sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Não basta crer, é preciso ser.


Crer e ser

"Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15:5)

Jesus é a videira. Ele é o pão da vida, o caminho, a verdade. Ele é também o fundamento de tudo, a pedra angular, a Rocha sobre a qual Sua Igreja invulnerável está firmada. Isso é fato.

Nós (que um dia o confessamos diante dos homens) somos os ramos. Alimentados por Sua Palavra, guiados por Seu Espírito. Somos a extensão de Sua Obra, Sua carta escrita, sal e luz, Seu bom perfume e Seus embaixadores na Terra. Isso também é fato.

Mas isso não é tudo e nem basta. Saber que Ele (Jesus) é a Videira e nós (Sua Igreja) somos seus ramos não é o suficiente e nem garante a existência de frutos. É preciso permaneçamos nEle!

Essa permanência passa necessariamente por dois caminhos: Perseverança e Fidelidade

Perseverar consiste em nunca desistir, jamais fraquejar e em tempo algum mudar o foco.

Aquele que ama e serve a Deus precisa ter os olhos firmes no alvo da soberana vocação, jamais embaraçando-nos com as influências desse mundo, jamais prostituindo a sua fé, em troca das falsas e mortais promessas do “evangelho das facilidades” ou do “evangelho sem Bíblia”.

Fomos chamados para servir ao Salvador e não para as tradições religiosas e o compromisso do amor, da evangelização e santificação é algo retilíneo, começando na largada da fé e findando tão somente nos primeiros degraus da eternidade, juntamente com Cristo, que para breve nos aguarda.

Ser fiel implica no laço indesatável com o radical fundamento da Palavra de Deus, elucidando todas as nossas perplexidades e respondendo todos os questionamentos da vida.

O cristão fiel é aquele que ama o mundo sem jamais assimilá-lo, que está no mundo sem a ele pertencer, que caminha sob a luz da verdade dos céus, jamais se deixando influenciar pelas sombras terrenas.

O cristão fiel sabe que seu interior e seu exterior se comunicam na consolidação de um testemunho vitorioso e cheio do Espírito Santo.

Conhecendo a condição de Cristo como nossa videira e sabendo que somos Seus ramos, teremos dado apenas o primeiro passo.

Todavia, permanecendo em Cristo com perseverança e fidelidade, estaremos dando o maior e melhor de todos os passos, que é a concretização, em nós, de Seu Reino Salvador em meio a um mundo perdido.

Não basta crer no evangelho. É preciso ser cristão!

Que o Senhor mantenha e sustente essa verdade em nossos corações!

Pr. Reinaldo Ribeiro

Pb. João Placoná

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Versículos-chave sobre a salvação


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Gostaria de conhecer versículos-chave sobre a salvação? Então vejamos:

(1) Nossa condição de pecadores

O versículo chave aqui é: Romanos 3:23: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”.

Aqui se explica sobre um fato claro que é a nossa natureza pecaminosa. Todos nós pecamos, não é verdade?

Não existe uma única pessoa que esteja livre do pecado. E o pecado é uma ofensa a Deus.

(2) O resultado do pecado

O resultado do pecado é a morte em todos os sentidos (física e espiritual, que é a total distância de Deus). Isso aconteceu porque Deus estabeleceu a morte como pena para a desobediência a Sua vontade.

O versículo chave aqui é: Gênesis 2:16-17: “E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.

Como sabemos, Adão e Eva desobedeceram a Deus e também todos nós seres humanos desobedecemos a Deus, pois não andamos na vontade Dele. Por isso somos todos pecadores (ponto 1) e por isso morremos fisicamente e por isso também podemos morrer espiritualmente (que é a distância de Deus).

(3) A iniciativa de Deus

Observamos que Deus, por amor, buscando salvar os perdidos, ou seja, aqueles que pecaram, aqueles que O desagradaram e não desejando que Eles sofressem a morte eterna, preparou a solução.

A solução de Deus era que alguém pagasse a dívida que era nossa. Mas quem conseguiria pagar tão grandiosa dívida? Somente o próprio Deus! O versículo chave aqui é João 3:16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Jesus Cristo morreu na cruz em nosso lugar, para pagar a dívida que era nossa. O sangue Dele foi derramado em lugar do nosso para não perecermos.

(4) Quanto custa a salvação?

A salvação não é automática e também não pode ser comprada, não pode ser ganha pelos nossos méritos, talentos ou posses, pois Deus não estabeleceu dessa forma.

A salvação é presente de Deus, porém, é recebida pela fé no autor dela, ou seja, em Jesus Cristo, aquele que se sacrificou na cruz em nosso lugar.

O versículo chave aqui é Efésios 2:8-9: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.

Recebemos a salvação de Deus usando a fé em Jesus Cristo como um dom dado por Deus. Ou seja, tudo vem Dele.

(5) Você quer ser salvo?

Por fim, depois da compreensão de todos esses detalhes, cabe-lhe a decisão de receber ou não Jesus Cristo como salvador, de entregar sua vida totalmente a Ele e passar a ser discípulo(a) Dele ou de assumir as consequências de permanecer longe do Pai.

O versículo chave aqui é Marcos 16:16: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”.

Se estiver preparado, faça esta pequena oração:

“Jesus, eu preciso do Senhor. Obrigado por ter morrido na cruz por mim. Abro a porta da minha vida e O recebo como meu Salvador e Senhor. Obrigado por perdoar os meus pecados e me dar a vida eterna. Tome conta da minha vida e faça de mim a pessoa que deseja que eu seja”. Pronto!

Agora, procure uma Igreja, frequente-a para aprender e aumentar a sua fé e em seguida seja batizado nas águas.

Pb. André Sanchez

Pb. João Placoná

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Natal, festa pagã ou cristã?









Comemorar o Natal é rememorar a maior história da cristandade. Um Menino nasceu cumprindo tudo o que estava profetizado a Seu respeito e Seu nascimento trouxe luz, vida e paz a toda a humanidade.

É claro que sabemos (por todas as evidências topográficas e geográficas) que o nascimento de Jesus não aconteceu em 25 de dezembro, então vem a pergunta: Como foi escolhida esta data e por quê? Esta data foi escolhida no século IV (d.C.) pela Igreja Católica, por ser a data que os povos pagãos comemoravam o nascimento do deus Sol. A ideia, segundo Roma, seria permitir a conversão dos povos pagãos, sob o domínio do Império Romano.

Se a data fosse escolhida hoje e pela Igreja Católica do Brasil, o natal seria em fevereiro, durante o carnaval, para permitir que os foliões se convertessem. Não parece um absurdo? E é.

O fato é que Roma tentou paganizar o cristianismo, ou (quem sabe) cristianizar o paganismo. Se formos pesquisar de verdade, vamos ver que quase todas as tradições do natal vêm do paganismo. A árvore de natal, por exemplo, todas as culturas e religiões pagãs usavam uma árvore enfeitada para celebrar a fertilidade da natureza, aí colocaram umas velas, umas estrelas, uns lacinhos e pronto! Estava adotado, pelo cristianismo dos primeiros séculos, mais um símbolo pagão.

E o papai Noel? De onde vem a figura do bom velhinho? Havia um bispo turco, chamado Nicolau, que era um homem de bom coração e costumava ajudar os pobres deixando saquinhos com moedas perto das chaminés das casas. Adivinhe o que aconteceu? Nicolau virou santo da Igreja Católica, depois de alguns relatos de milagres atribuídos a ele, daí a associar a imagem de São Nicolau ao bom velhinho que entra nas casas pelas chaminés, vestido de vermelho e com uma risada engraçada. Daí foi um pulo para essa tradição se consolidar.

Hoje nos Estados Unidos São Nicolau virou Santa Claus, em Portugal Pai Natal e no Brasil Papai Noel e se transformou em uma figura quase real. Não tem como ignorar papai Noel, a mídia e o comércio fizeram a festa. Eu diria que o bom velhinho São Nicolau é uma espécie de padroeiro do comércio do mundo inteiro.

Apesar de tudo isso, dessa salada de tradições humanas, vale a pena festejar o Natal de Jesus, porque Ele nasceu para redimir os pecados de todos os que creem que Ele é o Cristo, o Messias, o Filho do Deus Vivo.

Os servos de Deus têm total liberdade de usarem os dias feitos por Deus para louvar ao Senhor com temor e tremor pelos Seus poderosos feitos, não devendo satisfação a ninguém por essa atitude (Romanos 14.6) a não ser ao próprio Deus.

Se os ímpios usam a época do natal para transformá-la em algo totalmente diferente de seu real significado, fazem isso porque a consciência deles está corrompida. Este fato não implica que os cristãos devam parar de usar essa data para glorificar a Deus pelo nascimento do Salvador (Tito 1.15) pelo simples fato de que os ímpios tentam de todo modo maculá-la.

Se alguém considera o natal uma festa pagã, essa consideração é focada nas atitudes dos ímpios, não dos servos de Deus, pois estes comemoram o nascimento do Salvador nessa data de forma especial e de uma forma que Deus seja glorificado.

Parar de comemorar o natal é deixar de aproveitar uma grande oportunidade evangelística, talvez uma das maiores do ano, de apresentar àqueles que estão perdidos o Salvador que nasceu para salvá-los.

O cristão verdadeiro não nivela aquilo que faz ou deixa de fazer por causa de atitudes de ímpios, mas pela indicação da Palavra de Deus, única regra de fé e prática. Participar ou não do natal segue esse princípio.

O fato de Jesus não ter nascido em 25 de Dezembro não inviabiliza comemorarmos o natal. Aliás, no natal comemoramos o nascimento de Cristo e não o aniversário Dele. Por isso, não há a necessidade de precisão de datas.

Se alguém tivesse a data exata em que Jesus nasceu talvez poderíamos comemorar o natal nessa outra data. Mas como essa informação não existe, então por que não comemorarmos no dia 25 de dezembro, já que o foco da comemoração é o nascimento e obra de Cristo?

É verdade que devemos comemorar o nascimento de Jesus todos os dias, porém, isso não significa que separar um dia para uma ocasião mais especial seja errado.

Quando apóstolos, profetas e servos de Deus eram ameaçados pelos tiranos de suas épocas e até mesmo pelas pessoas comuns, mandando-os se calarem a respeito das coisas de Deus e da proclamação da mensagem do evangelho, eles não acatavam essa determinação demoníaca. Porventura hoje muitos não tem buscado calar a voz dos servos de Deus que proclamam o nascimento do Rei nessa data especial que é o natal?

