
A morte à Luz da
Bíblia
A ideia escriturística da morte inclui a morte física,
a morte espiritual e a morte eterna.
Naturalmente, a morte física e a espiritual são
discutidas em conexão com a doutrina do pecado, e a morte eterna é considerada
mais particularmente na escatologia geral.
Por essa razão, uma discussão da morte em qualquer
sentido da palavra poderia parecer fora de lugar na escatologia individual.
Todavia, dificilmente se poderia deixar totalmente fora
de consideração, ao se fazer a tentativa de relacionar as gerações passadas com
a consumação final.
A.
Natureza da Morte Física.
A Bíblia contém algumas indicações instrutivas quanto à
natureza da morte física. Fala desta de várias maneiras. Em Mt 10.28 e Lc 12.4,
fala-se dela como a morte do corpo, em distinção da morte da alma (psyche).
Ali o corpo é considerado como um organismo vivo, e a
psyche é evidentemente o pneuma do homem, o elemento espiritual que constitui o
princípio da sua vida natural. Este conceito da morte natural também está
subjacente à linguagem de Pedro em 1 Pe
3.14-18.
Noutras passagens é descrita como o término da psyche,
isto é, da vida animal, ou como a perda desta, Mt 2.20; Mc 3.4; Lc 6.9; 14.26;
Jo 12.25; 13.37, 38; At 15.26; 20.24, e outras passagens. E, finalmente, também
é descrita como separação de corpo e alma, Ec 12.7 (comp. Gn 2.7); Tg 2.26,
ideia também básica em passagens como Jo 19.30; At 7.59; Fp 1.23. Cf. também o
emprego de êxodos (“partida”) em Lc 9.31; 2 Pe 1.15,
16.
Em vista disso tudo, pode-se dizer que, de acordo com a
Escritura, a morte física é o término da vida física pela separação de corpo e
alma. Jamais uma aniquilação, apesar de algumas seitas descreverem a morte dos
ímpios como tal. Deus não aniquila coisa alguma de Sua
criação.
A morte não é uma cessação da existência, mas uma
disjunção das relações naturais da vida.
A vida e a morte não são antagônicas entre si como
ocorre com a existência e a não existência, mas são mutuamente opostas somente
como diferentes modos de existência.
É deveras impossível dizer exatamente o que é a morte.
Falamos dela como a cessação da vida física, mas então surge imediatamente a
pergunta:
O que é precisamente a vida? E não temos resposta. Não
sabemos o que é a morte em sua essência, mas a conhecemos somente em suas
relações e ações. E a experiência nos ensina que, onde estas são separadas e
cessam, a morte entra.
A morte é um rompimento das relações naturais da vida.
Pode-se dizer que o pecado é per se (por si mesmo) morte, porque representa um
rompimento das relações vitais do homem, criado à imagem de Deus, com o seu
Criador.
Significa a perda dessa imagem e, consequentemente,
perturba todas as relações da vida. Este rompimento também se dá na separação de
corpo e alma, chamada morte física.
B.
Relação Entre o Pecado e a Morte.
Os pelagianos e os socinianos ensinam que o homem foi
criado mortal, não meramente no sentido de que ele poderia cair presa da morte,
mas no sentido de que ele, em virtude da sua criação, estava sob a lei da morte,
e, no transcurso do tempo, estava destinado a morrer.
Isto significa que Adão não era somente suscetível de
morte, mas estava realmente sujeito à morte antes de cair. Os defensores deste
conceito eram movidos primariamente pelo desejo de fugir da prova do pecado
original extraída do sofrimento e morte das
crianças.
A ciência dos dias atuais parece dar apoio a essa
posição acentuando o fato de que a morte é lei da matéria organizada, visto que
esta traz consigo a semente da decadência e da dissolução.
Alguns dos chamados pais primitivos da igreja e alguns
teólogos mais recentes, como Warbuton e Laidlaw, assumem a posição de que Adão
de fato foi criado mortal, isto é, sujeito à lei da dissolução mas que, no caso
dele, a lei só foi efetiva porque ele pecou.
Se tivesse comprovado a sua obediência, teria sido
exaltado a um estado de imortalidade. Seu pecado não produziu nenhuma mudança em
seu ser constitucional, nesse aspecto, mas, sob a sentença de Deus, fê-lo
sujeito à lei da morte e o privou da dádiva da imortalidade, que poderia ter
tido sem experimentar a morte.
Naturalmente, neste conceito a entrada fatual da morte
continua tendo caráter penal. É um conceito que encaixaria muito bem na posição
supralapsária, mas não é exigido por esta.
