Já se passou o tempo em que o crente era um personagem conhecido de longe, não só pelo seu andar com a família, com a bíblia em baixo do braço e também pelo seu comportamento, dentro e fora da igreja.
Pessoas simples que procuravam se vestir de maneira discreta e geralmente não se misturavam com pessoas do mundão, além é claro, tementes a Deus por excelência.
Era comum encontrarmos nos bancos das igrejas o livrinho da harpa cristã contendo letras de músicas que realmente edificavam.
Infelizmente, nos últimos 20 anos, houve uma transformação gigantesca e não foi pra melhor.
Hoje, a igreja evangélica está numa situação tão escandalosa que o testemunho pessoal já não mais importa. Ter uma conduta irrepreensível, ilibada e devotada é tido como algo obsoleto, uma postura de gente quadrada.
O crente moderno gosta de fazer o que o mundano faz: adere aos modismos e à sensualidade visual, gosta de ouvir músicas mundanas, veste-se sem pudor, tem a língua afiada para proferir torpezas, piadas sujas ou para exigir direitos.
A liturgia moderna sacraliza danças coreográficas e sensuais dentro da igreja e até mesmo pastores humoristas lotam igrejas e casas de espetáculos, trocando sua "pregação descolada" pela fortuna gerada na bilheteria, pois o que eles receberam de graça, de graça eles não dão.
O crente moderno não é mais um adorador - ele agora é cantor gospel.
Encontros de louvor são coisas do passado, agora crentes pulam, gritam e entram em êxtase em shows que não deixam nada a dever para o mundo.
O crente moderno profetiza e reivindica/determina para si o melhor desta terra, mas não aceita os deveres espirituais, morais e sociais da fé cristã – os quais são a única forma de diferenciar um cristão de um ímpio, interna e externamente.
Na verdade, ser evangélico hoje é uma mistura de tendências da moda, hedonismo, ativismo politiquista, crise ética, relativismo moral, sincretismo religioso e de uma rebeldia explícita.
A Igreja é um clube. O louvor é um show. O evangelho é uma curtição.
“Revelações” são idolatradas. Bíblia, nem pensar.
Essa modificação no cenário evangélico reprimiu a influência do Santo Espírito.
Não há muitas conversões com constrangimento e compulsão como houve em Atos.
Não há mais temor como existe nas Escrituras. O genuíno poder de Deus, seguido de milagres e maravilhas, deu lugar a uma encenação midiática, de feições teatrais flagrantes, cujo único fruto tem sido a perda da credibilidade cristã e o fornecimento de munição para as ideologias racionalistas e agnósticas.
Nunca foi tão fácil ser ateu e esse mérito é todo da "igreja moderna".
Mas ainda temos uma boa notícia para propagar aqui. Há muitos joelhos que decididamente não se dobram aos baalins e mamons usurpadores do santuário cristão.
Louvamos a Deus por essas vidas e aqui as estimulamos a permanecerem firmes e distantes desse avassalador processo de secularização da Igreja.
O trigo conhece o seu papel de santidade no reino. Já o joio assume um compromisso que se limita a programações, decretos apostólicos e visões fajutas.
À Noiva de Cristo cabe pregar a Palavra e viver por ela. A maioria dos evangélicos esqueceu esse preceito e por esse motivo também será esquecida no tempo das bodas, infelizmente!
Portanto, peça ao Senhor que abra as portas de uma boa igreja onde você poderá receber uma boa Palavra e crescer na fé.
Fique na paz do Senhor!
Pr. Reinaldo Ribeiro
Pb. João Placoná