e pela Igreja Católica do Brasil, o natal seria em fevereiro, durante o carnaval, para permitir que os foliões se convertessem. Não parece um absurdo? E é.

O fato é que Roma tentou paganizar o cristianismo, ou (quem sabe) cristianizar o paganismo. Se formos pesquisar de verdade, vamos ver que quase todas as tradições do natal vêm do paganismo. A árvore de natal, por exemplo, todas as culturas e religiões pagãs usavam uma árvore enfeitada para celebrar a fertilidade da natureza, aí colocaram umas velas, umas estrelas, uns lacinhos e pronto! Estava adotado, pelo cristianismo dos primeiros séculos, mais um símbolo pagão.

E o papai Noel? De onde vem a figura do bom velhinho? Havia um bispo turco, chamado Nicolau, que era um homem de bom coração e costumava ajudar os pobres deixando saquinhos com moedas perto das chaminés das casas. Adivinhe o que aconteceu? Nicolau virou santo da Igreja Católica, depois de alguns relatos de milagres atribuídos a ele, daí a associar a imagem de São Nicolau ao bom velhinho que entra nas casas pelas chaminés, vestido de vermelho e com uma risada engraçada. Daí foi um pulo para essa tradição se consolidar.

Hoje nos Estados Unidos São Nicolau virou Santa Claus, em Portugal Pai Natal e no Brasil Papai Noel e se transformou em uma figura quase real. Não tem como ignorar papai Noel, a mídia e o comércio fizeram a festa. Eu diria que o bom velhinho São Nicolau é uma espécie de padroeiro do comércio do mundo inteiro.

Apesar de tudo isso, dessa salada de tradições humanas, vale a pena festejar o Natal de Jesus, porque Ele nasceu para redimir os pecados de todos os que creem que Ele é o Cristo, o Messias, o Filho do Deus Vivo.

Os servos de Deus têm total liberdade de usarem os dias feitos por Deus para louvar ao Senhor com temor e tremor pelos Seus poderosos feitos, não devendo satisfação a ninguém por essa atitude (Romanos 14.6) a não ser ao próprio Deus.

Se os ímpios usam a época do natal para transformá-la em algo totalmente diferente de seu real significado, fazem isso porque a consciência deles está corrompida. Este fato não implica que os cristãos devam parar de usar essa data para glorificar a Deus pelo nascimento do Salvador (Tito 1.15) pelo simples fato de que os ímpios tentam de todo modo maculá-la.

Se alguém considera o natal uma festa pagã, essa consideração é focada nas atitudes dos ímpios, não dos servos de Deus, pois estes comemoram o nascimento do Salvador nessa data de forma especial e de uma forma que Deus seja glorificado.

Parar de comemorar o natal é deixar de aproveitar uma grande oportunidade evangelística, talvez uma das maiores do ano, de apresentar àqueles que estão perdidos o Salvador que nasceu para salvá-los.

O cristão verdadeiro não nivela aquilo que faz ou deixa de fazer por causa de atitudes de ímpios, mas pela indicação da Palavra de Deus, única regra de fé e prática. Participar ou não do natal segue esse princípio.

O fato de Jesus não ter nascido em 25 de Dezembro não inviabiliza comemorarmos o natal. Aliás, no natal comemoramos o nascimento de Cristo e não o aniversário Dele. Por isso, não há a necessidade de precisão de datas.

Se alguém tivesse a data exata em que Jesus nasceu talvez poderíamos comemorar o natal nessa outra data. Mas como essa informação não existe, então por que não comemorarmos no dia 25 de dezembro, já que o foco da comemoração é o nascimento e obra de Cristo?

É verdade que devemos comemorar o nascimento de Jesus todos os dias, porém, isso não significa que separar um dia para uma ocasião mais especial seja errado.

Quando apóstolos, profetas e servos de Deus eram ameaçados pelos tiranos de suas épocas e até mesmo pelas pessoas comuns, mandando-os se calarem a respeito das coisas de Deus e da proclamação da mensagem do evangelho, eles não acatavam essa determinação demoníaca. Porventura hoje muitos não tem buscado calar a voz dos servos de Deus que proclamam o nascimento do Rei nessa data especial que é o natal?

A família é o primeiro campo missionário de um cristão. Por ser uma festa cultural forte em nosso país, é uma excelente oportunidade de ser sal e luz na família, aproveitando o feriado e o clima tão propícios do natal para lembrar a mensagem do evangelho aos familiares que estão longe de Deus. Baseado em que perderíamos tão grande oportunidade?

O forte apelo comercial na data do natal é obra do capitalismo e não daqueles que, com o coração fiel, louvam a Deus pela grande obra de salvação que realizou pela humanidade caída. Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

A sociedade caminha para cada vez mais longe de Deus porque aqueles que deveriam iluminá-la e salgá-la estão se enclausurando em argumentos toscos, dando força a argumentos mundanos, como se representassem a verdade, e que têm a única e exclusiva função de fazer Deus e Sua vontade cada vez menos conhecidos. É o caso dos que por motivos fracos abdicaram da liberdade de não comemorar o natal.

Pr. Reinaldo Ribeiro

Pb. João Placoná