Na realidade, essa teoria procura apenas enquadrar os
fatos revelados na Palavra de Deus nos pronunciamentos da ciência, mas mesmo
estes não a consideram imperativa.
Suponhamos que a ciência provasse conclusivamente que a
morte reinava no mundo vegetal e animal antes da entrada do pecado; mesmo então
não se seguiria necessariamente que ela também prevalecia no mundo dos seres
racionais e morais. E ainda que ficasse estabelecido sem sombra de dúvida que
todos os organismos físicos, os humanos inclusive, trazem dentro de si as
sementes da dissolução, isto ainda não provaria que o homem não foi uma exceção
à regra, antes da Queda. Diremos nós que o absoluto poder de Deus, pelo qual o
universo foi criado, não era suficiente para manter o homem com vida
indefinidamente?
Além disso devemos ter em mente os seguintes dados da
Escritura:
(1) O homem foi criado à imagem de Deus, e isto, em
vista das perfeitas condições em que a imagem de Deus existiu originariamente,
por certo exclui a possibilidade de que trouxesse consigo as sementes da
dissolução e da mortalidade.
(2) A morte física não é apresentada na Escritura como
resultado natural da continuidade da condição original do homem, devido ao seu
fracasso em não conseguir subir às alturas da imortalidade pelo caminho da
obediência; mas, sim, como resultado da sua morte espiritual, Rm 6.23; 5.21; 1
Co 15.56; Tg 1.15.
(3) As expressões bíblicas certamente indicam a morte
como uma coisa introduzida no mundo da humanidade pelo pecado, e como uma
punição positiva pelo pecado, Gn 2.17; 3.19; m 5.12, 17; 6.23; 1 Co 15.21; Tg
1.15.
(4) A morte não é descrita como algo natural na vida do
homem, mera falha de um ideal, e sim assaz decisivamente como algo alheio e
hostil à vida humana: é uma expressão da ira divina, Sl 90.7, 11, um julgamento,
Rm 1.32, uma condenação, Rm 5.16 e uma maldição, Gl 3.13, e enche os corações
dos filhos dos homens de temor e tremor, justamente porque é tida como uma coisa
antinatural.
Tudo isso não significa, porém, que não poderia ter
havido morte nalgum sentido da palavra no mundo da criação inferior,
independentemente do pecado, mas, mesmo ali, é evidente que a entrada do pecado
trouxe um cativeiro de corrupção que era estranho à criatura, Rm
8.20-22.
Por estrita justiça, Deus poderia ter imposto a morte
ao homem no mais completo sentido da palavra imediatamente após a sua
transgressão, Gn 2.17.
Mas, por Sua graça comum, restringiu a operação do
pecado e da morte, e, por Sua graça especial em Cristo Jesus, venceu estas
forças hostis, Rm 5.17; 1 Co 15.45; 2 Tm 1.10; Hb 2.14; Ap 1.18;
20.14.
A morte realiza agora plenamente a sua obra só nas
vidas que recusam a libertação do seu jugo, libertação oferecida em Cristo
Jesus. Os que creem em Cristo estão livres do poder da morte, foram restaurados
à comunhão com Deus, e foram revestidos de uma vida sem fim, Jo 3.36; 6.40; Rm
5.17-21; 8.23; 1 Co 15.26, 51-57; Ap 20.14; 21.3,
4.
C.
Significado da Morte dos Crentes.
A Bíblia fala da morte física como punição, como “o
salário do pecado”. Dado, porém, que os crentes estão justificados e não estão
mais na obrigação de prestar qualquer satisfação penal, surge naturalmente a
questão:
Por que eles têm que morrer? É mais que evidente que,
quanto a eles, o elemento penal e retirado da morte. Não se acham mais sob a
lei, quer como exigência da aliança das obras, quer como poder condenatório,
visto haverem obtido completo perdão por todos os seus pecados. Cristo se fez
maldição por eles, e, assim, removeu a pena do pecado. Mas, se é assim, por que
Deus ainda julga necessário faze-los passar pela dolorosa experiência da
morte?
Por que simplesmente não os transfere de uma vez para o
céu?
Não se pode dizer que a destruição do corpo é
absolutamente essencial para uma perfeita santificação, uma vez que isso é
contraditado pelos exemplos de Enoque e Elias.
Tampouco é satisfatório dizer que a morte liberta o
crente dos males e sofrimentos da presente vida e dos estorvos do pó, livrando o
espírito do grosseiro e carnal corpo atual.