A família é o primeiro campo missionário de um cristão. Por ser uma festa cultural forte em nosso país, é uma excelente oportunidade de ser sal e luz na família, aproveitando o feriado e o clima tão propícios do natal para lembrar a mensagem do evangelho aos familiares que estão longe de Deus. Baseado em que perderíamos tão grande oportunidade?

O forte apelo comercial na data do natal é obra do capitalismo e não daqueles que, com o coração fiel, louvam a Deus pela grande obra de salvação que realizou pela humanidade caída. Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

A sociedade caminha para cada vez mais longe de Deus porque aqueles que deveriam iluminá-la e salgá-la estão se enclausurando em argumentos toscos, dando força a argumentos mundanos, como se representassem a verdade, e que têm a única e exclusiva função de fazer Deus e Sua vontade cada vez menos conhecidos. É o caso dos que por motivos fracos abdicaram da liberdade de não comemorar o natal.

Pr. Reinaldo Ribeiro

Pb. João Placoná

domingo, 10 de dezembro de 2017

Tudo o que você precisa saber sobre a salvação

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INDICE

O que é a salvação?

Como ser salvo? O que preciso fazer?

O que é o arrependimento?

O que é a salvação pela graça?

O que é o plano da salvação?

Quais as consequências do pecado?

Como posso ter certeza da vida eterna?

Um cristão pode perder a salvação?

O que é a salvação?

A salvação é o livramento de uma situação muito ruim. Na Bíblia, a salvação de refere principalmente à libertação do pecado e todas as suas consequências. Somente Jesus nos pode salvar do pecado.

A salvação implica que estamos em uma situação ruim e precisamos de uma mudança para melhor. Também implica uma ação propositada de alguém (o salvador) para trazer essa mudança.

A salvação é completa quando a situação está mudada e o perigo ou o problema foi completamente eliminado.

Por exemplo, uma pessoa que está se afogando está em uma situação ruim e precisa de salvação. O nadador salva-vidas que vem e o ajuda é o salvador. A salvação em si é todo o processo a partir do momento em que o salva-vidas pega na pessoa que está se afogando até o momento em que saem da água.

A salvação em Jesus

Todos estamos em uma situação ruim, insustentável. Todos pecamos e o pecado tem muitas consequências negativas. Por causa do pecado, ficamos separados de Deus, que é a fonte de toda a vida, e por isso somos destinados a morrer, ficando eternamente separados de Deus (Romanos 6:23). O pecado também nos escraviza, nos compelindo a fazer muitas coisas erradas.

Ninguém consegue se salvar sozinho do pecado e das suas consequências.

O preço é demasiado alto e estamos presos. Precisamos de um salvador.

Por isso, Deus enviou Jesus para nos salvar. Com sua morte e ressurreição, Jesus pagou o preço do pecado e nos deu a chance de sermos salvos (João 3:16-17). Através de Jesus, podemos ficar novamente unidos a Deus. Jesus é nosso salvador.

O único caminho para a salvação

A Bíblia diz que a salvação vem somente de Jesus. Sem a ajuda de Jesus, ninguém consegue se salvar. Não há outra forma de ser salvo (Atos dos Apóstolos 4:12).

Para receber a salvação, basta crer em Jesus como seu salvador (Romanos 10:9-10). Isso significa reconhecer que o pecado é ruim e que você precisa ser salvo dele, acreditar que Jesus morreu por você e ressuscitou, e decidir mudar de vida, pelo poder de Jesus. A partir desse momento, você está salvo!

Quando você crê, Jesus lhe salva da condenação do pecado. Você agora não precisa ter medo do castigo eterno!

Você também não é mais escravo do pecado. Ao longo de sua vida, Jesus vai lhe ajudar a lutar contra o pecado e a viver de maneira diferente.

Isso também faz parte do processo de salvação. E, um dia no Céu, você será completamente livre de todas as consequências do pecado! A salvação se completa na vida eterna.

Como ser salvo? O que preciso fazer?

Para você ser salvo, basta crer em Jesus como seu salvador!

Não há nada que você pode fazer para merecer a salvação, porque Deus oferece de graça. Basta aceitar esse presente de coração.

Se você realmente quer ser salvo, você já está no bom caminho. Isso significa que Deus está lhe chamando. Jesus disse que ele é como uma pessoa que está batendo à porta de sua casa. Se você abrir a porta, ele vai entrar e trazer salvação (Apocalipse 3:20).

A única coisa que você precisa fazer para receber a salvação é crer em Jesus.

Mas o que isso significa?

Reconhecer suas falhas e querer mudar

Ninguém é perfeito. Todos cometemos erros. Isso faz parte de nossa natureza humana, mas é um grande problema. As coisas erradas que fazemos machucam a nós próprios e às pessoas à nossa volta. A Bíblia também diz que nossos erros trazem morte e condenação eterna (Romanos 6:23).

Quando você vê que tem um problema, é natural querer resolver esse problema. O primeiro passo na salvação é reconhecer que você tem falhas, se sentir incomodado com isso e querer viver de outro jeito. Isso se chama arrependimento. (mais adiante “O que é Arrependimento”) .

Acreditar em Deus

A Bíblia diz que você foi criado de maneira especial por Deus. Ele lhe ama e não quer ver você sofrer (Ezequiel 18:32). Mesmo assim, e apesar de ter todo poder, Deus lhe permite escolher se você O ama ou não. Ele não lhe obriga a obedecer. Mas quando você comete um erro você machuca a Deus.

Deus criou as regras para seu bem. Quando você obedece, você descobre uma maneira melhor de viver. Mas quando você desobedece, isso causa muitos problemas no mundo. Por isso, Deus aplica castigo, para restabelecer a justiça. Mas Deus não gosta de castigar e quer perdoar.

Acreditar que Jesus pagou o preço por você

O problema é que o castigo tem de ser aplicado (Tiago 2:10-11). As boas ações que você faz não compensam as coisas ruins. Por exemplo, um assassino não pode compensar as vidas que tirou salvando depois outras pessoas. A dívida é demasiado grande para ser paga nessa vida. As consequências de suas ações são impossíveis de calcular, por isso o castigo é eterno.

Mas Deus não deixou a situação assim. Ele decidiu pagar o castigo por você! Deus veio à terra como um homem, chamado Jesus, e passou por tudo que nós passamos, mas sem nunca pecar. Depois, ele se ofereceu para morrer em nosso lugar, na cruz. Sendo Deus perfeito e eterno, o sacrifício que ele fez também foi perfeito e eterno (Hebreus 9:27-28). Ele pagou o preço de todos os pecados!

Reconhecer Jesus como seu salvador

Agora que o castigo pelo pecado foi pago, Deus oferece a salvação de graça. Mas, mesmo assim, Ele não obriga ninguém a aceitar. Somente quem crê em Jesus e o aceita como seu salvador, se arrependendo de seus pecados, será salvo (João 3:16).

Aceitar Jesus como seu salvador é abrir a porta para ele entrar em sua vida. É como se você morresse para a vida antiga e recebesse uma vida nova, livre de condenação. Isso significa assumir o compromisso de seguir Jesus e viver para ele. Assim, ele vai mudar sua vida!

O início de uma nova vida

Se você tomou a decisão de crer em Jesus, então parabéns! Há uma festa acontecendo no Céu por você (Lucas 15:10). Mas não acaba aqui. Agora sua vida vai ser diferente. A Bíblia compara a salvação com um segundo nascimento. Agora você precisa crescer.

A salvação não é apenas uma decisão que você faz um dia e acabou aí. É uma nova forma de viver, junto com Jesus. Fale com Deus (oração), leia a Bíblia e procure ter contato com outros crentes. E Deus vai estar sempre com você, para sempre.

O que é arrependimento?

Arrependimento é uma mudança de atitude. A pessoa que se arrepende muda de ideias e decide viver de forma diferente. A salvação acontece quando uma pessoa se arrepende de seus pecados e se vira para Deus.

Arrependimento significa “mudar de direção” ou “mudar o pensamento”. Deus nos ajuda a chegar ao verdadeiro arrependimento (2 Timóteo 2:25). Na Bíblia, arrependimento é:

Reconhecer o pecado

Para se arrepender, a pessoa precisa entender que pecou. Todos pecam. A pessoa que se arrepende fica triste porque entende que o pecado é errado (2 Coríntios 7:9-10). Por isso, pede perdão a Deus.

Mudar de vida

Arrependimento não é só ficar triste por causa do pecado. Arrependimento é também decidir mudar de vida. Quando alguém se arrepende, ele decide abandonar o pecado e viver para Deus. Não se contenta com o pecado; quer fazer o que é certo e agradar a Deus (Romanos 2:6-8).

Quais são as consequências do arrependimento?

A principal consequência do arrependimento é uma vida diferente. A atitude em relação ao pecado muda. Agora a pessoa não quer continuar pecando. Com a ajuda de Jesus, pode rejeitar o pecado e escolher fazer o que é certo (Tiago 4:7-8).

A pessoa arrependida está pronta aceitar a correção de Deus e aprender como viver de maneira certa. Isso não significa que nunca mais vai pecar. Mas significa que vai pedir perdão, se esforçar para fazer melhor e lutar contra o desejo de pecar (1 João 1:8-9

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Outra consequência do arrependimento é a libertação da culpa. Quando uma pessoa se arrepende, Deus perdoa seus pecados. Agora não precisa viver mais com o peso da culpa. A pessoa arrependida entende que não está mais debaixo de condenação (Romanos 8:1-2).

Com o tempo, o arrependimento traz muitas consequências exteriores. Deus liberta do pecado para poder praticar boas obras (Tito 2:14). Ele põe o desejo de fazer o bem no coração e ajuda a pôr em prática.

O que é a salvação pela graça?

A salvação pela graça é a forma como Deus nos livra da condenação do pecado, sem merecermos nem termos de pagar. Não podemos alcançar a salvação pelo mérito nem o podemos comprar. Deus nos oferece a salvação de graça.

Uma dívida impossível de pagar

Todos pecamos e merecemos castigo. O preço do pecado é a morte e a separação de Deus (Romanos 6:23). Ninguém consegue pagar por todos os seus pecados, ao ponto de ficar completamente puro e sem condenação. É impossível!

Mas Deus nos ama e não quer nos condenar. Por isso, em Sua graça, Ele decidiu pagar o preço. Deus enviou Jesus, que não tinha nenhum pecado, para morrer em nosso lugar (Romanos 3:23-24). Na cruz, Jesus pagou o preço de todos os nossos pecados! Não precisamos mais pagar por eles.

Salvos pela graça

A salvação é pela graça porque Deus não exige nada para merecermos a salvação. Não precisamos fazer nenhum ato de bondade, heroísmo nem penitência. Basta ter fé.

