quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Muito cuidado na escolha da Igreja

Já se passou o tempo em que o crente era um personagem conhecido de longe, não só pelo seu andar com a família, com a bíblia em baixo do braço e também pelo seu comportamento, dentro e fora da igreja.

Pessoas simples que procuravam se vestir de maneira discreta e geralmente não se misturavam com pessoas do mundão, além é claro, tementes a Deus por excelência.

Era comum encontrarmos nos bancos das igrejas o livrinho da harpa cristã contendo letras de músicas que realmente edificavam.

Infelizmente, nos últimos 20 anos, houve uma transformação gigantesca e não foi pra melhor.

Hoje, a igreja evangélica está numa situação tão escandalosa que o testemunho pessoal já não mais importa. Ter uma conduta irrepreensível, ilibada e devotada é tido como algo obsoleto, uma postura de gente quadrada.

O crente moderno gosta de fazer o que o mundano faz: adere aos modismos e à sensualidade visual, gosta de ouvir músicas mundanas, veste-se sem pudor, tem a língua afiada para proferir torpezas, piadas sujas ou para exigir direitos.

A liturgia moderna sacraliza danças coreográficas e sensuais dentro da igreja e até mesmo pastores humoristas lotam igrejas e casas de espetáculos, trocando sua "pregação descolada" pela fortuna gerada na bilheteria, pois o que eles receberam de graça, de graça eles não dão.

O crente moderno não é mais um adorador - ele agora é cantor gospel.

Encontros de louvor são coisas do passado, agora crentes pulam, gritam e entram em êxtase em shows que não deixam nada a dever para o mundo.

O crente moderno profetiza e reivindica/determina para si o melhor desta terra, mas não aceita os deveres espirituais, morais e sociais da fé cristã – os quais são a única forma de diferenciar um cristão de um ímpio, interna e externamente.

Na verdade, ser evangélico hoje é uma mistura de tendências da moda, hedonismo, ativismo politiquista, crise ética, relativismo moral, sincretismo religioso e de uma rebeldia explícita.

A Igreja é um clube. O louvor é um show. O evangelho é uma curtição.

“Revelações” são idolatradas. Bíblia, nem pensar.

Essa modificação no cenário evangélico reprimiu a influência do Santo Espírito.

Não há muitas conversões com constrangimento e compulsão como houve em Atos.

Não há mais temor como existe nas Escrituras. O genuíno poder de Deus, seguido de milagres e maravilhas, deu lugar a uma encenação midiática, de feições teatrais flagrantes, cujo único fruto tem sido a perda da credibilidade cristã e o fornecimento de munição para as ideologias racionalistas e agnósticas.

Nunca foi tão fácil ser ateu e esse mérito é todo da "igreja moderna".

Mas ainda temos uma boa notícia para propagar aqui. Há muitos joelhos que decididamente não se dobram aos baalins e mamons usurpadores do santuário cristão.

Louvamos a Deus por essas vidas e aqui as estimulamos a permanecerem firmes e distantes desse avassalador processo de secularização da Igreja.

O trigo conhece o seu papel de santidade no reino. Já o joio assume um compromisso que se limita a programações, decretos apostólicos e visões fajutas. 

À Noiva de Cristo cabe pregar a Palavra e viver por ela. A maioria dos evangélicos esqueceu esse preceito e por esse motivo também será esquecida no tempo das bodas, infelizmente!

Portanto, peça ao Senhor que abra as portas de uma boa igreja onde você poderá receber uma boa Palavra e crescer na fé.

Fique na paz do Senhor!

Pr. Reinaldo Ribeiro

Pb. João Placoná