Deus poderia também realizar esta libertação por uma
transformação súbita, como a que os santos vivos experimentarão por ocasião da
parousia.
É evidente que a morte dos crentes deve ser considerada
como a culminação dos corretivos que Deus ordenou para a santificação do Seu
povo. Conquanto a morte, em si mesma, continue sendo um verdadeiro mal natural
para os filhos de Deus, uma coisa antinatural que, como tal, é temida por eles,
na economia da graça se faz subserviente ao seu progresso espiritual e aos
melhores interesses do reino de Deus.
A própria ideia da morte, as aflições que cercam a
morte, o sentimento de que as doenças são prenúncios da morte, e a consciência
da aproximação da morte – tudo isso tem um efeito benéfico sobre o povo de Deus.
Serve para humilhar os orgulhosos, para mortificar a
carnalidade, para refrear o mundanismo e para fomentar a mentalidade espiritual.
Na união mística com o seu Senhor, os crentes são levados a participar das
experiências de Cristo.
Justamente como Ele entrou em Sua glória pelo caminho
dos sofrimentos e morte, eles também só podem tomar posse da sua herança eterna
por meio da santificação. Muitas vezes a morte é a prova suprema do vigor da fé
que há neles, e com frequência provoca extraordinárias manifestações da
consciência de vitória precisamente na hora da derrota aparente, 1 Pe 4.12, 13.
Ela completa a santificação das almas dos crentes, de sorte que eles passam
imediatamente a ser “espíritos dos justos aperfeiçoados”, Hb 12.23; Ap 21.27.
Para os crentes, a morte não é o fim, mas o início de
uma vida perfeita. Eles adentram a morte com a certeza de que o seu aguilhão já
foi retirado, 1 Co 15.55, e de que ela é para eles a porta do
céu.
Eles dormem em Jesus, 1 Ts 4.14 (Almeida, Rev. e
Corrigida; cf. também Ap 14.13), e sabem que até os seus corpos serão finalmente
arrebatados do poder da morte, para estarem para sempre com o Senhor, Rm 8.11; 1
Ts 4.16, 17.
Disse Jesus: “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”
(Jo 11.25). E Paulo tinha a bem-aventurada consciência de que, para ele, o viver
é Cristo, e o morrer era lucro. Daí, pôde ele entoar com jubilosas notas, no fim
de sua carreira: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já
agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará
naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda”,
2 Tm 4.7, 8.
A Invocação de Mortos à Luz da
Bíblia
Reencarnação e invocação de mortos são as duas
principais estacas de sustentação de toda a fraude espiritista. Se ambas puderem
ser removidas, o espiritismo ruirá
irremediavelmente.
1. O
QUE A BÍBLIA Diz
Aos hebreus que saíram do Egito e se aproximavam de
Canaã, por intermédio de Moisés, disse o Senhor
Deus:
"Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te
der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações.
Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu
filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem
feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito
adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz
tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor, teu Deus, as
lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o Senhor, teu Deus. Porque
estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores;
porém a ti o Senhor, teu Deus, não permitiu tal coisa" (Dt
18.9-14).
Com base nestas palavras de Moisés, no seu livro O Céu
e o Inferno, aduz Allan Kardec: "... Moisés devia, pois, por política, inspirar
nos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhança e pontos de
contato com o inimigo".
2.
DEUS CONDENA A INVOCAÇÃO DE MORTOS
Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos
cananeus baseado em razões simplesmente políticas, como afirma Allan Kardec,
atesta a completa ignorância do espiritismo quanto às Escrituras
Sagradas.
A proibição divina de consultar os mortos não prova que
havia comunicação com os mortos. Prova apenas que havia a consulta aos mortos, o
que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de
comunicação.
Na prática de tais consultas aos mortos, sempre
existiram embustes, mistificações, mentiras, farsas e manifestações de demônios.
É o que acontece nas sessões espíritas, onde espíritos
demoníacos, espíritos enganadores, manifestam-se, identificando-se como pessoas
amadas que faleceram.
Alguns desses espíritos têm aparecido, identificando-se
com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos
éticos e humanitários, que terminam sempre em destroços. São espíritos que se
prestam ao serviço do pai da mentira, Satanás.
O povo de Deus, porém, possui a inigualável revelação
de Deus pela qual disciplina a sua vida: "Quando vos disserem: Consultai os que
têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes;
— não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os
mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca
verão a alva" (Is 8.19,20).
