sábado, 1 de fevereiro de 2020

Existe diferença entre venerar e adorar?



Adoração e veneração são conceitos que confundem muito. Faremos duas explicações aqui, sendo a explicação teórica dos significados e a explicação prática, ou seja, como esses dois conceitos são colocados em prática em ações e o que eles realmente apontam sobre as atitudes das pessoas.


 (1) O conceito de venerar pessoas que tiveram muita importância é um conceito mais presente no catolicismo romano. Venerar significa algo como dar uma honra especial a alguém que merece essa honra. Geralmente os maiores focos de veneração são Maria e as centenas de santos canonizados. A ideia de venerar está ligada a certo respeito que se tem pela pessoa e obra realizada por ela enquanto esteve viva. Nesse sentido, inclusive, muitos foram canonizados, se tornando assim santos diante das pessoas.

(2) O conceito de adorar só é aplicado a Deus. Somente Deus pode ser adorado segundo a Bíblia Sagrada: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3). Assim, adorar significa prestar culto, prestar honra de uma forma única, exclusiva e escolhida por Deus e revelada nas Escrituras Sagradas.

 (3) Vistos os dois conceitos, podemos agora pontuar que teoricamente não existe problema nenhum em honrar pessoas. A Bíblia até nos ensina a fazer isso: “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Romanos 13:7). Devemos honrar as pessoas não só vivas, mas aquelas que já passaram por aqui, respeitando seu legado e aprendendo com ele. Podemos, por exemplo, apenas para citar um exemplo, relembrar a grande fé de Moisés, sua paciência, e seu trabalho em prol do povo de Deus, etc.

Venerar e adorar na prática

(4) O grande problema de toda essa questão é a prática. Como muitas pessoas têm venerado, por exemplo, pessoas que já morreram? Têm feito pedidos a essas pessoas, têm se ajoelhado diante de imagens delas, têm acendido velas para elas, têm atribuído milagres a elas, têm feito procissões carregando imagens delas, têm composto músicas a elas?

A grande pergunta é: Essas ações são veneração ou adoração? Fica claro que muitas vezes, na prática, a veneração se transforma em adoração, portanto, vira pecado.

Observe, por exemplo, a atitude do apóstolo João repreendida pelo anjo que não aceitou que ele se ajoelhasse perante ele: “Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus…” (Apocalipse 19:10).

(5) Assim, podemos concluir que venerar e adorar têm sido atitudes muito confundidas por muita gente em nossos tempos. Por isso, é importante ressaltar que Deus não aceita tais ações chamadas de veneração, mas que, na prática, são uma adoração disfarçada que usurpa a glória que é devida somente a Deus: “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Isaías 42:8).

Pb. André Sanches
Pb. João Placoná