Em Sua graça, Deus oferece a salvação a todos gratuitamente. Pessoas “boas” não são favorecidas e pessoas “ruins” não são desprezadas. Em relação a Deus, todos estão na mesma situação e todos recebem a mesma oferta, sem custo. Tudo que temos de fazer é aceitar, pela fé (Efésios 2:8-9).

Assim, ninguém tem motivo para se achar superior aos outros, porque foi Jesus que fez o trabalho e conquistou a salvação por todos nós. Nossas obras não nos podem salvar porque são imperfeitas. Somente Deus é perfeito e somente Ele pode nos aperfeiçoar.

Graça e responsabilidade

Então, qual é nossa motivação para fazer o que é certo? Se nós cremos em Jesus e Deus perdoou todos os nossos pecados, podemos continuar no pecado, sem nos preocuparmos? Não!

Jesus veio para nos salvar da vida antiga, presa no pecado (Romanos 6:1-2). Quem é salvo pela graça de Deus fica purificado do pecado e agora deve ter uma vida diferente. Quando alguém acha que pode continuar no pecado, sem querer mudar, porque a salvação é pela graça, essa pessoa ainda não entendeu o que é a salvação.

Deus tem boas obras preparadas para nós fazermos. Não somos salvos pelas obras, mas as boas obras são um sinal que já fomos salvos (Romanos 6:14). A graça de Deus nos salva e a graça de Deus nos capacita a fazermos Sua vontade.

O que é o plano de salvação?

O plano de salvação é o nome que se dá à explicação sobre a salvação em Jesus. Deus nos ama e criou um plano para salvar a humanidade do pecado, através de Jesus. Todos que crêem em Jesus podem ser salvos.

O plano de salvação é um resumo da mensagem principal da Bíblia, que é:

· Deus nos criou e nos ama – Ele criou cada pessoa com carinho e quer nosso bem

· Todos pecaram – o castigo do pecado é morrer e ficar eternamente separado de Deus – Romanos 3:23; Romanos 6:23

· Deus não nos abandonou – Deus é justo e castiga todo pecado, mas Ele não quer ficar separado de nós, por isso Ele criou um plano...

· Jesus pagou o preço – Deus enviou Seu único Filho para levar o castigo por todos nós; Jesus não tinha pecado, mas ele morreu em nosso lugar e ressuscitou no terceiro dia – João 3:16

· Qualquer pessoa pode ser salva – Jesus pagou por TODOS os pecados; basta crer e confessá-lo como salvador para ser salvo! - Romanos 10:9-10

· Uma vida nova – quem aceita Jesus como salvador recebe o Espírito Santo e agora vive para Jesus; um dia os salvos ressuscitarão para a vida eterna, junto de Deus.

Esse é o maravilhoso plano de salvação que Deus preparou por amor a nós!

Como explicar o plano de salvação?

Existem muitas formas de explicar o plano de salvação. Cada pessoa é diferente, então não existe nenhuma “fórmula mágica”. Por isso, é importante adaptar a explicação de acordo com a situação e orar pedindo sabedoria a Deus (Efésios 6:19-20).

Quando você está tentando explicar o plano de salvação:

· Explique com amor – tente contar sobre o plano de salvação, mas tenha sempre respeito e consideração pela pessoa que está ouvindo – 1 Pedro 3:15-16

· Abra espaço para perguntas – não domine a conversa; ouça o que a outra pessoa tem a dizer e procure entender o que ela precisa.

· Seja pessoal – o plano de salvação não é uma filosofia abstrata; conte sua experiência pessoal, mostre como o plano de salvação afeta sua vida.

· Convide a aceitar Jesus – se a pessoa mostra interesse pelo plano de salvação, explique que ela também pode aceitar Jesus e, se a pessoa quiser, ajude a orar.

Algumas pessoas poderão entender o plano de salvação logo, mas outras vão precisar de mais tempo. Se uma pessoa está interessada, é bom sugerir fazer alguns estudos bíblicos para saber mais. Não tente forçar ninguém. O trabalho de convencer e converter pertence a Deus (João 16:7-8).

Atenção: Jesus nos chamou para fazer discípulos, não apenas para explicar o plano de salvação (Mateus 28:19-20). Quando uma pessoa se converte, ela precisa de acompanhamento e ajuda para crescer. Você e a igreja têm a responsabilidade de ajudar cada novo convertido.

Quais são as consequências do pecado?

As consequências principais do pecado são a morte e a separação da presença de Deus (Romanos 6:23). Essas duas consequências causam muito sofrimento na vida do pecador. O pecado também traz muitas outras consequências secundárias.

As consequências do primeiro pecado

Logo em Gênesis 2:16-17 Deus avisou que a consequência principal do pecado era a morte. Quando Adão e Eva pecaram, eles sofreram morte espiritual – ficaram afastados da presença de Deus. Deus também os condenou à morte física, começando o processo lento de degradação física que leva todos a morrer (Gênesis 3:19).

Por causa do pecado, a terra ficou amaldiçoada. A terra perdeu sua perfeição e se tornou um lugar difícil de viver (Gênesis 3:17-18). Surgiu o sofrimento, a dor e o conflito entre pessoas. A vida na terra ganhou muitas dificuldades.

Consequências gerais do pecado

A separação eterna da presença de Deus é a pior consequência de todo pecado (Romanos 3:23). Quem peca se rebela contra Deus. O inferno é uma eternidade sem Deus.

A Bíblia diz que outras consequências do pecado no mundo são:

· A doença – agora nossos corpos são vulneráveis a todo tipo de doença e, um dia, todos temos que morrer (mas atenção: a doença não é sempre consequência de pecado individual; é consequência da existência de pecado no mundo)

· Desastres naturais – fomes, dilúvios e outros desastres são produto da maldição da terra.

· Relacionamentos difíceis – tornou-se muito mais difícil ter relacionamentos harmoniosos com outras pessoas.

Consequências individuais do pecado

Cada pessoa também sofre as consequências de seu próprio pecado. Algumas consequências do pecado podem ser:

· Culpa – a culpa corrói a vida sem oferecer uma solução; a pessoa se condena, mas não sabe como mudar de vida.

· Falta de sensibilidade – é o contrário da culpa; a pessoa perde noção de certo e errado e continua pecando sem entender as consequências.

· Humilhação – o pecado leva à desgraça dos arrogantes e orgulhosos.

· Castigo da lei – alguns pecados são crimes e podem levar vários tipos de castigo aplicado pela justiça humana.

O pecado traz muito sofrimento ao pecador. Deus retribui a cada um de acordo com suas ações (Romanos 2:6). Mas existe uma esperança.

Deus nos ama e não gosta de nos ver sofrer. Por isso, Ele veio à terra para levar o castigo por nossos pecados em nosso lugar. Agora quem aceita Jesus como seu salvador recebe perdão de seus pecados e pode ficar na presença de Deus (João 3:16). Um dia Deus vai destruir todo sofrimento causado pelo pecado e os salvos viverão com Ele para sempre!

Como posso ter certeza da vida eterna?

É possível ter certeza da vida eterna e da nossa salvação porque o próprio Jesus nos dá esta certeza.

No texto de João 3:16, Jesus, conversando com um dos principais da Sinagoga, chamado Nicodemos, afirmou isso ao dizer que todo aquele que Nele crê tem a vida eterna. Deus, na Sua Palavra o diz, e Ele não pode mentir (Números 23:19). Se Ele o diz, então posso ter esta certeza.

Ele não diz que pode chegar ter a vida eterna, mas sim, que já tem, já possui, a vida eterna.

A vida eterna é o presente que recebemos no momento da conversão. Ela é automática. Uma vez que reconheço o meu estado de pecador e que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o salvador do mundo, e o aceito como meu salvador, já tenho a salvação garantida.

Como a vida eterna é um presente, uma vez que recebemos, já é nosso, ninguém o pode tirar uma vez que é dado. Em João 10:28 Jesus dá a vida eterna e ninguém a pode arrebatar das Suas mãos, nem o Diabo o pode fazer. A vida eterna é real, não é só uma esperança, ela é uma garantia.

Como posso ter a certeza que sou salvo?

Provavelmente já nos perguntamos a nós mesmos, se realmente temos a vida eterna. Porque temos dúvidas da salvação? Ter dúvida de salvação não é pecado. Nós temos essa dúvida, porque pensamos que, pelo fato de pecarmos, não merecemos a salvação ou podemos perdê-la.

Mas a salvação não depende dos meus pecados, pois eles já foram pagos pelo precioso sangue de Jesus Cristo na cruz.

Se, porém, o fato de pecarmos nos levar a duvidar da salvação, 1 João 1:9 traz-nos conforto.

O Espírito Santo dá a certeza da salvação

O Espírito Santo também confirma a certeza da salvação, e a Bíblia apresenta-nos alguns textos a respeito dessa garantia. No ato da nossa decisão, recebemos o Espírito Santo, Ele é a nossa garantia. Em 2 Coríntios 1:22, Paulo afirma que Deus nos selou com o Seu Espírito, ou seja, somos Sua propriedade exclusiva, uma vez que somos selados, pertencemos a Ele e ninguém pode nos tirar da Sua posse.

Porém a dúvida constante é perigosa, pode ser que ainda não tenhamos tido um verdadeiro encontro com Cristo. Se você tem dúvida da sua salvação, faz uma avaliação da sua decisão e se preciso for, reafirme a sua decisão em Cristo ainda hoje.

Um cristão pode perder a salvação?

Não! Um verdadeiro cristão não pode perder a salvação. Quem crê em Jesus, se arrepende dos seus pecados e deixa Jesus entrar em sua vida está salvo, mesmo se cometer pecados depois.

Salvação

Se uma pessoa precisa ser salva, é porque está em apuros. Se você está se afogando no mar, precisa de alguém para lhe salvar. Do mesmo jeito, quem ainda não tem Jesus está preso em seus pecados e não consegue sair sem ajuda. Jesus é o “salva-vidas”, Ele morreu e ressuscitou para nos libertar.

A Bíblia fala que, quando você aceita Jesus como seu salvador:

· Você foi salvo – você já não é escravo do pecado e já não precisa ter medo de ir para o Inferno; você deixou de afogar, o salva-vidas está lhe segurando (Romanos 8:1-2).

· Você está sendo salvo – Jesus começa a tratar sua vida diária, a mudar suas atitudes e a lhe libertar de hábitos que são pecado; é um processo de santificação; o seu salva-vidas está lhe levando para a praia (2 Coríntios 3:18).

· Você vai ser salvo – no dia do Juízo você irá para o Céu e será aperfeiçoado, completamente livre do pecado; quando você chegar à praia, ficará em segurança, livre da força da água (Romanos 8:23).