3. O
ESTADO DOS MORTOS
O testemunho geral das Escrituras é que os mortos,
devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada do que se faz e
acontece na Terra. Consulte os seguintes textos: Eclesiastes 9.5,6; Salmos
88.10-12; Isaías 38.18,19; Jó 7.9,10.
Nenhum dos textos bíblicos mencionados contradiz a
esperança bíblica da ressurreição dos mortos, uns para a vida eterna, outros
para vergonha e perdição eterna.
Os citados textos mostram, sim, que o homem após a
morte, na sepultura, jamais poderá voltar à vida de outrora, e que na sepultura
nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos que ainda estão na
Terra.
A Comunicação com os Mortos à Luz da
Bíblia
A
HISTÓRIA DE SAMUEL E SAUL
Às vezes, a história de Samuel e Saul é usada para
justificar a comunicação com os mortos. Nessa circunstância notável, Samuel,
aparentemente, foi trazido de volta do mundo dos mortos, mas pela médium de
En-Dor. Deus mesmo parece ter realizado esse milagre; só esse ato surpreendente
explicaria o terror da médium (1Samuel
28:3-25).
Devemos lembrar que a voz de Samuel não falou por meio
dos lábios dessa médium.
Samuel e Saul falaram diretamente um com o outro por
causa desse surpreendente milagre. E mais, o Altíssimo ficou descontente com a
tentativa desesperada de Saul de consultar o profeta morto. Não é de admirar que
Saul tenha ouvido uma profecia de julgamento de que ele e seus filhos morreriam
no dia seguinte — profecia essa que foi
cumprida.
A
TENTATIVA DE FALAR COM O MORTO
A tentativa de falar com o morto é condenada de maneira
consistente por Deus (Deuteronômio
18:10,11,12).
A BÍBLIA ORDENA: “Não os seus filhos em sacrifícios,
queimando-os no altar. Não deixem que no meio do povo haja adivinhos ou pessoas
que tirem sortes; não tolerem feiticeiros, nem quem faz despachos, nem os que
invocam os espíritos dos mortos. O SENHOR Deus detesta os que praticam essas
coisas nojentas... (Deuteronômio 18:10,11,12 -
NTLH)”
OS
DEMÔNIOS PERSONIFICAM O MORTO
Contudo, há espíritos que personificam o morto. O
truque deles é complexo, pois conseguem, de fato, falar sobre amor, o valor da
religião ou fazer referências favoráveis a Cristo. E é claro que sabem o
bastante sobre o morto para enganar o incauto.
Os demônios personificaram o morto para criar a ilusão
de que os vivos podem se comunicar com os mortos. Esses espíritos têm um
impressionante conhecimento da vida da pessoa morta, uma vez que observam com
atenção os indivíduos enquanto estão vivos. Por meio do poder de iludir, eles
conseguem imitar a voz, personalidade e, até mesmo, a aparência da pessoa
morta.
FANTASMAS SÃO
DEMÔNIOS
A habilidade de espíritos demoníacos de simular a
personalidade do morto ajuda-nos a entender casas assombradas. Enquanto estava
hospedado em um hotel perto de Calgary, um jornal local publicou uma história
dizendo que havia, pelo menos, dois fantasmas no belo prédio. Um dos empregados
mostrou-nos uma escadaria de mármore onde vivia um desses fantasmas (fato
comprovado pelo testemunho dos empregados).
Anos atrás, uma recém-casada rolara escada abaixo e
batera a cabeça, o que resultou em sua morte. Fomos informados que, agora, seu
espírito vivia na escadaria e aparecia com alguma
regularidade.
1.
Como explicamos esse fenômeno?
Quando uma pessoa habitada por espíritos malignos
morre, esses demônios precisam se transferir para outro lugar. Frequentemente,
eles escolhem permanecer no lugar em que a morte aconteceu (isso parece ser
especialmente verdade no caso de mortes violentas, como assassinato e suicídio).
Eles assumem o nome e as características da pessoa morta e fazem aparições
ocasionais sob esse disfarce. Essas entidades (como são frequentemente chamadas
hoje) são espíritos malignos que, muitas vezes, posam como “fantasmas
amigáveis”.
CONSULTAR UM MÉDIUM É DAR AS COSTAS A
DEUS
Tentar contatar o morto é propor associação com hostes
das trevas fingindo ser anjos de luz que estão ali para ser úteis. Isaías, o
profeta, advertiu o povo de que consultar um médium era dar as costas a
Deus.
“Quando disserem a vocês: ‘Procurem um médium ou alguém
que consulte os espíritos e murmure encantamentos, pois todos recorrem a seus
deuses e aos mortos em favor dos vivos’, respondam: ‘À lei e aos mandamentos!’
