terça-feira, 8 de setembro de 2015

Pregamos para salvar e não para agradar


“O que eu digo a vocês na escuridão, falem à luz do dia; o que é sussurrado em seus ouvidos, proclamem dos telhados. “ (Mateus 10:27)

Hoje, em quase todas as igrejas não se fala mais em cruz, em pecado, em inferno e em condenação.

Pastores, líderes de ministérios, evangelistas e nas escolas dominicais (nas poucas que ainda não foram abolidas pelo G12) não se prega mais o verdadeiro, mas sim o conveniente.
 
Muitos estão preocupados em agradar os fiéis e não percebem que os estão levando ao erro, ao pecado e alguns à própria condenação.

Tudo pelo medo de perder suas ovelhas ou escandalizá-las. É mais rentável proferir o que elas desejam ouvir do que aquilo que elas precisam escutar.

Penso eu, todavia, e assim também diz a Palavra ”Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Pois busco eu agora o favor dos homens, ou o favor de Deus? ou procuro agradar aos homens? se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1.9-10).

Quem poderá ser um autêntico ministro do evangelho se não prega aquilo que a Bíblia diz?

Todos os verdadeiros cristãos devem ter como alvo Cristo, sempre devendo agradar a Deus, mesmo que isso importe desagradar a homens.

Temos como exemplo “Respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Importa antes obedecer a Deus que aos homens.” (Atos 5.29). “Não servindo somente à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus.” (Efésios 6.6). “Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não servindo somente à vista como para agradar aos homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor.(Colossenses 3.22).

Mesmo que a Palavra de Deus seja dura, ela deve ser pregada sem receio.

Não sabemos quando Cristo irá voltar, por isso importa pregar o Evangelho, ganhar almas e alertar a igreja acerca das inúmeras mentiras que satanás vem introduzindo em nosso meio.

Filhos de Deus verdadeiros, que amam a Cristo, receberão com amor essa palavra, pois ela exortará, ensinará o verdadeiro caminho, o correto conselho.

Quanto àqueles que estão dentro das igrejas, mas que se escandalizam com a verdade da Palavra,
digo-vos, que seguramente há muito tempo já se acham desviados, não conheceram a Cristo ainda e precisam estabelecer um vínculo sincero com o Senhor. E para isto, a Palavra de Deus, pregada com amor, intrepidez e ousadia também é o remédio.

Nós somos filhos de Deus e o evangelho confiado para disseminar a verdade sem restrições. Está escrito: “mas, assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações.” (I Tessalonicenses 2.4).

Temos a certeza, assim como a parábola dos talentos, que se nos é confiado a proclamação do Evangelho, e por medo, restrição, doutrina, ou mesmo pelo fato de como a igreja vai reagir pela verdade, deixarmos de proclamá-lo devidamente, rodeando a Palavra, evitando a cruz, o sacrifício, o inferno, pagaremos um alto preço a Deus, por termos uma pedra preciosa nas mãos e a enterrarmos no solo da timidez, da omissão ou mesmo da ganância material.

Jesus se dirigiu muitas vezes aos fariseus, doutores na lei, como a hipócritas, miseráveis, pobres, cegos e nus.

Jesus anunciava o Evangelho verdadeiro e não omitia a Palavra para agradar seus ouvintes. Mesmo seus discípulos que o seguiam foram repreendidos, sempre que a ocasião assim o exigisse.

Fujamos daqueles que pregam para manter a igreja cheia, que implantam doutrinas antibíblicas.

A Palavra de Deus nos adverte:  “Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, de modo que nenhum de vós se ensoberbeça a favor de um contra outro. (I Coríntios 4.6).

Muitos têm interferindo na essência do Evangelho, complementando-o com suas doutrinas pessoais, trazendo o erro para dentro da igreja, implantando doutrinas de superstição, revelação, amor ao dinheiro, de imitação do mundo e de glorificação humana.  

São muitas as heresias pronunciadas em nosso meio e que surgem nas tais “revelações”.
Acerca disso, a Bíblia também nos ensina o modo correto de proceder: “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.” (I João 4.1).
Fujamos igualmente dos pregadores sensacionalistas, que gritam tresloucadamente nos púlpitos.
São estes os manipuladores mentais que emotivam a igreja em vez de levar a Palavra da cruz, que salva, que concerta e não a que conforta os nossos pecados. 

“Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita”. (II Pedro 2.1-3).

Muitos são os desafios a serem enfrentados pela Igreja do Senhor e todos eles só serão superados se houver pregação bíblica pura, sincera e irrestrita.

Que não se tire da igreja o direito de saber a verdade somente pelo medo da repercussão ou do escândalo, pois quem ama a Deus receberá com amor aquilo que gerar real edificação.

Aquele que acrescenta ou tira algo da Palavra, pagará o preço (Apocalipse 22.18-19).

Pr. Reinaldo Ribeiro
Pb. João Placoná