Sim, a salvação é um processo e um alvo a atingir, mas você também está salvo logo quando se converte. Isso pode parecer estranho, mas Deus vê o tempo de um jeito diferente do nosso. NADA nos pode separar de Deus (Romanos 8:38-39).

Quem se desvia não perde a salvação?

Você pode estar salvo e ainda pecar. Quem está salvo rejeitou o pecado, mas existem pecados que levam tempo e trabalho para deixar. Isso faz parte do processo de santificação.

O diabo, que já lhe perdeu, tenta causar o máximo de estragos, para dificultar esse processo de santificação, fazendo de tudo para piorar sua vida e lhe impedir de alcançar seu máximo potencial em Cristo. Aí falamos de uma batalha espiritual.

Você pode estar salvo, mas se não resistir ao diabo e deixar o pecado, não vai conhecer as bênçãos que Jesus tem para você aqui na terra, antes de ir para o Céu (Tiago 4:7-8).

Há muita gente que tem uma experiência genuína com Jesus, mas depois abandona o evangelho.

Isso acontece muitas vezes porque não compreenderam verdadeiramente o que é a salvação e o que implica nas suas vidas.

Como Jesus explicou na parábola do semeador (Lucas 8:13-15), não têm raiz, a sua vontade de seguir Cristo só foi um impulso baseado em sentimentos românticos, não um compromisso sério para superar todos os obstáculos com a ajuda de Jesus.

Quando você realmente entende que não há nenhum outro caminho melhor que seguir a Cristo, você pode vacilar e ter crises de fé, mas você não O abandonará.

Não podemos saber todas as razões para alguém deixar o evangelho ou duvidar da sua decisão, mas precisamos lembrar que Deus nos perdoa e nos ama.

Independentemente do que a leva a desistir de seguir Jesus, devemos orar por essa pessoa, para que volte para Ele, tomando uma decisão séria.

Para entender melhor o que Jesus disse sobre esse assunto, leia em Lucas 8 a parábola do semeador.

Fonte:

Respostas Bíblicas - www.respostas.com.br

Pb. João Placoná

sábado, 9 de dezembro de 2017

Batismo, Divórcio, Ceia: O que pode e o que não pode.











O batismo bíblico requer o candidato qualificado. O sangue antecede a água. A salvação se dá primeiramente. Eu não ensino que o batismo é essencial para a salvação, pelo contrário, que a salvação é essencial ao batismo.

João pediu uma qualificação dos que ele batizou: Mt 3.8, “Produzi pois frutos dignos de arrependimento.” Não frutos dignos de emoção, inteligência ou filosofia, mas de arrependimento. Uma mudança radical de mente e atitude, de coração ao respeito do pecado e de Deus é necessária.

Jesus explicou que quem deve ser batizado são os crentes: Mc 16.16, “Quem crer e for batizado….mas quem não crer”.

O exemplo bíblico dos que foram batizados no Novo Testamento foram os que primeiramente justificaram a Deus: At 2.41, “…foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra;…”; Gl 3.27, “todos batizados … já vos revestistes de Cristo.”; Eunuco (At 8.36-38); Coríntios (At 18.8); (Éfeso) At 19.1,5.

Portanto, não importa se você chega para o batismo trazendo um divórcio nas costas. O seu passado perde efeito perante a justiça de Cristo, que mediante nosso sincero arrependimento, nos limpa de toda mácula. Logo, não vejo problemas em batizar um divorciado, se ele chegou a mim convertido a Cristo de todo seu coração.

De acordo com a Bíblia, se você é salvo, você pode tomar a Ceia. Cada um deve examinar a si mesmo antes de participar da Ceia.

Jesus instituiu esta ordenança para que seus seguidores se lembrassem sempre de seu sacrifício na cruz (Lucas 22:19-20). Não podemos nos esquecer da importância da morte de Jesus por nossos pecados.

Tomar a Ceia do Senhor é dizer que você reconhece que Jesus morreu por seus pecados e que agora você faz parte de sua família.

Para o descrente não faz sentido nenhum participar da Ceia. A Ceia do Senhor não é apenas um ritual cultural, é uma declaração de fé. Por isso tomar a Ceia sem crer é desrespeito.

Algumas igrejas, no meu ponto de vista acertadamente, apenas permitem que pessoas batizadas participem da Ceia. Isso acontece porque quando uma pessoa é batizada, ela reconhece publicamente que aceitou Jesus como seu salvador. As igrejas assumem que quem não está pronto para se batizar ainda não fez um compromisso sério de seguir Jesus.

Diante disso, considerando que o divórcio não é um pecado eterno e nem imperdoável, eu não vejo problema algum para que quem já se arrependeu deste ato lá atrás e entregou verdadeiramente sua vida a Jesus, venha e participe da Mesa do Senhor.

Lembremo-nos que Jesus não veio chamar justos, mas pecadores ao arrependimento. Lucas 5:32.

E quanto à possibilidade de pastores divorciados ministrarem o batismo e a ceia, seria isso lícito?

A resposta é rápida e simples: NÃO! E porque digo isso? Porque a Bíblia os considera neste caso repreensíveis para o ministério pastoral. Darei aqui os motivos para isso.

Em primeiro lugar porque Ele passa a NÃO ser um exemplo dos fiéis. Em I Tim. 4:12, Paulo exorta ao pastor Timóteo para que seja “…o padrão (exemplo) dos fiéis…” O homem que está no segundo, ou até no terceiro casamento, não pode ser exemplo dos fiéis, por não ser esta a vontade de Deus para o seu povo: Ele odeia o divórcio (Mal. 2:16). Os jovens de tal igreja estariam automaticamente, levantando a possibilidade de os seus futuros casamentos, se não derem certo “como o do pastor”, o divórcio seria uma opção e ainda Deus os estaria ainda abençoando após algumas “tribulações…” Desastroso exemplo seria também para os que entrarão ou já estão no ministério pastoral.

O Cristianismo verdadeiro não segue o lema de “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Paulo disse “sede meus imitadores como eu sou de Cristo” (I Cor. 3:15). O ministério pastoral não é para qualquer um, mas para os que têm condições morais de dar exemplo (Heb. 13:7).

Em segundo lugar porque deixa de ser um líder irrepreensível. Em I Tim. 3:2 temos as qualificações para o pastor: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível…” A palavra traduzida por irrepreensível usada no texto acima é do grego “anepleptos”. Ela aparece 3 vezes no Novo Testamento, a saber: I Tim. 3:2, 5:7 e 6:14.

O significado é sempre o de alguém de quem não se pode falar nada contra, sem mancha, sem culpa, inacusável. Independente de ser ou não o causador do divórcio (se é que existe tal condição), o homem que passou por esta experiência não se encaixa nas exigências bíblicas, e será usado pelo diabo para escandalizar e envergonhar o Evangelho.

Existe “pastor” que se casou em rebeldia contra os conselhos dos pais, de amigos e até de seus pastores atraindo as maldições do Senhor. Tal flagrante violação da vontade de Deus, tornou tal crente o único responsável pela falência do seu próprio casamento, desqualificando-o de uma vez por todas, para o exercício do pastorado.

Em terceiro lugar porque se for divorciado ele não é mais marido de uma só mulher. “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher…” (I Tim. 3:2). A expressão “marido de uma mulher” significa muito mais do que o leitor superficial possa imaginar e não é como alguns afirmam equivocadamente “uma esposa de cada vez”.

Ora, isso seria um convite e uma motivação para vários casamentos, e não penso que a Palavra de Deus concorda com esta teoria. O ensino é que a mulher com quem o bispo, pastor é casado é a sua primeira e única!

Não tem nada a ver com a condenação de relacionamentos simultâneos, o que seria adultério. Entretanto, existe uma linha de interpretação aqui defendida por muitos, que situa esta orientação baseado numa suposta condenação da poligamia. Penso que seria um absurdo tão redundante e flagrante o pecado da poligamia que Paulo não precisaria se referir a ela para uma pessoa especial como o bispo.

O que realmente está em jogo aqui é a conduta ilibada e irrepreensível do pastor no seu relacionamento singular com a sua primeira esposa.

Em algumas versões bíblicas, o texto fica ainda mais claro e aparece assim: É preciso, porém, que o dirigente seja irrepreensível, esposo de uma única mulher… ou ainda, diz: É, porém, necessário que o pastor seja irrepreensível, que não tenha sido casado senão uma vez…

Por fim, eu entendo que ele fica desqualificado porque perde a autoridade no aconselhamento. Como um pastor divorciado poderá aconselhar um casal que está com problemas no casamento?

Com que autoridade ele dirá para lutarem pelo seu casamento, para se perdoarem e buscarem a reconciliação se ele mesmo não conseguiu fazer isso?

Como esse pastor aconselhará um jovem casal prestes a se casar orientando-os que o casamento é um compromisso até a morte se ele mesmo não cumpriu isso?

Não tem jeito, o Cristianismo não funciona segundo palavras vazias, mas com exemplo de vida. Mesmo que o homem não tenha se casado novamente, a situação de separação da primeira esposa já o desqualifica para o pastorado, pois não conseguiu, falhou, fracassou em “governar sua própria casa”.

Sobre casais que vivem maritalmente, não possuem uma certidão de casamento ainda, poderiam os tais descer às águas e participar da Mesa do Senhor?

É do conhecimento de todos que eu prego prudência e sabedoria no trato com essa questão. Cada caso precisa de um exame minucioso por parte do pastor. Algumas circunstâncias podem gerar uma liberação.

Por exemplo, eu não posso punir uma serva de Deus fiel ao Senhor e de testemunho ilibado, que não seja casada apenas pela imposição de seu companheiro incrédulo que recusa o matrimônio.

Entretanto, não posso condescender com um casal cristão, conhecedor da Palavra e frequente na igreja e que recusa por vontade própria contrair o casamento.

No primeiro caso eu batizo esta irmã, já no segundo caso eu não batizo o casal.

Também é importante lembrarmos que casamento não é um pedaço de papel. Casamento é uma relação estável, sólida, familiar, alicerçada em amor e compromisso e socialmente visível.

Há muitas pessoas detentoras de um papel, mas que não vivem isso. Ao passo que há outras que não possuem o papel, mas tem esta realidade reconhecida por todos. O pastor precisa observar isso também. Se a ausência de uma certidão de casamento implica que duas pessoas não sejam casadas, então quem não possui certidão de nascimento nunca nasceu.

Portanto, sejamos cuidadosos, criteriosos e justos nesta questão, pois não há regra fixa para ela, mas sim uma saída compatível com cada situação específica.