Se eles não falarem conforme esta palavra, vocês jamais verão a luz” (Isaías
8:19,20).
DEUS
ABOMINA TODAS AS MANEIRAS DE OCULTISMO
Ocultismo, de qualquer espécie, não é uma fonte
confiável de informação em relação ao que acontece após a morte. Ele só prova a
existência de um mundo espiritual, um mundo de engano e de conhecimento obscuro.
Deus abomina todas as maneiras de ocultismo (Levítico 19:31; Deuteronômio
18:9-12; Isaías 8:19,20; 1 Coríntios
10:14-22).
CONCLUSÃO
A questão, claro, é que toda informação sobre a vida
após a morte que vem de espíritos ou canalizadores não é confiável. Os que se
voltam para o mundo oculto para buscar conhecer a morte estão
equivocados.
Sim, há vida após a morte, mas não aprendemos os
detalhes dela com demônios, cujo principal deleite é confundir e enganar.
Ninguém que proclamado ser um guru é qualificado para
nos informar a respeito da eternidade. Ninguém pode provar que ele, ou ela,
viveu a experiência de ser reciclado de outra
existência.
Podem os mortos ajudar os
vivos?
Para saber se os mortos podem ou não ajudar os vivos,
leia a história do rico e Lázaro, contada por Jesus no Evangelho de Lucas
16.19-31. Precisamente, os versículos 22 e 23 dizem: "E aconteceu que o mendigo
morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e
foi sepultado. E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao
longe Abraão e Lázaro, no seu seio".
1. UM
QUADRO CONTRASTANTE
Veja que contraste: Lázaro morre e é levado ao Paraíso
de Deus, enquanto o rico, ao morrer, é lançado no inferno de horror, de onde, em
agonia, clama: "Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe
na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado
nesta chama" (v. 24).
Naquele instante de extrema dor e sofrimento, um
pequenino favor de Lázaro seria suficiente para amenizar o sofrimento daquele
infeliz; porém, o pai Abraão respondeu: "... Filho, lembra-te de que recebestes
os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e
tu, atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de
sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os
de lá, passar para cá" (vv. 25,26).
2.
ALGUMAS CONCLUSÕES DESTA PASSAGEM
Feita uma análise desta passagem, as conclusões a que
chegamos são:
a) A vida
no porvir será uma consequência natural da vida que se viveu aqui na Terra:
Lázaro, que era piedoso e temente a Deus aqui, ao morrer foi levado para o
Paraíso, enquanto o homem rico, vaidoso e indiferente às necessidades dos
outros, morreu e foi levado para o inferno de trevas e
sofrimento.
b) O lugar onde serão lançados os perdidos será um
lugar de sofrimento eterno, e não um lugar de purificação e aperfeiçoamento dos
espíritos.
c) Se ao
homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, abre-se-lhe uma porta de escape após
a morte, como admite o espiritismo, o Evangelho de Cristo deixa de ser o que é,
ao passo que o sacrifício de Cristo torna-se a coisa mais absurda sobre a qual
já se teve notícia.
d. Se um
falecido pudesse, de alguma forma ajudar os seus entes queridos vivos, o rico
não teria rogado a Abraão que enviasse Lázaro ou um dos mortos à casa dos seus
irmãos, a fim de adverti-los do perigo de cair no inferno; ele mesmo teria feito
isto.
e. Se fosse possível que o espírito de um falecido
pudesse ajudar os vivos, Deus teria permitido que Lázaro, um dos mortos, ou o
próprio homem rico exercesse influência junto aos parentes
deste.
f. Tudo quanto o homem precisa conhecer concernente à
salvação e à vida eterna acha-se exarado nos escritos de Moisés, dos profetas,
dos evangelistas e dos apóstolos do nosso Senhor Jesus
Cristo.
Toda a revelação divina escrita encerra-se nas
seguintes palavras de Jesus Cristo: "Eu testifico a todo aquele que ouvir as
palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus
lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar
qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte
da árvore da vida, e da Cidade Santa, que estão descritas neste livro" (Ap
22.18,19).
Assim, os chamados "bons ensinamentos" dos espíritos
dos mortos, defendidos pelo espiritismo, nada mais são do que ensinamentos de
demônios, pois apresentam-se como nova fonte de revelação, em detrimento da
verdadeira revelação de Deus — a Bíblia
Sagrada.
Fontes:
Raimundo
F. de Oliveira
Erwin
Lutzer
Escatologia
Bíblica
Pb.
João Placoná