(1) Sobre o perdão de Deus aos pecados que cometemos, a Bíblia é bem clara quando diz que:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).
O que Deus exige de nós é o arrependimento e a confissão.
Essas duas ações demonstram que estamos dispostos a construir uma nova história, lutando contra o erro. A Bíblia é clara quando afirma que Deus perdoa sim o arrependido.
(2) A única exceção apontada na Bíblia é contra o pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo. A Bíblia afirma que esse pecado é imperdoável.
Mas, o que vem a ser pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo?
A blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado singular e somente abrange aqueles que já experimentaram o poder do Espírito em suas vidas e depois por algum motivo o rejeitaram com escárnio e endurecimento.
A blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado diferente dos demais; pois, para ele não há perdão.
Os fariseus o cometeram quando, com intuito de afastar o povo de seguir a Jesus, afirmaram que Ele havia expulsado demônios pelo espírito de Belzebu: Mt. l2.24.
Pecado contra o Espírito Santo é rejeitar as mais claras provas de que as obras de Jesus foram feitas pelo poder do Espírito e alegar que estes milagres pertencem ao Diabo.
Isso é sinal de endurecimento completo, a ponto de não existir nenhuma esperança de arrependimento e conversão: o pecador torna-se incapaz de conhecer ou distinguir o divino do diabólico.
Aquele que comete pecado dessa natureza sofre um afastamento imediato do Espírito Santo da sua vida, o que ocasiona morte espiritual total.
É necessário ressaltar que, às vezes, aparecem pessoas, até chorando, por acharem que pesa sobre elas este pecado e, julgam que nunca poderão ser perdoadas.
Porém, só o fato de estarem arrependidas, desejosas de salvação ou perdão, prova que não blasfemaram contra o Espírito Santo; pois, o próprio Espírito os está chamando para o arrependimento.
Para uma pessoa chegar a pecar contra o Espírito Santo, ela tem que estar com a mente e o coração totalmente cauterizados pelo diabo.
A blasfêmia contra o Espírito Santo consiste na rejeição da graça divina.
(3) Algumas pessoas, porém, são tomadas por um sentimento de culpa tão grande, que muitas vezes, chegam a questionar se Deus as perdoou. Mas na realidade o que ocorre é que a própria pessoa não se perdoa.
Muitas vezes temos expectativas de agir de uma forma, mas agimos de outra e decepcionamos a nós mesmos. O apóstolo Paulo observou muito bem essa realidade:
“Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7:19).
O diabo se aproveita muitas vezes dessa nossa decepção com nós mesmos e nutre a nossa culpa, de forma que, mesmo perdoados por Deus, ainda nos culpamos.
Nesse caso, precisamos aprender a nos perdoar e a nos dar uma nova oportunidade de fazer diferente, assim como Deus nos dá.
(4) É importante observar também que às vezes achamos que Deus não irá perdoar determinado pecado por acharmos que ele é muito grave.
Realmente, existem pecados muito graves, mas a Bíblia nos mostra que Deus sempre acolherá o arrependido:
“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmos 51:17).
Jesus mostrou essa realidade quando perdoou uma prostituta, quando perdoou um ladrão que fora crucificado ao Seu lado, quando se aproximou de pessoas que tinham cometido pecados graves e as transformou.
(5) Assim, concluímos que Deus sempre perdoará o arrependido, mas que o arrependido precisa também se perdoar e buscar construir uma nova história, agora, seguindo aquilo que agrada a Deus, vivendo uma nova vida.
Foi o que Paulo observou na vida dos crentes de Éfeso, quando testificou a mudança de vida deles:
“Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Efésios 5:8).
Pb. André Sanchez
Pb. João Placoná