O tema também pergunta sobre o destino eterno dos que já estão divorciados. Estariam estes condenados por Deus e sem acesso à Sua salvação?

Biblicamente falando, todos sabemos que o matrimônio foi planejado para durar a vida toda. Todavia o divórcio é uma saída de emergência, o último recurso, no sentido de servir como um corretivo apenas para situações intoleráveis. Mesmo assim, não deixa de ser uma tragédia: sentimento de culpa, perda da autoestima, um agudo senso de ter falhado, solidão, rejeição, críticas dos familiares e dos irmãos em Cristo, problemas na educação dos filhos e uma série de outras graves consequências que são os resultados concretos que afligem os divorciados.

No entanto, a graça de Cristo é abundante para eles também. O divórcio não é um pecado imperdoável, Jesus sempre se identificou com os que sofrem e com os que, reconhecendo o seu pecado, confessam-no e o deixam. A igreja foi planejada para ser uma comunidade terapêutica, que cura as feridas e não que as fazem doer ainda mais.

Logo, eu não vejo o divórcio como uma sentença definitiva de condenação espiritual, mas como uma tragédia humana, que deve ser curada com arrependimento e fidelidade a Deus.

Moralizar ou flexibilizar? Voltar às nossas raízes ou cair na modernidade?

Eu tenho dito e repito aqui: a Igreja precisa de Bíblia e não de modas. Deus usa homens e não métodos. Precisamos de uma Reforma generalizada, do regresso à cruz de Cristo e do repúdio e da renúncia desse falso evangelho que usurpa a santidade da fé e transforma a igreja num circo de heresias e espetáculos horrendos.

A sequidão espiritual em que a Igreja se encontra tem como causa principal o abandono do evangelho. O neopentecostalismo com seus gurus arrogantes, suas feitiçarias lucrativas e o liberalismo teológico desembocaram no secularismo e a igreja perdeu seu fervor espiritual.

A efervescência espiritual fora da centralidade da Palavra de Deus também é um desvio, pois produz um emocionalismo vazio. O liberalismo como experiencialismo andam muito próximos, pois ambos rejeitam a suficiência das Escrituras. É por isso que temos tanto mundanismo dentro de nossas igrejas e tantos crentes iguais aos descrentes.

Precisamos voltar ao evangelho. Só existe um evangelho verdadeiro. É o evangelho de Cristo. É o evangelho da cruz. É o evangelho da graça. Qualquer outro acréscimo está em desacordo com a mensagem bíblica.

A igreja contemporânea precisa voltar-se para as Escrituras, precisa voltar ao primeiro amor, precisa de reavivamento e de restauração.

Pr. Reinaldo Ribeiro

Pb. João Placoná

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A verdadeira posição bíblica sobre o homossexualismo

homossexualismo 2

É nítido em toda a história da humanidade, independente da realidade cultural a que pertença, uma forte inclinação para a prática e a liberação de instintos e intentos reprovados e vedados pela expressa vontade de Deus (Tiago 1:14-15).

Vemos isso em Eva quando ela desejou o fruto proibido no Éden (Gênesis 3:6). Há também as pessoas que desejam o ganho desonesto (Tito 1:7). Algumas pessoas desejam as esposas e maridos dos outros (Mateus 5:28). E da mesma forma, dentro deste mesmo raciocínio, há pessoas desejam outras do mesmo sexo (Gênesis 19:4-5).

É bom esclarecer logo de inicio que a palavra homossexual não aparece na Bíblia, visto ser uma expressão bem posterior. Contudo, a prática homossexual é mais antiga que a própria Bíblia, e, portanto, claramente abordada por ela.

A Palavra de Deus, porém, exige que aprendamos a nos dominar para negar nossos desejos pecaminosos e para aceitar os limites que Ele colocou ao nosso comportamento (II Pedro 1:6; Gálatas 5:23). Este é o princípio que precisa ser aplicado aos desejos homossexuais que algumas pessoas sentem.

Em vez de se dedicarem a justificar estes desejos na base da fracassada tentativa de desconstruir a verdade bíblica, cabe-lhes abandonar tão humilhante pecado, sob as mais diversas e sólidas razões, sendo a principal o fato de que Deus clara e absolutamente condena todas as formas de relações homossexuais.

"Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro" (Romanos 1:26-27).

"Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas . . . herdarão o reino de Deus" (1 Coríntios 6:9-10).

O que a Bíblia diz sobre o homossexualismo e o homossexual?

Muitos se perguntam se devem aceitar realmente o que diz a Bíblia, que foi escrita há tanto tempo, ou se o melhor seria simplesmente se deixar levar pela opinião pública e pelo senso comum.

A opinião pública irá cada vez mais considerar a prática do homossexualismo apenas uma opção de vida, porém é importante você decidir quem deve dirigir sua vida: a opinião pública ou Deus.

Um dia todos nós deixaremos a opinião pública para trás - o que os outros pensam e dizem - e iremos nos encontrar com Deus. Lembre-se de que foi a opinião pública que decidiu pela soltura de Barrabás e condenação de Jesus.

"Qual desses dois quereis vós que eu solte? E eles disseram: Barrabás. Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado." (Mateus 27:21, 22)

O homossexualismo não é uma doença, e na Bíblia é descrito como até mais do que um pecado: é uma perversão e abominação diante de Deus.

Veja bem que estou me referindo à prática, não à pessoa homossexual. Deus ama cada pessoa, independente de como ela seja, mas não ama práticas que são contrárias à Sua própria natureza. É importante que você entenda isto, pois a primeira reação que temos contra Deus é a de tentarmos nos defender de algo que Ele condena, achando que não somos amados.

A Bíblia está cheia de passagens condenando a união sexual de pessoas do mesmo gênero. Os homens de Sodoma queriam conhecer os anjos que se hospedaram na casa de Ló. Daí vem a palavra "sodomita" que denota: homem que procura outro homem para possuí‑lo como a uma mulher. Tanto o que faz o papel de homem como o que faz o papel de mulher estão pecando e cometendo uma abominação:

"Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel. Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do SENHOR teu Deus por qualquer voto; porque ambos são igualmente abominação ao SENHOR teu Deus.... Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é... Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação" (Deuteronômio 23.17; Levítico 18:22; 20:13)

Em algumas traduções, ao invés de "sodomitas" a expressão usada é "rapazes escandalosos", "rapazes alegres" (daí o uso da palavra inglesa "gay" que significa "alegre"), "prostitutos cultuais" ou "prostitutos sagrados" (porque os israelitas tinham incorporado o sexo aos rituais religiosos, como faziam os pagãos) (I Reis 14.24; 15.12), e os homossexuais são novamente citados no Novo Testamento, em Romanos 1.26,27, tanto com respeito ao homem como à mulher (lésbicas, lesbianismo), prevendo aí um juízo que cairia sobre seus próprios corpos, sem, contudo, identificar especificamente que juízo seria esse:

"Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro." (Romanos 1:26,27)

Li na revista Newsweek a reportagem sobre o médico que afirmou ter descoberto que a homossexualidade é uma alteração existente no cérebro.

O curioso é que o médico revela ser homossexual desde criança, e que isto sempre lhe dava uma intranquilidade de consciência, até descobrir que era algo congênito (de nascença). Fico na dúvida se ele descobriu alguma evidência científica ou se descobriu tão somente algo que queria descobrir. Mas o artigo mostrava que tudo não passava de uma teoria, assim como a teoria da evolução. Ou seja, não há provas.

Não nego que existam pessoas que nascem com mais hormônios do sexo oposto, mas isto não é justificativa para que cometam alguma torpeza.

Talvez sejam até mais tentados em sua carne do que aqueles que têm uma predominância de hormônios de seu próprio sexo, mas nada justifica que venha a praticar um ato sexual abominável a Deus.

Tentar usar o argumento de excesso de hormônios (masculinos ou femininos) para justificar o homossexualismo ou lesbianismo é o mesmo que usar o argumento da pobreza para justificar o crime.

Como diz o ditado, você não pode evitar que as andorinhas voem sobre sua cabeça, mas pode impedir que façam ninhos em seus cabelos.

Há homens claramente efeminados (com características femininas), de nascença, modo de criação ou devido a um excesso de hormônios femininos, que se casam, têm filhos e são felizes como homens.

Devemos lembrar que o homossexualismo é tratado, na Bíblia, não apenas como um pecado, mas como uma abominação. O que pratica um ato sexual condenado por Deus é culpado daquele pecado, não importando se tenha alguma tendência fisiológica para tal.

Isto porque são necessários alguns passos até se chegar ao ato, passos estes que poderiam ser evitados se a pessoa simplesmente quisesse evitá‑los.

Uma pessoa nascida em meio a bandidos e assaltantes pode ter a tendência de se tornar um bandido e assaltante, mas isto não a isenta da culpa se vier a praticar um crime. (Aliás, o crime é praticado em qualquer classe social e a grande maioria das pessoas pobres são pessoas honestas, não se valem da desculpa da pobreza para poderem roubar).

Nossa carne certamente se inclinará para o mal, pois a Palavra de Deus diz que "a inclinação da carne é inimizade contra Deus" (Romanos 8.7). Mas essa inclinação não nos isenta da culpa por nossa escolhas erradas ou por nossa incontinência moral.

Aquele que é nascido de novo tem uma nova vida e possui o Espírito Santo habitando em si. Este lhe dará vitória contra qualquer tendência natural da carne.

Se acharmos que a inclinação de nossa carne deve ter livre curso, então temos que dar livre curso também aos outros desejos que brotam no coração de todos, ou seja, de praticarmos o que bem entendermos, acabaremos matando, roubando, ferindo e praticando todo tipo de torpeza.

Talvez alguém diga que o homossexualismo é diferente de matar ou roubar, pois não faz mal aos outros, que homossexuais são cidadãos que podem viver uma vida respeitável, que devem ser respeitados etc.

Sim, é verdade. Conheço homossexuais que são muito mais honestos e respeitáveis do que muita gente que vive com a Bíblia debaixo do braço.

Além disso, de acordo com as leis que temos na maioria dos países tal prática não pode ser comparada àquelas que costumamos enxergar como crimes contra o ser humano e a sociedade, e em alguns lugares tratar um homossexual com discriminação pode ser considerado crime.

Mas não é esta a questão que está sendo tratada aqui, não me propus a escrever aqui de como os homens enxergam isso ou aquilo, mas de como Deus enxerga e diz em sua Palavra. E se você crê que a Bíblia é a Palavra de Deus, convém analisar a prática sob esse ponto de vista, ou descartá-la de vez para ter a opinião pública ou sua vontade própria como bússolas de sua vida. A responsabilidade é sua e é você quem terá de prestar contas de seus atos a Deus.

