quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Dízimo / Oferta

 

dizimo - oferta

A questão do dízimo gera dificuldade e resistência em muitos cristãos. Em muitas igrejas, o dízimo recebe excessiva ênfase. Ao mesmo tempo, muitos cristãos não se submetem à exortação bíblica em ofertar ao Senhor.

O dízimo e as ofertas deveriam ser uma alegria, uma bênção. Mas raramente é o que acontece nas igrejas hoje, infelizmente.
Dar o dízimo é um conceito do Velho Testamento. O dízimo era exigido pela lei na qual todos os israelitas deveriam dar ao Tabernáculo/Templo 10% de todo o fruto de seu trabalho e de tudo o que criassem (Levítico 27:30; Números 18:26; Deuteronômio 14:22; II Crônicas 31:5; Malaquias 3:8-10).

Alguns entendem o dízimo no Velho Testamento como um método de taxação destinado a prover pelas necessidades dos sacerdotes e Levitas do sistema sacrificial.

O Novo Testamento, em nenhum lugar ordena, e nem mesmo recomenda que os cristãos se submetam a um sistema legalista de dizimar. Paulo afirma que os crentes devem separar uma parte de seus ganhos para sustentar a igreja (I Coríntios 16:1-2).
O Novo Testamento, em lugar algum, determina certa porcentagem de ganhos que deva ser separada, mas apenas diz “conforme a sua prosperidade” (I Coríntios 16:2).

A igreja cristã basicamente tomou esta proporção (10%) do dízimo do Velho Testamento e a incorporou como um “mínimo recomendado” para o ofertar cristão.

Entretanto, os cristãos não deveriam se sentir obrigados a se prender sempre à quantia de 10%. Deveriam sim dar de acordo com suas possibilidades, “conforme sua prosperidade”.

Às vezes, isto significa dar mais do que 10%, às vezes, dar menos que 10%. Tudo depende das possibilidades do cristão e das necessidades da igreja.

Cada cristão deve cuidadosamente orar e buscar a sabedoria vinda de Deus no tocante a sua participação com o dízimo e/ou a quanto deve dar (Tiago 1:5). “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Coríntios 9:7).

É um grande erro acharmos que podemos comprar as bênçãos de Deus dando dízimos, ofertando ou mesmo sendo obedientes as leis de Deus com o objetivo de extrair de Deus alguma bênção.

Mas é verdade também que Deus abençoa aqueles que obedecem a Sua vontade de coração, que não são avarentos, que abrem as mãos aos necessitados e agem como Ele deseja. Deus sempre abençoa a obediência.

No entanto, essas coisas boas que podemos fazer não podem de forma alguma nos levar a pensar que por conta delas Deus passe a ser um devedor de bênção a nós. Ou seja, achar em nosso coração que podemos fazer algo e isso que fazemos gere em Deus a obrigatoriedade de nos abençoar como desejamos.

Tal pensamento fere completamente o ensino bíblico sobre a graça e a soberania de Deus. Quando fazemos algum bem é sempre porque Deus já nos abençoou e já nos deu forças para fazê-lo.

Muitas pessoas não têm vidas financeiras equilibradas, não porque não são abençoadas por Deus nessa área, mas porque são gastonas, desequilibradas financeiramente, assumem dívidas sem planejamento, são compulsivas nas compras de supérfluos, etc.

Existem também aquelas que colhem uma vida financeira ruim porque não são esforçadas nos seus trabalhos, fogem dos estudos e não buscam as oportunidades com unhas e dentes.

A bênção de Deus de forma nenhuma nos exime da nossa responsabilidade de fazer a nossa parte. Ter uma vida financeira abençoada não depende de Deus simplesmente estalar os dedos e fazer uma mágica. Nós devemos também fazer a nossa parte para buscar a saúde financeira.

Assim, entendemos seja importante que avaliemos com muito temor e tremor o que pode estar acontecendo com nossa vida financeira: somos desequilibrados nos gastos? Ou às vezes ficamos desempregados e as contas acumularam?

Ou sempre ofertamos na obra de Deus esperando algo em troca da parte Dele como se Ele tivesse a obrigação de nos dar? Ou somos muito exigentes e não estamos felizes com aquilo que temos, e que, na realidade, é o suficiente para as nossas necessidades, mas queremos mais?

É muito importante que essa análise seja feita, pois muitas crises financeiras, na realidade, são plantadas por nós mesmos e de forma alguma apontam para um Deus que não está abençoando, antes, apontam para um desequilíbrio, onde podemos ter culpa ou não.

Mas o fato é que Deus nunca deixa de nos abençoar com o necessário quando somos servos fieis a Ele e quando temos um pensamento correto sobre nossa obediência à Sua Palavra.

GotQuestions.org/Português

Pb. André Sanchez

Pb. João Placoná