Entenda que o que escrevo aqui não é uma crítica à pessoa homossexual, mas à prática da homossexualidade, e também não estou me baseando no modo como a sociedade aceita ou deve aceitar determinadas práticas.

Não sou melhor do que qualquer pessoa e jamais poderia me colocar na posição de juiz. Eu mesmo sou suscetível a qualquer prática mais ou menos prejudicial ou contrária à Palavra de Deus e, como todo e qualquer ser humano, estou incluído na condenação genérica da qual a Bíblia fala e que coloca todos nós na mesma condição: pecadores necessitados de um Salvador. Portanto, não são seres humanos falhos que devemos tomar como referência, mas o que Deus diz em Sua Palavra.

"Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer... Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só... Não há temor de Deus diante de seus olhos... para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus... Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus... Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." (Romanos Capítulo 3)

Evidentemente, a tendência na sociedade será cada vez mais de aceitação das diferentes inclinações sexuais sob a alegação de se tratar de opção pessoal e não implicar em dano à sociedade como um todo. Até mesmo as leis tenderão a reconhecer uniões do mesmo sexo como válidas para preservar os direitos das pessoas envolvidas, como acontece em qualquer sociedade entre duas pessoas. São questões civis legisladas por homens e que acabarão definidas pelos legisladores e serão obedecidas pelos cidadãos.

Obviamente nisso não se inclui a ideia de casamento gay defendida por alguns, já que isso seria uma triste caricatura de uma instituição divina criada para o relacionamento entre um homem e uma mulher para, entre outras coisas, auxílio mútuo, procriação e, principalmente, representar simbolicamente Cristo e Sua noiva, a Igreja.

Portanto, o ponto aqui não é o que a sociedade aceita, o que as leis dizem do ponto de vista de uma relação civil entre duas pessoas ou o que as pessoas querem fazer por escolha própria. O ponto é: Deus aceita a homossexualidade como algo normal e aceitável? Não.

Deus pode amar um ateu, mas não irá amar o ateísmo, contrário à Sua própria existência. Ele pode amar o homossexual, mas não irá amar o homossexualismo, contrário ao Seu plano original da Criação:

Disse Jesus: "Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem." (Marcos 10:6-9)

Assim como Deus faz, devo amar e respeitar todas as pessoas, independente do estilo de vida ou preferência sexual que escolheram, mas isso não implicará que eu deva aceitar ou concordar com suas práticas ou com o modo de vida que escolheram. Eu quis saber o que a Bíblia diz do homossexualismo e não poderia amenizar o que encontro ali.

Deus aprova as relações sexuais entre um homem e sua esposa legítima (de acordo com a lei de Deus). Todas as outras relações sexuais sejam homossexuais ou heterossexuais fora deste padrão são sempre e absolutamente proibidas (Hebreus 13:4). Não nos cabe procurar desculpas para justificar o pecado. É nossa responsabilidade buscar o meio de vencer a tentação (I Coríntios 10:13; Tiago 4:7-10).

Lembre-se também que qualquer verdadeiro cristão deve proceder como o Senhor Jesus procedeu quando andou neste mundo: Ele sempre amou o pecador e detestou o pecado. Todas as pessoas devem ser amadas como Deus as ama, independente de seu modo de vida. Mas amá-las não implica em aceitar seu modo de vida, principalmente quando temos diante de nós um testemunho claro daquilo que Deus pensa sobre o assunto.

Pr. Reinaldo Ribeiro

Pb. João Placoná

sábado, 2 de dezembro de 2017

Persevere Em Oração


preserve na oração

Meus irmãos! Considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem que falte a vocês coisa alguma. Tiago 1:2-4

As coisas estão ficando cada vez mais complicadas, vale repetir a expressão, a roda grande vai girar dentro da roda pequena.

No entanto, aquele que deseja alcançar a salvação tem que se segurar em oração, pois, ventos tenebrosos já estão se aproximando, vendavais estão sendo anunciados, e, chuvas densas, irão cair.

Se prepare, procure o abrigo seguro, aquele que nada, nem ninguém pode movê-lo de lugar - A sombra do Deus Todo Poderoso.

Esconda-se debaixo das asas do Senhor Criador de todas as coisas, firme-se no centro da vontade de Deus, não desvie o teu pé nem para a direita e nem para a esquerda, continue caminhando nas pegadas de Cristo. Não pare para olhar para trás, a curiosidade pode te fazer virar Estatua de Sal.

Não deixe pestanejar os teus olhos, olhe sempre para o alto, de lá vem o socorro que você precisa;

Não fique cogitando entre dois pensamentos, deixe sua mente ser direcionada por Deus, fuja das aparências do mal, não permita que o inimigo consiga te abater.

Não ande como alguém que não tem juízo buscando ajuda aqui, ali ou acolá, o teu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra.

Não tenha medo das ameaças do mal, aquele que te guarda não tosquenejará, Ele guardará a tua entrada e a tua saída.

Não fique aflito por causa das perseguições, Deus te guardará em todo tempo, Ele te protegerá no dia da adversidade.

Não se espante e nem se assuste com o que irá acontecer, O Senhor dos Exércitos te guardará e te fará invisível aos olhos do mal.

Não queira seguir as multidões que não sabem para aonde ir, siga as pegadas de Jesus, Ele é o caminho.

Não acredite no diagnóstico do mundo, faça menção da Palavra de Deus, creia no que diz na bíblia.

Não priorize as coisas deste mundo, busque em primeiro lugar o reino de Deus e a sua Justiça;

O mundo pode entrar em guerra, mas você precisa estar em paz porque a sua paz não depende deste mundo, mas de Cristo, o autor e consumador da nossa fé.

Centralize a sua confiança em Deus, tenha esperança nas suas promessas, Ele disse: que tudo aqui na terra iria passar; o choro, o pranto, o desespero e aflição terão um fim, apenas continue a confiar Nele.

Não deixe a tua fé esmorecer, não se desanime e nem se abata diante de tantas injustiças. Aquele que não falha logo virá, e, com punho forte julgará a nossa causa.

Acredite sempre em Deus, mesmo que tudo a tua volta esteja uma verdadeira tormenta, ore, creia e espere, Deus irá te dar livramento. Os teus, não se perderão, ainda que alguns sejam açoitados. O Justo Senhor já reservou a vitória para nós.

Tudo é uma questão de saber confiar e esperar, tudo é uma questão de tempo, no tempo de Deus, coisas grandiosas acontecerão na tua vida.

Persevere em oração, confie que você irá ver e viver o que Deus por ti fará.

Pra. Elza Amorim Carvalho

Pb. João Placoná

domingo, 19 de novembro de 2017

Mulheres Pastoras? Com a palavra a Bíblia.

pastoras

Se alguém me perguntar se as mulheres podem servir no ministério, minha resposta será sempre: “Sim, claro”! “Todos os crentes são chamados a servir e a ministrar uns aos outros.”

Mas eu responderia de forma diferente se a pergunta fosse: “Existe alguma função do Ministério em que as mulheres não podem servir?” Eu diria que o Novo Testamento ensina claramente que as mulheres não devem servir como pastores (que o Novo Testamento também chama de superintendentes ou anciãos/presbíteros).

Fica claro no Novo Testamento que os termos pastor, superintendente, e presbítero referem-se ao mesmo cargo (Atos 20.17,28; Tito 1.5,7; I Pedro 5.1-2), e para o restante deste artigo vou usar os termos “presbítero” e “pastor” designar essa função.

A proibição de Paulo em I Timóteo 2.12

O texto fundamental que estabelece que as mulheres não devam servir como presbíteros é I Timóteo 2.11-15. Nós lemos no versículo 12: “Eu não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade sobre homem.” Nesta passagem, Paulo proíbe as mulheres de se envolverem em duas atividades que caracterizam o ministério dos presbíteros: o ensino e o exercício da autoridade. Vemos isso nas qualificações para o cargo, entre outros lugares: os presbíteros devem ter a capacidade para ensinar (ITm 3.2; 5.17, Tito 1.9, cf. Atos 20.17-34) e liderar a igreja (ITm 3.4-5;).

As mulheres são proibidas de ensinar aos homens e de exercer autoridade sobre eles e, portanto, segue-se que elas não devem servir como presbíteros.

Essa proibição vigora ainda hoje?

É evidente na Bíblia o mandamento para que a mulher não ensine a homens ou exerçam autoridade sobre eles.

A questão é: este escrito vigora ainda hoje?

Muitos afirmam que Paulo proibiu as mulheres de servirem como presbíteros, porque as mulheres nos dias de Paulo eram iletradas e, portanto, não tinham a capacidade de ensinar bem aos homens.

Argumenta-se ainda que as mulheres fossem responsáveis pela falsa doutrina que estava atrapalhando a congregação para a qual Paulo escreveu a carta de I Timóteo (ITm 1.3, 6.3). De acordo com essa leitura, Paulo apoiaria mulheres servirem como “pastoras”, após serem devidamente instruídas a ensinar a sã doutrina. Mas como veremos adiante, essa proposta é totalmente infundada.

A proibição é fundamentada na criação e não em circunstância

Estas tentativas de relativizar a proibição de Paulo devem ser julgadas falidas.

Paulo poderia ter facilmente escrito: “Eu não quero que as mulheres ensinem ou exerçam autoridade sobre os homens porque elas são ignorantes”, ou “Eu não quero que as mulheres ensinem ou exerçam autoridade sobre os homens porque elas estão espalhando falsos ensinamentos.”

No entanto, qual o motivo que Paulo realmente dá para o seu mandamento no versículo 12? O raciocínio de Paulo para o mandamento está no versículo seguinte: “Pois primeiro foi formado Adão, depois Eva” (v. 13). Paulo nada diz sobre a falta de educação ou sobre mulheres estarem promulgando falso ensino. Em vez disso, ele apela para a ordem da criação, para a boa e perfeita vontade de Deus ao formar os seres humanos.

É imperioso observar que a referência à criação indica que o mandamento é uma palavra transcultural, uma proibição que é obrigatória para a igreja de todos os tempos e em todos os lugares. Ao dar esta proibição, Paulo não apela para a criação caída, às consequências que dizem respeito à vida humana como um resultado do pecado. Ao contrário, ele fundamenta a proibição na criação totalmente boa que existia antes de o pecado entrar no mundo.

O argumento da criação não pode ser descartado como culturalmente limitado.

Além disso, o Novo Testamento contém muitos recursos semelhantes aos da ordem da criação. Por exemplo, a homossexualidade não está de acordo com a vontade de Deus, porque é “contrário à natureza” (Rm 1.26), isto é, porque viola o que Deus pretendia quando ele fez o ser humano como homem e mulher (Gn 1.26-27).

Da mesma forma, Jesus ensina que o divórcio não é o ideal divino uma vez que, na criação, Deus fez um homem e uma mulher, o que significa que um homem deve ser casado com uma mulher “até que a morte nos separe” (Mt 19.3-12).

Assim, também, o alimento deve ser recebido com gratidão, pois é um dom da mão criadora de Deus (1Tm 4.3-5).

Em I Timóteo 2.11-15, Paulo especificamente fundamenta sua proibição das mulheres de ensinar e exercer autoridade, na ordem da criação, ou seja, que Adão foi feito primeiro e depois Eva (Gn 2.4-25).

A narrativa de Gênesis é cuidadosamente calculada, e Paulo, sob a inspiração do Espírito Santo, ajuda-nos a ver o significado de Eva ter sido criada depois de Adão.

Críticos ocasionalmente objetam que o argumento não é válido uma vez que os animais foram criados antes dos seres humanos. Mas eles perdem o ponto focado por Paulo. Somente os seres humanos são criados à imagem de Deus (Gn 1.26-27), e, portanto, Paulo comunica a importância de Deus criar o homem antes da mulher, ou seja, que o homem é responsável por liderar.

Paulo dá uma segunda razão pela qual as mulheres não deveriam ensinar ou exercer autoridade sobre os homens em I Timóteo 2.14: “Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” A argumentação de Paulo aqui não é que as mulheres são mais propensas a serem enganadas do que os homens, porque em outro lugar, ele elogia as mulheres como professoras de mulheres e crianças (Tito 2.3, II Tm 1.5; 3.14-15), o que ele não recomendaria, se as mulheres, por natureza, estivessem propensas a serem enganadas. É provável que Paulo estivesse pensando mais uma vez no relato da criação, pois a serpente subverteu a ordem criada ao enganar Eva e não Adão (assim subvertendo a liderança masculina), embora, provavelmente, Adão estava com Eva quando ocorreu a tentação (Gn 3:6). O versículo 14 não ensina nada sobre as mulheres serem iletradas, o engano é uma categoria moral, já a falta de educação é sanada com a instrução.

O engano de Eva não pode ser atribuído à fraqueza intelectual, mas foi devido à sua rebeldia, o desejo de ser independente de Deus. Além disso, a referência ao engano aqui não indica que as mulheres de Éfeso desempenhavam um papel fundamental na difusão de ensino falso, pois os falsos mestres nomeados em I Timóteo são todos homens (I Tm. 1.20).

Na verdade, se as mulheres tivessem sido proibidas de ensinar porque eram defensoras da falsa doutrina, temos a estranha e muito improvável situação de que todas as mulheres cristãs de Éfeso foram enganadas pelo falso ensino.

Pelo contrário, o ponto de Paulo é que a tentação de Satanás sobre Eva, em vez de sobre Adão, subvertia a liderança masculina, pois ele tentou e enganou a mulher, mesmo estando Adão presente com Eva quando a tentação ocorreu.

Na verdade, apesar de Eva ter sido enganada pela serpente primeiro, a principal responsabilidade pelo pecado caiu sobre os ombros de Adão. Isto é evidente em Gênesis 3, pois o Senhor fala primeiro com Adão sobre o pecado do primeiro casal, e isso é confirmado por Romanos 5.12-19, onde o pecado da raça humana é atribuída a Adão e não a Eva.

Em resumo, I Timóteo 2.12 proíbe as mulheres de ensinar ou exercer autoridade sobre os homens na igreja. Este mandamento é fundamentado na ordem da criação e é confirmado pela inversão de papéis que ocorreu após a queda. Não é, portanto, um contexto cultural ou uma proibição limitada e deve ser um padrão aplicado às igrejas de hoje.

O testemunho em outras partes das Escrituras

O que aprendemos sobre os papéis do homem e da mulher na criação

O que vemos acerca dos papéis de homens e mulheres no resto da Escritura confirma esta leitura de I Timóteo 2:11-15. O livro do Gênesis nos dá seis elementos que evidenciam a responsabilidade dada aos maridos na liderança do casamento:

1) Deus criou Adão primeiro e depois Eva,

2) Deus deu o mandamento de não comer da árvore a Adão e não a Eva;

3) Adão foi quem deu nome à “mulher” tal como ele deu nome aos animais, significando a sua autoridade (Gn 2.19-23)

4) Eva é designada como auxiliadora de Adão (Gn 2.18);

5) A serpente enganou Eva e não Adão, assim subvertendo a liderança masculina (Gn. 3.1-6)

6) Deus veio a Adão em primeiro lugar, mesmo tendo Eva pecado primeiro (Gn 3.9, cf. Rm. 5.12-19).

O que aprendemos nos ensinamentos bíblicos sobre o casamento

Tal leitura do Gênesis se encaixa perfeitamente com o que encontramos sobre o casamento no Novo Testamento. Maridos têm a responsabilidade primária de liderança e as esposas são chamadas a se sujeitar à liderança de seus maridos (Ef 5.22-33; Cl 3.18-19; I Pe 3.1-7). O convite à esposa para submeter-se não está fundamentado em meras normas culturais, pois uma mulher é convidada a sujeitar-se ao marido como a Igreja é convidada a submeter-se a Cristo (Ef 5.22-24).

Paulo designa o casamento como um “mistério” (Ef 5.32), e o mistério é que o casamento espelha o relacionamento de Cristo com a Igreja. O mandato para homens servirem como pastores (e não mulheres), então, se encaixa com o padrão bíblico de liderança masculina e autoridade dentro do casamento.

É fundamental observar que um papel diferente para as mulheres não significa que sejam inferiores aos homens. Mulheres e homens são igualmente criados à imagem de Deus (Gênesis 1.26-27). Eles têm acesso igual à salvação em Cristo (Gl 3.28), e eles são coerdeiros da grande salvação que é nossa em Jesus Cristo (I Pe 3.7).

Os escritores bíblicos não difamam a dignidade, inteligência e personalidade das mulheres. Vemos isso mais claramente quando reconhecemos que, como Cristo se submete ao Pai (I Coríntios 15.28), assim as mulheres se submetem aos seus maridos. Cristo é de igual dignidade e valor com o Pai, e por isso a sua submissão não pode ser entendida como sinalização de sua inferioridade.

O que aprendemos em outras passagens sobre mulheres na igreja

O texto de I Timóteo 2.11-15 não é o único texto que exige um papel diferente para homens e mulheres na igreja. Em I Coríntios 14.33-36, Paulo ensina que as mulheres não devem falar na igreja.

Esta passagem não proíbe as mulheres de falar qualquer coisa na congregação, Paulo até incentiva as mulheres a orar e profetizar na igreja (I Coríntios 11.5).

O princípio de I Coríntios 14.33-36 apenas ressalta que as mulheres não devem falar de tal maneira que se rebelem contra a liderança masculina ou tomem para si autoridade indevida, e este princípio corresponde com o ensino de I Timóteo 2.11-15 de que as mulheres não deveriam ensinar nem exercer autoridade sobre os homens.

Outro texto que aponta na mesma direção é o de I Coríntios 11.2-16. Já vimos que Paulo nessa passagem permite que as mulheres orem e profetizem na assembleia. É imperativo ver que a profecia não é o mesmo dom do ensino.

Estes dons são distintos no Novo Testamento (I Coríntios. 12.28). Mulheres serviram como profetas no Antigo Testamento, mas nunca como sacerdotisas. Da mesma forma, serviram como profetas no Novo Testamento, mas nunca como "presbíteras" ou "anciãs".

Além disso, I Coríntios 11.2-16 deixa claro que, ao profetizarem, elas deviam se adornar de tal maneira que demonstrasse que elas estavam submissas a uma liderança masculina (I Coríntios 11.3). Isso se encaixa com o que temos visto em I Tm 2.11-15.

Ali constatamos que as mulheres não são as líderes da congregação, e, portanto, não devem ser reconhecidas como professoras e cabeças de toda a congregação. A questão fundamental em I Coríntios 11.2-16 não é o adorno das mulheres. Estudiosos não têm certeza, neste caso, se o adorno descrito representa um véu ou uma forma específica de usar o cabelo. Tal adorno era necessário na época de Paulo porque significava que as mulheres eram submissas à liderança masculina na igreja. Hoje, a forma como uma mulher usa o seu cabelo, ou se ela usa um véu, não significa que ela seja submissa à liderança masculina.

Assim, devemos aplicar o princípio (mesmo não aplicando a prática cultural da época) no mundo de hoje: as mulheres devem ser submissas à liderança masculina, o que se manifesta em não servirem como "pastoras" e mestras dos homens.

Conclusão

As Escrituras ensinam claramente sobre o papel singular das mulheres na igreja e na família. Elas são iguais aos homens em dignidade e valor, mas elas têm um papel diferente durante esta jornada na terra. Deus lhes deu muitos dons diferentes e específicos, com os quais podem ministrar para a igreja e para o mundo, mas elas não foram criadas para servir como "pastoras".

O Senhor não deu seus mandamentos para punir as mulheres, mas para que possam servi-lo com alegria segundo a Sua vontade e não de acordo com os modismos e normas do mundo.

Evidentemente seria muito cômodo assumir aqui uma postura mais contextualizada com o senso comum, pois em nossos dias a ideia de impedir o pastorado feminino é quase um voto vencido e praticamente todos os ministérios já se renderam aos púlpitos cor de rosa.

Todavia não entendemos que o evangelho tenha compromisso com as tendências sociológicas de uma época, quaisquer que sejam elas. Mulheres em nossa sociedade lideram lares, gerenciam empresas, administram indústrias e até governam países.

Entretanto, a Igreja de Jesus não é uma casa, uma empresa, uma indústria ou um país e no que pese quaisquer argumentos favoráveis para o primeiro caso, eles não se aplicam necessariamente à lógica do reino de Deus.

Mesmo ciente, pois, da impopularidade que esse posicionamento nos atrai, temos a alegria de assumir o preço a ser pago pela manutenção de uma consciência tranquila diante daquilo que por meio de uma exegese séria e isenta, temos aprendido na Palavra de Deus e que no presente texto de forma tão farta nos propomos a apresentar.

Nossa mais sincera oração é para que a luz do conhecimento que liberta invada cada alma e nos permita compreender que não estamos acima da verdade. Pelo contrário, a ela nos cabe reverente submissão, ainda que frustre e desaponte nossa ótica pessoal.

Pr. Reinaldo Ribeiro

Pb. João Placoná

domingo, 12 de novembro de 2017

Jesus levou... nossas enfermidades - Os crentes não devem ficar doentes?

sarados

É muito comum ouvirmos alguns crentes afirmarem que o cristão que está doente não deve aceitar essa condição porque Jesus levou lá na cruz todas as nossas enfermidades e, por isso, o crente não deve ficar doente.

O texto que é usualmente usado para essa afirmação é Isaías 53.4: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.”.

Segundo muitos esse texto seria o embasamento de que o crente que está doente está em pecado ou está com uma fé “pequena”, por isso, precisa exercer a sua fé com mais firmeza, pois essa doença foi levada por Cristo lá na cruz e não deveria acontecer na vida desse crente.

Temos dificuldades de crer nesse conceito por alguns motivos que expomos abaixo:

(1) Qual seria o significado de “enfermidades” no texto de Isaías 53.4? No hebraico a palavra é “choliy”, que significa “doença”. Mas será que o texto está falando de doenças físicas?

Creio que a obra de Jesus pode sim repercutir positivamente em nosso físico, porém, o contexto parece nos indicar que os benefícios curativos da morte de Cristo tem um alvo muito mais espiritual que físico.

O versículo cinco desse mesmo texto de Isaías diz: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”.

Note que as “doenças” citadas no contexto são as transgressões e iniquidades, que apontam para o ser humano afundado no pecado. Jesus foi traspassado e moído por causa dessas doenças (nossos pecados) e não de doenças físicas.

Note ainda que essa obra curativa de Jesus sobre essas nossas doenças nos tornou “sarados”.

A ênfase aqui não é em problemas de saúde do nosso físico, mas do nosso espírito. Jesus nos sarou das consequências de nossa pior doença (pecado).

Jesus não morreu na cruz para que nós não tivéssemos mais uma dor de cabeça ou uma dor na coluna ou outra doença.

É claro que aquilo que está em nosso espírito pode repercutir no físico, mas isso não significa que a obra de Jesus foi para nos livrar de todas as doenças físicas e que nunca deveríamos ficar doentes fisicamente.

(2) Considerando que Jesus tenha levado nossas doenças físicas lá na cruz como alguns dizem, como podemos harmonizar esse pensamento com o fato de que milhares de crentes ficam doentes todos os dias (e até morrem em decorrência dessas doenças) no mundo inteiro? E ainda o fato de vários crentes terem ficado doentes na Bíblia Sagrada (Paulo, Timóteo, Lázaro, Trófimo, etc)?

Servos de Deus ficam doentes o tempo todo e nem por isso estão longe de Deus.

Ora, seria a obra que Jesus fez na cruz fraca ou mal feita a ponto de não fazer efeito na vida de seus servos? Essa obra de Jesus estaria apoiada em nossas obras e não nos méritos Dele?

O texto de Isaías é enfático ao dizer que “pelas suas pisaduras fomos sarados.”. Não há margem alguma para pensarmos que algum crentes verdadeiros são sarados e outros não. Ou que crentes podem ficar sarados em alguns momentos e em outros não.

Em nosso entendimento o texto de Isaías só consegue estar harmonizado com a salvação pela fé, que não é por obras do ser humano, e que é operada totalmente e plenamente por Deus (Efésios 2.8) . Só assim o “fomos sarados” se cumpre sem dúvida alguma e plenamente na vida do ser humano.

A obra de Jesus citada por Isaías é a de remissão de nossos pecados, nossa maior doença.

(3) Assim concluímos que o argumento de que Jesus levou todas as nossas doenças físicas lá na cruz e que não podemos ficar doentes, não tem embasamento no texto de Isaías.

Devemos sim buscar a cura nos meios que Deus coloca diante de nós, na medicina, por exemplo, e, por que não também no agir sobrenatural de Deus quando necessário.

Porém, não podemos afirmar que se um crente está doente isso signifique que a obra de Jesus não esteja sendo feita na vida dele.

Muitos crentes verdadeiros, inclusive, morrerão vítimas de doenças e morrerão plenamente na presença de Jesus sem qualquer prejuízo da obra de Cristo na cruz.

Pb. André Sanchez

Pb. João Placoná

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Salvos pela obra?

salvo

A nossa salvação e nosso direito de estarmos diante de Deus, isto é, a nossa justiça, não estão baseados no número de boas obras que fizemos, fazemos ou iremos fazer, mas na graça de Deus.

Ainda que você mantivesse toda a lei não poderia ser justo diante de Deus, pois como lemos: ninguém pode ser justo diante de Deus pelas obras da lei. E também diz que "todos pecaram".

Mesmo se você nunca tivesse pecado em sua vida (que eu tenho certeza que não é verdade), há ainda o pecado de Adão que passa de geração em geração.

Mas, louvado seja Deus, que uma outra forma tenha sido providenciada pela qual podemos ser justos diante dEle.

Esta forma é chamada de graça. Sim, alguém tinha que trabalhar para que todos esses dons estivessem livremente disponíveis para nós.

No entanto, este alguém não era nem você nem eu, mas o Senhor Jesus Cristo. Romanos 3 nos fala sobre as realizações de Jesus Cristo:

Romanos 3:23-26: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus.”

A redenção está em CRISTO JESUS, não no que você e eu conseguimos realizar.

Isto é muito importante se quisermos compreender a relação que temos com Deus.

Nosso relacionamento é baseado na graça de Deus e nas realizações de Jesus Cristo, não em nosso valor, obras ou realizações.

Somos justos diante de Deus 24 horas por dia. A razão é que este direito foi-nos dado pela graça. Foi dado a nós como um resultado do favor imerecido e amor que Deus tem para nós.

É a "justiça de Deus", não a nossa justiça, ou justiça-própria. Este "de" indica a fonte dessa justiça. Esta fonte não é nem você nem eu, mas Deus.

Somos salvos (para) boas obras e não (pelas) boas obras. A árvore sadia (salva) deve produzir bons frutos (obras).

Isso é o natural, é o comum, é o apropriado, é o mandado de Deus aos Seus salvos: As obras não são necessárias para que uma pessoa seja salva, mas as obras são necessárias na vida de alguém que foi salvo, são frutos preciosos que devem brotar de um coração que agora tem Deus, que agora reconhece o Senhor e Sua santa palavra.

Se essas obras não brotam diariamente desse coração, deve-se questionar se realmente houve uma obra de salvação naquela vida! Infelizmente algumas pessoas que não fazem questão de cultivar esforços positivos (boas obras) em suas vidas.

Pb. João Placoná

domingo, 5 de novembro de 2017

Católicos vs. Protestantes: por que há tanta hostilidade?

CATOLICOS X PROTESTANTES

Esta é uma pergunta simples, mas de resposta complicada, pois há vários graus e motivos para hostilidade entre quaisquer dois grupos religiosos. Esta batalha particular tem suas raízes na história.

Graus de reação vão desde desacordo amigável (como refletido nos vários diálogos ecumênicos produzidos entre os dois grupos), às perseguições abertas e assassinato de protestantes nas mãos de Roma.

Os ensinamentos da Reforma que identificam o papa como a Besta do Apocalipse e/ou o Catolicismo Romano como o Mistério de Babilônia ainda são comuns entre os protestantes. Claramente, qualquer um com esta visão não vai simpatizar com Roma tão cedo.

Hoje, por exemplo, a maioria da hostilidade vem da natureza humana ao lidar com discórdias fundamentais a respeito de verdades eternas. Os ânimos se exaltam nos assuntos mais importantes da vida, e a fé que se abraça (ou pelo menos, assim deveria ser) é a coisa mais importante.

Muitos protestantes pensam que os católicos romanos ensinam um evangelho de obras que não pode salvar, ao passo que os católicos romanos pensam que os protestantes ensinam um “Cristianismo fácil”, que requer nada mais do que uma explosão emocional causada por uma pregação manipuladora.

Os protestantes culpam os católicos por adorar a Maria e os católicos pensam que os protestantes são aparentemente insensíveis demais para entender as distinções que Roma fez em relação a isto. Tais posicionamentos são frequentemente difíceis de vencer.

Atrás dos pontos de discórdia sobre o papel da fé e obras, os sacramentos, o cânone da Escritura, o papel sacerdotal, orações a santos e todos os pontos que dizem respeito à Maria e ao papa, etc., esconde-se a maior ruptura entre o Catolicismo Romano e o Protestantismo: o ponto que diz respeito à autoridade. Como se responde a esta questão da autoridade é o que vai, geralmente, resolver tudo o mais. Veja mais sobre o assunto em IDÓLATRA – To be or not to be.

No que diz respeito a decidir questões teológicas sobre dogmas católicos definidos, não há muito a se discutir no lado católico, pois uma vez que Roma se pronuncia, está decidido.

Este é um problema quando se tenta debater com um católico romano: a razão e as Escrituras não são a autoridade final dos católicos; eles se recolhem à “zona de conforto” da autoridade católica romana.

Assim, muitos dos argumentos entre um protestante e um católico vão girar em torno da “interpretação pessoal” que se tem a respeito das Escrituras como contra os “ensinamentos oficiais da Igreja Católica Romana”.

Os católicos afirmam que, com sucesso evitam os problemas legítimos da interpretação pessoal por sua confiança nas suas tradições. Mas isto simplesmente faz a pergunta retroceder um passo.

A verdade é que tanto a Igreja Católica Romana quanto a Protestante devem, no final, confiar em suas habilidades de raciocínio (para escolher sua autoridade) e seus dotes de interpretação (para entender o que ensina a autoridade) para que determinem no que irão acreditar.

Os protestantes simplesmente são mais inclinados a admitir que este seja o caso. Ambos os lados podem também ser ardentemente leais à fé de suas famílias ou da igreja na qual cresceram sem pensar muito em argumentos doutrinários.

Obviamente há muitas razões possíveis, e apesar de não devermos nos dividir sobre questões secundárias, ambos os lados concordam que devemos nos dividir no que diz respeito a questões primárias.

Além disto, podemos discordar e adorar onde nos achamos em maior sintonia.

No que diz respeito ao Catolicismo Romano e Protestantismo, as diferenças são simplesmente grandes demais para serem ignoradas. Contudo, isto não dá direito a caricaturas ou julgamentos ignorantes: ambos os lados precisam ser honestos em suas análises e tentar não ir além daquilo que Deus já revelou.

Mais uma vez chamo a atenção do querido leitor para visitar nosso artigo IDÓLATRA – To be or not to be lá há maiores esclarecimentos dobre este assunto.

GotQuestions – Português

Pb. João Placoná